Funtrab orienta os trabalhadores para realidade no mercado de trabalho, o Home Office

Neste cenário de incertezas e com muitas mudanças na rotina dos trabalhadores, por causa da pandemia do coronavírus, muitas empresas implantaram o trabalho remoto, o Home Office, ou seja, tiraram os funcionários das empresas para trabalhar dentro das casas. No Estado são 63 mil pessoas em trabalho remoto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

 

Diante disto a Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) orienta os trabalhadores para essa nova realidade. Essa modalidade de teletrabalho é uma prática comum em outros países, porém no Brasil tornou-se mais utilizada e evidente por iniciativa das empresas por causa das medidas de isolamento social, para evitar o contágio do Covid-19; essa medida foi uma ação rápida com intuito de proteger os funcionários.

 

De acordo com o coordenador de estudos e pesquisas da Funtrab, Evandro Nassar, “apesar de ser adotado de maneira emergencial, o trabalho em modalidade Home Office poderá ser definitivamente adotado por muitas empresas no pós-pandemia. Não são todas as atividades que cabem em trabalho remoto, mas há muitas funções que podem ser perfeitamente exercidas de qualquer máquina com internet ”, declarou Nassar.

 

Para executar todas as atividades de casa e se adaptar à nova realidade é necessário que o trabalhador tenha disciplina. Cabe ressaltar que as atividades em Home Office permanecem as mesmas, o que muda é o local de trabalho, as cobranças, metas, objetivos são os mesmos. É necessário que o trabalhador mantenha uma rotina com horários, um ambiente agradável, focar no serviço para que as metas sejam cumpridas, não deixar que a dinâmica do dia a dia influencie no trabalho.

 

A operadora de telemarketing, Luciana Ferreira trabalha em uma grande empresa na Capital e teve toda sua rotina de trabalho mudada, está em Home Office, e busca se adaptar a essa realidade.

 

Em seu depoimento Luciana relata como foi sua experiência:

 

“Trabalho em Call Center para uma grande empresa de telefonia, e assim que fomos devastados por um monte de informações assustadoras por causa do coronavírus, o medo tomou conta de todos nós em nosso local de trabalho, certamente pela possibilidade de contágio, pois há um fluxo intenso dos mais de mil funcionários. O trabalho em Home Office veio como um cenário promissor para haver maior distanciamento e estar adequado às normas estabelecidas.

 

Para tanto a empresa realizou várias medidas como: além dos dois horários de trabalho existentes, criou-se o 3° turno na madrugada, fomos realocados em espaços alternados, computador sim e não, máscaras foram distribuídas para o uso, ambientes e espaços de convivência (como quartinho do cochilo) foram lacrados, proibidos os contatos físicos, material de limpeza e álcool gel distribuídos em grande escala e obrigatório o uso, dentre outras ações.

 

As mudanças ocorreram neste momento caótico, foi para nós a melhor solução, e ficamos empolgados com a novidade, na empresa só se comentava sobre isso, com questionamentos de como seria o formato.

 

Houve um questionário, que foi elaborado para sondar quem estaria apto para o Home, com perguntas como: qual a velocidade de internet contratada, qual Windows, se tínhamos computador com capacidade de espaço de memórias adequados, espaço físico adequado, cadeira e mesa de acordo com padrões exigidos pela empresa.

 

Após esta primeira sondagem, foi a vez da equipe de TI desenvolver ferramentas para que conseguíssemos acessar a plataforma da empresa remotamente.  E em pouco tempo, fomos contemplados com um Chip da empresa, onde recebemos um Token diária para acessos, instalar os programas, Apps e ferramentas, dentre outros.

 

No primeiro acesso, recebemos suporte de supervisores, com uma Cartilha de orientações de possíveis dúvidas e dificuldades e uma equipe à disposição no 0800 para questões mais complexas ou de ordem de erro sistêmico.

 

E logo tornou-se nossa rotina, e o formato foi sendo adaptado, novas posturas e condutas associadas conforme a necessidade de todos, com isso aprendemos a trabalhar juntos, com erros e acertos e se adequando a nova realidade necessária.

 

Prós e Contras  

 

Inicialmente só se elencavam fatores vantajosos, tais como trabalhar no aconchego do lar, economia com o transporte, otimização de espaço e tempo de translado residência/empresa e vice e versa, resguardados de qualquer risco de contaminação do coronavírus, dentre outras.

