AEM-MS faz as primeiras verificações de mototaxímetros do país

ZeroUmInforma/Economia – O uso do mototaxímetro agora é obrigatório em Campo Grande e o trabalho da Agência Estadual de Metrologia de Mato Grosso do Sul (AEM-MS), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e delegado do Inmetro, está sendo pioneiro no Brasil. A AEM-MS é o primeiro órgão de metrologia do país a fazer o processo de verificação desse tipo de equipamento que está sendo instalado pelos mototaxistas da Capital.

 

O mototaxímetro deve ser instalado em 490 motos regulamentadas para o serviço na Capital.

“Esse procedimento é inédito no país, pois Campo Grande é a primeira capital brasileira a exigir, em decreto municipal, a utilização desse tipo de equipamento. A partir do momento em que a prefeitura passou a fazer essa exigência, nós tivemos que nos preparar. Nossos técnicos participaram de um treinamento do Inmetro no mês de março para capacitar nossos servidores pois a verificação de um mototaxímetro é um instrumento novo de medição”, lembra diretor-presidente da AEM-MS, Nilton Rodrigues.

 

O mototaxímetro vem, de fábrica, com um lacre provisório, na cor amarela.

O aparelho, já homologado pelo Inmetro, calcula o custo do serviço com base em quilômetros percorridos e tempo de percurso, permitindo ao usuário maior confiança no valor cobrado. Em Campo Grande existem 490 motos regulamentadas (com alvará expedido pela prefeitura) para prestar o serviço de transporte de passageiros e que devem fazer a instalação dos mototaxímetros e posterior verificação do equipamento na AEM-MS.

 

“O mototaxímetro vem, de fábrica, com um lacre provisório, na cor laranja. Após a instalação, ele obrigatoriamente deverá passar por nova verificação feita pelos nossos técnicos e o aparelho recebe o lacre na cor azul estando apto à utilização”, informa a diretora Técnica da AEM-MS, Luciana Boni.

 

Após a verificação feita na AEM, o mototaxímetro recebe o lacre definitivo, na cor azul.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, “esse trabalho técnico de verificação realizado pela AEM-MS é fundamental para assegurar confiança à população em  qualquer  tipo de instrumento de medição”.

 

Procedimento na AEM-MS

 

O Aferi Taxi, aparelho usado na verificação do mototaxímetro, foi desenvolvido pelo Inmetro.

A verificação dos mototaxímetros em Campo Grande foi iniciada há cerca de uma semana na AEM-MS. Para realizar o procedimento, o mototaxista deve fazer a instalação do equipamento na oficina credenciada, solicitar uma autorização na Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e apresentá-la na AEM-MS para emissão de uma guia de recolhimento (GRU), no valor de R$ 45,00.

 

Com a guia paga e a autorização da Agetran em mãos, o mototaxista se dirige à AEM-MS, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30. O procedimento é feito por ordem de chegada e é realizado em cerca de 20 minutos. A verificação é feita em uma pista com 12,5 metros de extensão, utilizando um equipamento desenvolvido pelo Inmetro para esse fim (Aferi Taxi). Todo o processo segue as orientações da Portaria 393/2012 do Inmetro observando se instrumento atende aos requisitos estabelecidos em RTM (Regulamento Técnico Metrologico) do Inmetro.

Alberto Gonçalves, técnico metrológico da AEM, em procedimento de verificação do mototaxímetro.

De acordo com o técnico metrológico da AEM-MS, Alberto Pires Gonçalves, “estamos fazendo a verificação dos primeiros mototaxímetros do país. Esse procedimento é importante, pois o equipamento, devidamente verificado, evita prejuízo ao mototaxista e dá confiança ao usuário de que ele vai pagar o preço devido na corrida”.

 

Mais confiança para o usuário

 

A mototaxista Lia Ferreira já fez a verificação do equipamento de sua moto e avaliou que o serviço na AEM-MS está atendendo a demanda de forma ágil. Ela trabalha com o serviço de mototáxi desde 1998 e afirma que a exigência do mototaxímetro “é extremamente positiva, a curto prazo. Teremos agora uma fidelização de valores. Isso vai fazer com que o consumidor volte a confiar no nosso serviço, pois o usuário terá como verificar, no monitor do equipamento, o valor da sua corrida”.

 

A mototaxista Lia Ferreira fez o procedimento na AEM para ficar em dia com as novas exigências da Agetran.

 

Ederval Silveira de Souza, mototaxista há quase 20 anos, também regularizou seu equipamento. “É uma forma que temos de garantir nosso espaço, pois hoje temos concorrência com os táxis e o Uber. Com o mototaxímetro, vamos recuperar a confiança do usuário”, afirma.

 

O aparelho está sendo adquirido diretamente no Sindicato dos Mototaxistas – que também é a oficina autorizada pelo Inmetro – e custa R$ 950,00.

 

Os mototaxistas receberam 180 dias, contados a partir da publicação do decreto municipal exigindo o uso do mototaxímetro (23 de fevereiro de 2017), para adquirir, instalar os equipamentos e fazer a verificação.

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