Arremate de quatro blocos de exploração de gás natural em MS abre novos horizontes ao Estado

Mato Grosso do Sul tem uma perspectiva de vir a se tornar produtor de gás natural caso a viabilidade de exploração do combustível seja confirmada pelo consórcio de empresas que arrematou quatro blocos exploratórios, localizados em território sul-mato-grossense, na sessão pública da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para apresentação de propostas ao 2º Ciclo da Oferta Permanente, realizada nesta sexta-feira (4) na cidade do Rio de Janeiro.

 

No leilão promovido pela ANP, foram arrematados 17 blocos localizados nas bacias de Amazonas, Campos, Espírito Santo, Paraná, Potiguar e Tucano. Os quatro blocos localizados em dois setores da bacia do Paraná, localizadas em Mato Grosso do Sul e Goiás, foram arrematados por R$ 2,11 milhões pelas empresas Eneva e Enauta Energia. Segundo cronograma da ANP, a assinatura dos contratos deve ocorrer até 30 de junho de 2021.

 

No setor SPAR-CN, o consórcio adquiriu os blocos PART-196 (que abrange os municípios de Bataguassu, Anaurilândia e Santa Rita do Pardo) e PART-215 (Ivinhema, Angélica, Batayporã, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina).

 

 

Já no setor SPAR-N, foram arrematados os blocos PART-86 (que abrange os municípios de Cassilândia e Chapadão do Sul) e PART-99 (Paraíso das Águas e Camapuã).

 

 

“O consórcio que arrematou os quatro blocos tem agora um período de 2 anos para a realização de estudos exploratórios mais aprofundados e definição do tipo de investimento a ser realizado”, informou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). De acordo com as informações da ANP, o investimento mínimo previsto informado pelo Consórcio foi de R$ 45,28 milhões, nos dois setores (SPAR-CN e SPAR-N).

 

O titular da Semagro afirma que “essa notícia abre perspectiva real de Mato Grosso do se tornar produtor de gás natural. Houve uma mudança significatica no mercado de gás natural no Brasil, ocorrida muito de forma concomitante com a publicação da Lei de Liberdade Econômica do governo federal. A definição e concretização dos investimentos vai depender do potencial exploratório, que será indicado após os estudos que devem ser realizados nos próximos dois anos. As prospecções feitas pela ANP já indicam a viabilidade do gás natural”.

 

 

Em Comunicado ao Mercado divulgado nesta sexta-feira (4) pela Eneva, a empresa informa que “Os novos ativos vão complementar o portfólio da Companhia, que já conta com 45.784 km² sob concessão nas Bacias do Parnaíba e Amazonas, na forma de blocos exploratórios, áreas em desenvolvimento e dez campos declarados comerciais. O resultado do 2º ciclo da Oferta Permanente marca a entrada da Eneva em duas novas bacias com potencial para exploração e produção terrestre de hidrocarbonetos e fortalece a presença da Companhia na região norte do país, dando continuidade ao desenvolvimento do bem sucedido modelo Reservoir-to-Wire (R2W), que integra a produção de gás em terra à geração de energia, e à execuçãodos planos da Companhia para a comercialização de gás natural”.

 

Em setembro de 2017, a Petrobras arrematou um bloco da Bacia do Paraná, em Mato Grosso do Sul, para exploração de petróleo e gás natural. A estatal pagou R$ 1,69 milhão no leilão realizado hoje pela ANP e se comprometeu a investir pelo menos R$ 20,5 milhões após a conclusão de estudos exploratórios.

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