 

Hoje, há 6 meses em Home Office, percebo que há vários outros fatores que implicam, que para mim são importantes, tais como, o isolamento total, entro no quarto para o Home às 13h e saio às 20h.

 

Não há nenhum tipo de interação, aquela rotina de conversar, trocar ideias sobre postura ou procedimento a ser adotado, compartilhamentos de casos, com experiências com clientes que ajudam na tomada de decisões, a utilização de toda capacidade de velocidade da internet, impedindo que outros familiares façam o mesmo naquele mesmo período, tira liberdade dos demais integrantes da casa, pois deve se recriar ambiente o mais similar possível da empresa, e ruídos domésticos para quem trabalha com atendimento ao público causa falta de credibilidade.

 

As pessoas estão muito desconfiadas e com razão, já passei por situação de um espirro do meu marido ter feito a pessoa desligar, outra não confirmar dados por medo de não ter certeza da origem do atendimento, a ausência do respaldo físico de um supervisor quando é solicitado.

 

Hoje percebo o quanto as pessoas precisam de outras pessoas, que aquela paradinha para o cafezinho agrega, aquela conversa rapidinha de corredor ajuda na tomada de decisão e o quanto somos frágeis.

 

Precisamos sim do Home e se mostrou eficaz, porém precisamos muito dos relacionamentos, network e tudo que nos envolve e nos difere de sistemas e máquinas”.

Procon instaura procedimento de investigacão coletiva contra a Oi Celular por publicidade enganosa

Diante de insistentes denúncias de consumidores a respeito de descumprimento de entrega de produtos divulgados, a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão  da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast determinou instauração de Procedimento de Investigação Preliminar  relacionado à 14 Brasil Telecom Celular S/A – Oi Celular para  verificar a autenticidade  do que foi relatado nos diversos contatos com o órgão.

 

De acordo com os consumidores, a  empresa de telefonia “disparou” intensa campanha de divulgação com o fim de  expandir a  fibra ótica, sem discriminar a região da cidade que poderia ser  atendida, o que induziu a população a entender que poderia solicitar tal serviço. Além da propaganda propriamente dita, a Oi celular passou a assediar os consumidores por telefone ou pelas redes sociais na tentativa de vender o serviço, a  preços baixos, como forma de iludir os interessados, incorrendo em publicidade enganosa.

 

Relatos feitos ao Procon Estadual dão conta de que, ao ser solicitada a instalação da fibra ótica e após vários dias de espera,  técnicos de telefonia  vão até as  residências e, só aí, constatam a  impossibilidade de instalação por não haver  cobertura naquela região, frustrando as pessoas que, muitas vezes, suspenderam contratos com outra operadora e passaram por problemas, uma vez que necessitam, principalmente, de internet.

 

Com a constatação do fato, a 14 Brasil Telecom Celular S/A – Oi Celular, na pessoa  de seu representante legal, foi notificada a, sob pena de  sanções administrativas, prestar  informações  esclarecimentos por escrito, anexando documentos probatórios sobre  as alegações que possam ser convincentes no caso específico.

 

Mantida exigência de 100 salários mínimos para criação de empresa de responsabilidade limitada

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou válida regra do Código Civil (Lei 10.406/2002) que exige capital social de pelo menos 100 salários mínimos para a criação de empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli). Por votação majoritária, na sessão virtual encerrada em 4/12, o Plenário julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4637, com o entendimento de que o parâmetro adotado pela lei, de caráter meramente referencial, não ofende disposição da Constituição Federal que veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim.

 

O Partido Popular Socialista (PPS), autor da ação, argumentava que o piso, estabelecido na parte final do caput do artigo 980-A do Código Civil, para a abertura desse tipo de empresa estaria em desacordo com o artigo 7º, inciso IV, do texto constitucional e representaria obstáculo à livre iniciativa, uma vez que o valor seria demasiadamente elevado para o pequeno empreendedor.

 

Salário mínimo

 

De acordo com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que prevaleceu no julgamento, o sentido da proibição do dispositivo constitucional é proteger a integridade do salário mínimo como direito fundamental do trabalhador. Portanto, nem toda referência a ele será ofensiva à Constituição. Há situações em que a menção é meramente referencial, como no caso.

 

Segundo Mendes, não há, na exigência, uma forma de indexação que possa interferir ou prejudicar os reajustes periódicos do salário mínimo. O valor serve apenas como parâmetro para a determinação do capital social a ser integralizado na abertura da Eireli.

