Americanos estão de olho no milho de Chapadão do Sul para produzir etanol

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Reunião discutiu viabilidade da implantação da usina de etanol no município (Foto: Divulgação)
Reunião discutiu viabilidade da implantação da usina de etanol no município (Foto: Divulgação)

A produção de etanol de milho é uma realidade nos Estados Unidos assim como  no Brasil é a partir da cana-de-açúcar.

Assim é que, agricultores e pecuaristas de Chapadão do Sul (MS) reuniram-se, na quinta-feira (11), com o prefeito Luiz Felipe Barreto e os secretários Ilton Henrichsen (Obras), Altair Bevilacqua (Finanças), Tiago Maia (Desenvolvimento e Meio Ambiente) e Charles Sturmer (secretário-adjunto de Governo) quando foi apresentado o projeto de um grupo norte-americano que pretende instalar no município uma usina de etanol de milho.

Por tratar-se de algo inédito no país, dois representantes executivos das empresas Bio Urja Trading LLC e POET fizeram uma explanação sobre o que é, como funciona e os benefícios da usina de Eetanol, que também será a primeira Bio Refinaria do Brasil.

O grupo Bio Urja Trading LLC e POET têm 82 terminais desse tipo naquele país e são responsáveis por 10% do mercado americano de etanol. Além disso, a companhia exporta o combustível para o Japão, Austrália e África.

Durante a reunião, os executivos informaram que o interesse em produzir etanol de milho no Brasil é resultado de um estudo que aponta que até 2020 serão necessárias pelo menos mais 20 usinas de combustível para manter o abastecimento da frota brasileira.

Além disso, a gasolina tende a ficar mais cara nos próximos anos. As muitas destilarias instaladas no chamado Corn Belt – o cinturão do milho americano – também revelam que o combustível tende a ganhar espaço. Além do etanol de milho, a Usina deste porte produz o DDG, que é um subproduto agregado dentro desse processo e é usado na ração animal por conter alto valor energético e proteico.

Chapadão do Sul foi a cidade escolhida para o empreendimento porque entre todas as outras do Estado, “é a que reúne tudo o que nos é necessário: empreendorismo, tecnologia, boa localização, muita área plantada e pecuária”, explicou Marcos Machado, representante do grupo.

O diferencial na usina de milho em Chapadão do Sul é que, para baratear os custos da produção, serão usados como combustível das caldeiras as chamadas Biomassas: capim braquiária e palhada. Nos EUA é utilizado o Gás natural, que ainda é caro no Brasil.

Parceria

De acordo com os representantes das empresas norte-americanas, a usina de milho funciona 350 dias por ano e utiliza nesse período cerca de 340 mil toneladas do grão.

Os produtores de Chapadão do Sul mostraram-se animados com o empreendimento.

Pelo cronograma do grupo, caso o negócio se concretize, a usina poderá iniciar suas atividades em Chapadão do Sul no início de 2015, oferecendo cerca de 150 empregos diretos e mais de 500 indiretos. Para isso serão investidos cerca de 70 milhões de dólares.

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