 

Livre iniciativa

 

Para o relator, a exigência de integralização do capital social no montante previsto no artigo 980-A do Código Civil também não configura impedimento ao livre exercício da atividade empresarial, pois é um requisito para uma forma de pessoa jurídica, e não uma condição de acesso ao mercado. Trata-se, a seu ver, de uma garantia em favor dos credores, “um mínimo que se deve assegurar em contrapartida à limitação da responsabilidade individual do empresário”.

 

O ministro Gilmar Mendes explicou que a Lei 12.441/2011, que introduziu a regra no Código Civil, inaugurou uma nova forma de pessoa jurídica no Direito Civil brasileiro, unipessoal. Diante disso, é de se esperar que o legislador tenha tomado cautelas ao fazê-lo.

 

O ministro Edson Fachin ficou vencido, por entender que a regra fere o âmbito de proteção do princípio da livre iniciativa, ao dificultar, para a maior parte dos empreendedores brasileiros, a constituição de uma espécie empresarial.

 

Fonte: STF

Prefeitura e Sebrae inauguram espaço exclusivo para dar atendimento a microempreendedor

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal do Trabalho, firma mais uma parceria para estimular este tipo atividade. Junto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a Prefeitura está com espaço aberto para sanar dúvidas, dar dicas de marketing e vendas, e claro, ofertar microcrédito aos futuros empresários.

 

O serviço que é um dentre tantos outros do Sebrae, agora está mais perto dos cidadãos, já que um espaço todo dedicado à eles foi organizado dentro da Funsat para atender quem busca saber mais sobre empreendedorismo e pensa em ter seu próprio negócio. A manicure Angélica Santos foi uma das primeiras a fazer o atendimento nesta segunda-feira (14). Ela conta que veio fazer o MEI e agora está tudo certo. “Estou aqui na Funsat vim regularizar meu MEI, agora está tudo certinho, tudo legal”, diz

 

De acordo com o prefeito Marquinhos Trad, a parceria vem ao encontro do atendimento das micros e pequenas empresas para que esse serviço seja mais rápido e eficiente, de forma que o futuro empresário tenha todo o atendimento especializado voltado para as micros e pequenas empresas. “Queremos encurtar este caminho e fazer com que todos que buscam esse serviço sejam atendidos imediatamente, para que não precisem se deslocar a outro lugar. A ideia é que a gente, junto com o Sebrae, faça um atendimento mais rápido, mais eficaz para esse empresário aqui na Funsat”, explica.

 

Diretor-presidente da Funsat, Luciano Martins, frisa que projeto faz parte do plano de retomada de crescimento e é nesse sentido que a Funsat projeta esse futuro. “A importância dessa parceria é que quanto mais oportunidades são ofertadas ao cidadão, mais estamos cumprindo a nossa missão”, diz.

 

Já a diretora executiva de planejamento e gestão estratégica da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin, pontua que a parceria é importantíssima no sentido de fomentar o empreendedorismo dentro das próprias estruturas da Prefeitura. “Muita gente, às vezes, não conhece bem o Sebrae, mas  procura os serviços públicos, em especial, o da Funsat, onde busca emprego, e muitas vezes, ao invés do emprego pode empreender. Essa parceria está dentro do Plano de Recuperação Econômica e a ideia é fomentar o empreendedorismo, e inclusive, aqui, o empreendedor que vier procurar o serviço terá acesso às linhas especificas de microcrédito, com a Caixa Econômica Federal e o Sebrae. A Prefeitura irá fazer essa ponte para fomentar de forma mais ágil”, exemplifica.

 

Diretor presidente da Agência Municipal de Tecnologia de Informação e Inovação, Paulo Fernando Cardoso, pontua a importância das tecnologias em todos esses serviços. “Tivemos muitas evoluções este ano na tecnologia oferecendo serviços digitais aqui na Funsat, e isso é muito importante para continuar avançando em todos os serviços ofertados pela Prefeitura, e seus parceiros”, diz.

 

Gerente de Atendimento e Relacionamento do Sebrae, Neire Cólman, explica como funciona o processo. “O atendimento do MEI requer alguns procedimentos legais: abertura, encerramento, alteração, consulta na prefeitura dos Cnaes, a declaração do MEI (anual), impressão de boleto (R$ 56,00 mensais, incluso previdência privada). Esses seis serviços serão feitos na Funsat, além das informações que a gente passa de mídias sociais, de facebook, de instagram, de vendas e comercialização, de marketing para que esse empresário possa alavancar seu negócio”, diz.

 

Os atendimentos serão de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 13h30. O atendimento será feito por um colaborador do Sebrae de maneira presencial, sem necessidade de agendamento e respeitando as normas de biossegurança adotadas na Funsat, lembrando que o uso de máscara é obrigatório. Interessados podem comparecer na Funsat, que fica localizada na Rua 14 de Julho, nº 992 – Vila Glória. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 4042-0585.

Lei Kandir: Mato Grosso do Sul terá de compensação R$ 162 milhões por ano

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (14) o projeto de lei que garante o Mato Grosso do Sul R $ 162 milhões anualmente. O repasse começa ainda este ano.

 

A proposição legaliza o acordo entre Governadores e a União, em maio, para compensar as perdas com a Lei Kandir por 24 anos. No total, estados e municípios vão receber R $ 4 bilhões / ano até chegar a R $ 58 bilhões em 2037. O texto segue para sanção presidencial.

 

O Projeto de Lei Complementar 133/20 teve 408 favoráveis ​​e nove contrários. Da bancada sul-mato-grossense, foram sete votos a favor e um parlamentar não votou: Vander Loubet (PT).

 

O texto do Senado Federal formaliza acordo entre a União e os estados para encerrar disputas judiciais pela isenção do ICMS nas exportações.

 

O impasse surgiu em 1996, quando a Lei Kandir (Lei Complementar 87/96) exonerou como exportações de todos os tributos, inclusive estaduais, e remeteu a uma outra lei complementar como feita como compensações aos estados e ao Distrito Federal.

 

Nesse período, o Congresso não votou essa lei e os estados entraram no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), pois a existência da lei estava prevista na Constituição desde 2003 (Emenda Constitucional 42).

 

Essa emenda anterior repassa provisórios enquanto não houvesse uma lei definitiva.

 

Com o texto, estados e municípios receberão R $ 58 bilhões parcelados até 2037, sendo que deste ano até 2030 serão R $ 4 bilhões ao ano. A partir de 2031, será feita uma redução de R $ 500 milhões por ano até zerar o repasse.

 

Ao todo serão R $ 65,6 bilhões. É que além dos R $ 58 bilhões, outros R $ 4 bilhões ficam condicionados à realização do leilão de petróleo dos blocos de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos (SP), que estava previsto para esse ano mas deve ocorrer só em 2021, e mais R $ 3,6 bilhões serão repassados ​​caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo (PEC 188/19) seja aprovada.

 

Para Mato Grosso do Sul será de R $ 162 milhões por ano, ea estimativa é que o valor final fique em R $ 2.252 bilhões.

 

Fonte: Correio do Estado/Clodoaldo Silva

Pesquisa do Procon apresenta variação de preço em 130% nos produtos da ceia de Natal.

Com a aproximação das festas de fim de ano, período em que mesmo enfrentando dificuldades inúmeras famílias se esforçam em manter a tradição de preparar ceias e reunir familiares mesmo que, neste ano sejam em menor quantidade, equipe de pesquisa da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, foi a campo para verificar o comportamento dos preços de produtos que, via de regra, não podem faltar na mesa, nesta época do ano.

 

Visitando 10 estabelecimentos comerciais em diversos bairros da Capital, encontraram variações percentuais que vão de 0,33% até 130,11% entre os 201 artigos verificados onde apenas três não sofreram variação. Atente-se para o detalhe de que, o total verificado, são divulgados preços e variação de 123 produtos pelo fato dos outros 78 terem sido encontrados apenas um nos locais onde o Procon Estadual realizou a pesquisa.

 

Em se falando em variação de preços, foram verificados os valores para aquisição de azeites, bombons, congelados, grãos, farofas, conservas, frutas em calda, panettones/chocottones e bacalhau. Entre estes, a maior variação (130,11%) verificou-se em relação a farofa Yoki de 500g que está exposta a venda no supermercado Pires por R$ 6,19 e no Fort Atacadista por R$ 2,69 enquanto a menor (0,33%) está relacionada ao peru temperado assa fácil Seara cujo quilo é vendido por R$ 23,98 no Atacadão e por R$ 23,90 no Fort Atacadista. A relação dos estabelecimentos consta no fim da planilha a seguir.

 

Os integrantes do setor de Pesquisa estabeleceram, também, termos comparativos entre itens comercializados no ano passado (2019) e os postos à venda este ano, que apresentam as mesmas características quanto (tamanho, peso e medida), abordando 87 itens, dos quais 67 sofreram alta no período e 20 tiveram diminuição nos preços.

 

Pesquisa Ceia de Natal 2020

Comparativo Pesquisa Ceia de Natal – 2019/2020

Em encontro com prefeitos eleitos e reeleitos, Longen reforça ações para retomada econômica

Ao participar do encontro “E Agora, Prefeito? Transição e Gestão com Eficiência”, realizado ontem (14/12) pela Assembleia Legislativa de forma remota devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o presidente da Fiems e do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, Sérgio Longen, ressaltou a importância do evento para preparar os prefeitos eleitos e reeleitos para os desafios que deverão enfrentar em 2021 e também reforçou a necessidade de ações voltadas para a retomada econômica.

 

“Se 2020 foi um ano difícil, com certeza 2021 será ainda mais. É por isso que precisamos nos organizar para minimizar os impactos da economia e garantir a retomada. As ações do Sistema Fiems e do Sebrae são de iniciativa privada, mas sempre alinhadas ao Governo Federal, Governo Estadual e Legislativo e têm o objetivo de ajudar as empresas do Estado a serem cada vez mais competitivas, gerando mais emprego e renda”, afirmou Sérgio Longen.

Nesse sentido, ele reforçou as ações desenvolvidas este ano em parceria com o Poder Público para garantir que a economia não fosse afetada, apesar das medidas de segurança necessárias para reduzir a contaminação do novo coronavírus entre a população. “Temos trabalhado em conjunto e Mato Grosso do Sul não sofreu grandes impactos. Pelo contrário, deverá apresentar crescimento no PIB (Produto Interno Bruto) e só a indústria gerou até outubro de 2020 mais de 7 mil novos empregos, um recorde principalmente diante do momento que vivemos”, destacou.

Entre as principais ações, o líder industrial elencou os trabalhos desenvolvidos pelo Sebrae/MS e pelo Sesi para auxiliar as empresas com protocolos de biossegurança, a mobilização da Fiems junto ao Banco do Brasil para a prorrogação das parcelas do FCO e um pacote de medidas apresentado em conjunto com o Governo do Estado para ajudar a alavancar a economia. “Propusemos o refinanciamento de tributos como ICMS e ITCD e multas do Procon, da Iagro e do Imasul e fomos mal interpretados por muitos veículos de imprensa, que entenderam que pedimos o perdão da dívida, quando na verdade era um refinanciamento para que as empresas pudessem ficar em dias com seus tributos”, concluiu.

 

Na mesma linha, o governador Reinaldo Azambuja defendeu a importância do pacote de medidas apresentado à Assembleia Legislativa com o objetivo de garantir a retomada econômica e salientou que Mato Grosso do Sul será um dos únicos Estados do País que apresentarão crescimento no PIB. “Isso tudo se deve às ações de gestão que desenvolvemos nos últimos seis anos, como as reformas estruturantes que foram as Reformas da Previdência, Administrativa e Previdenciária. Então espero que vocês, que estão assumindo, foquem nas ações de gestão, para terem equilíbrio nas contas e poderem fazer os investimentos necessários. E saibam que o Governo do Estado estará ao lado de todos os 79 municípios para apoiar e levar investimentos”, disse.

 

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa, explicou que o encontro tem como objetivo preparar os prefeitos eleitos e reeleitos para os desafios que terão de enfrentar nos próximos quatro anos. “Por conta da pandemia da Covid-19, em 2021 teremos receitas menores e aumento de demandas por serviços públicos, como saúde, educação e assistência social. A quedas das atividades econômicas, com agravamento do desemprego, trarão queda na arrecadação e aumento da faixa vulnerável da população e a primeira porta que o cidadão bate é da administração municipal e vocês terão de estar prontos para isso”, declarou.

Diante disso, ele colocou à Casa das Leis à disposição para ajudar no que for possível. “Devo dizer que todos os parlamentares estão solidários e cada parlamentar faz ecoar no plenário as demandas, expectativas e urgências dos municípios que representam. Esse seminário representa a ratificação da AL com cada um dos municípios desse Estado. Juntos somos mais fortes e o Poder Público Estadual está pronto para ajudá-los”, finalizou.

 

Na avaliação do prefeito eleito de Dourados, Alan Guedes, o apoio aos municípios é fundamental, principalmente diante dos desafios que deverão se apresentar em 2021. “A parceria com os organizamos do Sistema S vão ser muito importantes para os municípios e aqui em Dourados temos uma relação bem próxima. Com relação à interiorização da indústria, somos uma região voltada ao agronegócio e queremos incrementar nosso polo agroindustrial porque sabemos que é nossa principal vocação. Esperamos novas parcerias com a Fiems e já solicitamos uma agenda para pensarmos um plano de industrialização para Dourados”, declarou.

 

 

Estado chega ao fim do ano com projeção de crescimento e geração positiva de empregos

Mato Grosso do Sul chega ao fim de 2020 com bons indicadores econômicos mesmo diante da crise causada pela pandemia de coronavírus. O Estado que é o sétimo em geração de empregos no Brasil, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, deve ter em 2021 o melhor desempenho do País no crescimento da economia, conforme estudos do Instituto Tendências Consultoria Integrada.

 

Para o governador Reinaldo Azambuja, o cenário econômico favorável é fruto de um arranjo construído desde 2015.

 

“Para falar de 2020, temos que fazer um retorno lá em 2015, quando começamos algumas reformas estruturantes em Mato Grosso do Sul. Iniciamos com uma grande reforma administrativa, pactuamos contratos de gestão e na sequência estabelecemos um teto de gastos. Depois implementamos duas reformas previdenciárias e fizemos uma grande mudança na área das compras governamentais. Ao longo dos anos, estruturamos melhor o Governo e conseguimos enfrentar o grande desafio que foi o ano de 2020, que causou talvez a maior queda do PIB (Produto Interno Bruto) da história do nosso País”, explica.

 

Mesmo com as dificuldades causadas pela crise de saúde e as irreparáveis perdas na vidas das pessoas, Mato Grosso do Sul está prestes a sair de 2020 com um bom equilíbrio entre saúde e economia, avaliou o governador.

 

“Tentamos nesse período dosar distanciamento, cuidados com as pessoas, ampliações de leitos, melhora de estruturas de atendimento de saúde e a economia. Tudo para que Mato Grosso do Sul não caísse no caos. Penso que tem funcionado. Somos hoje um dos estados com menor número de infecções e mortes de todo o Brasil”, ressalta.

 

Economia em alta movimenta comércio nas cidades (Foto: Saul Schramm)

 

Com chegada das festas de fim de ano e a iminência de um relaxamento da população em relação ao distanciamento social, um toque de recolher entre 22h e 5h foi imposto em todo Mato Grosso do Sul. Isso para reduzir a propagação da Covid-19 e evitar mais mortes.

 

“Essa sensação de que a pandemia acabou é preocupante porque não acabou. Estamos nos 45 minutos do segundo tempo, como diz no ditado popular, para a vacina chegar. Ainda não temos nenhuma aprovada pela nossa Anvisa. Mas muitas estão vindo, estão em testes finais. Penso que agora o cuidado é primordial. Temos que manter o isolamento, o uso das máscaras e a aplicação do álcool gel. Ainda nesse assunto, defendo que Ministério da Saúde coordene toda uma imunização dos brasileiros. Mas se isso não for feito, estamos preparados para comprar nossas vacinas e fazer nosso próprio cronograma de vacinação“, diz.

 

Na balança entre saúde e economia, Reinaldo Azambuja ainda acredita que a boa gestão do Governo em 2020, aliada às reformas e arranjos administrativos nos anteriores, tornou o Estado solvente e cumpridor de suas obrigações.

 

Secretária da SAD, Ana Nardes, e Reinaldo Azambuja durante anúncio do cronograma de salários (Foto: Chico Ribeiro)

 

 

 

 

“Desde o início de nossa gestão falamos da importância de fazer ajustes fiscais, de ter cuidado com as contas públicas, de tomar medidas, até impopulares e amargas, para não deixar o Estado sucumbir. Hoje somos um Estado que cumpre suas obrigações com fornecedores e com os servidores. Pagamos a folha de novembro no mês de novembro e o 13° salário no dia 1° de dezembro. No primeiro dia útil de janeiro vamos liquidar folha de dezembro, mantendo a obrigação em dia. São mais de R$ 1,5 bilhão na economia em 37 dias“, pontua.

 

Ele também destaca que Mato Grosso do Sul mantém investimentos e políticas públicas nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, entre outras áreas.

 

Somos o Estado com maior volume de investimentos no Brasil por habitante. Enquanto Mato Grosso do Sul investe R$ 365 ano por cidadão, Espírito Santo, que é segundo colocado, aplica R$ 257. Isso mostra que nosso Estado tem capacidade de gerar investimento em todas as áreas. Estamos falando de hospitais regionais, dos polos de atendimento, das mais de 100 escolas em tempo integral e de obras estruturantes. Temos obras hoje nos 79 municípios do Estado. Todos tem a presença estruturante do Governo”, afirma.

 

Fábrica na região do Indubrasil, em Campo Grande, mostra pujança da economia de MS, que deve crescer em 2021 (Foto: Saul Schramm)

 

O governador completa que viver em um Estado com geração de oportunidades e riquezas é possível graças a um caminho construído em conjunto com os outros poderes constituídos.

 

“Somos um Estado com rol de investimentos públicos, com projeção positiva de crescimento no PIB e com geração positiva de mais de 11 mil vagas de emprego num ano de pandemia. Isso é extremamente relevante. É um ganho extraordinário para economia de Mato Grosso do Sul. E para o próximo ano um grande volume de investimentos privados virá. Já estão pactuados com MS a instalação de novas plantas industriais e a ampliação de outras indústrias. Estamos diversificando nossa econômica”, avisa.

Fecomércio-MS apresenta balanço de ações do ano em reunião de representantes

A Fecomércio MS realizou nesta sexta-feira, 11, a última reunião do ano com o Conselho de Representantes da instituição.

 

São 12 presidentes de sindicatos que participam do Conselho. “É um momento de prestação de contas de tudo o que realizamos durante 2020”, explica o presidente da Federação, Edison Araújo. “Também foi aprovado o orçamento para o próximo ano”.

 

De acordo com o presidente, o balanço que se faz de 2020 é positivo. “Foi um ano desafiador e que proporcionou grandes iniciativas, período de se reinventar e abraçar o novo. Ajustamos nossos negócios ao formato digital, como condição de sobrevivência neste cenário”, afirma Edison. “Potencializamos esforços com os filiados para capacitá-los com marketing digital e darem continuidade aos trabalhos de representatividade, na busca de autossustentação e de melhoria contínua nos negócios”.

 

Mais do que nunca o apoio das instituições que compõem o Sistema Fecomércio foi decisivo para atender ao empresário quanto aos seus colaboradores e seus familiares. O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio – IPF MS – realizou 500 análises e mais de 50 pesquisas – com destaque para as que acompanhavam tendências e comportamento durante o avanço da Covid-19 e os impactos na economia- com objetivo de fornecer informações essenciais para a tomada de decisão empresarial.

 

O presidente da Fecomércio também reforçou a atuação do Sesc e Senac que se reinventaram para atender da melhor forma sua clientela, adaptando negócios, capacitando equipes para otimizar o atendimento. Ele lembrou que o trabalho está sendo feito ao longo dos anos. “O Sesc aplicou 2 milhões em investimentos em três municípios diferentes: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, com construção de escola e reforma de dois centros esportivos. E para o próximo ano, temos significativo volume de investimentos, na ordem de 22 milhões previstos para 11 unidades e em oito cidades diferentes, com obras, construções, reformas, equipamentos e tecnologias”, afirma.

 

Quanto às ações de educação profissional, o Senac se reinventou e conseguiu levar para o ambiente online cerca de 80% da sua operação. O programa Superação foi criado e oferecido para ajudar empresários e colaboradores a passarem por este momento desafiador com menos dificuldades. Com todas as ações, foi possível realizar o atendimento de mais de 10 mil alunos e quase mil empresas pelo Senac em Mato Grosso do Sul. “E o mais importante: nenhum investimento foi interrompido. Todas as obras, aquisições e reformas em andamento seguiram em execução, somando mais de R$ 20 milhões de investimento”, pondera o presidente.

 

Para Edison, se a pandemia trouxe desafios, também trouxe aprendizados e oportunidades. “Acreditamos que o Sistema Fecomércio conseguiu atender os setores que representa nesse momento tão ímpar da gestão mundial”.