Consumo nos lares brasileiros cresce 1,21% em janeiro, mostra levantamentos da ABRAS

 

O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 1,21% em janeiro na comparação com janeiro do ano passado – resultado dentro do patamar observado nos últimos três anos. Na comparação com dezembro houve queda de -22,01%, de acordo com o acompanhamento mensal da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS.

 

O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

“O consumo recua tradicionalmente no início do ano devido ao pagamento de impostos e despesas com educação. A exemplo dos anos anteriores, ele tende a ser maior no final do trimestre, com o menor comprometimento da renda e a chegada da Páscoa”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

 

Neste primeiro trimestre devem contribuir para o aumento do consumo o pagamento antecipado de 31 bilhões em precatórios, o pagamento – a partir de fevereiro – do PIS/PASEP para 28 bilhões de trabalhadores (3 bilhões a mais do que o valor pago no calendário 2023), a manutenção dos programas de transferência de renda (Bolsa Família e Auxílio-gás), bem como, o reajuste do salário-mínimo (+6,97%) desde janeiro.

 

Abrasmercado: alimentos básicos puxam alta da cesta em todas as regiões

 

O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados – registrou alta de 1,40% em janeiro puxado por alimentos básicos da cesta composta por 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza).

 

Na cesta de itens básicos as principais altas vieram do feijão (+9,70%), do arroz (+6,39%), do óleo de soja (+2,84%), da farinha de mandioca (+2,27%), açúcar refinado (+0,85%), do café torrado e moído (+0,80%), do leite longa vida (+0,71%).

 

Dos produtos da cesta de hortifruti, que vem sendo impactada por redução na oferta devido a problemas climáticos, as principais altas foram batata (+29,45%) e tomate (+2,96%). Já a queda foi puxada por cebola (-5,57%).

 

Na cesta de proteína animal os recuos vieram da carne bovina – cortes do dianteiro (-2,02%), do ovo (-1,81%).  O preço do pernil registrou estabilidade no mês. No acumulado de 12 meses o corte suíno registra queda de -2,74%.

 

Dentre os lácteos as principais quedas foram leite em pó integral (-0,48%), margarina cremosa (-0,94%). As altas foram registradas nos queijos muçarela e prato (+0,95%).

 

Na categoria de higiene e beleza o recuou foi registrado em papel higiênico (-0,97%). As demais variações foram: creme dental (+0,46%), xampu (+0,42%), sabonete (+0,24%).

 

  Na cesta de limpeza houve retração em água sanitária (-0,90%) e sabão em pó (-0,59%). As altas foram registradas em detergente líquido para louças (+0,48%) e desinfetante (+0,22%).

 

 

Em janeiro, a cesta passou de R$ 722,57 para R$ 732,69 uma alta de +1,40%, na média nacional. Na análise regional, todas as cinco regiões registraram alta. A maior variação foi registrada na região Norte (+3,09%) puxada por batata (+58,30%) passando de R$ 792,74 para R$ 817,24; seguida por Centro-Oeste (1,95%) que passou de R$ 680,64 para R$ 693,89; Nordeste (+1,37%) passando de R$ 649,80 para R$ 658,71; Sudeste (+1,37%) saindo de R$ 732,67 para R$ 742,63 e Sul (1,24%) passando de R$ 808,92 para R$ 818,93.

 

Cesta de 12 produtos básicos tem alta de 1,28%

 

Farinha de trigo, carne bovina – dianteiro e margarina cremosa registraram queda nos preços

 

No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 1,28% em janeiro, passando de R$ 302,24 para R$ 306,11.

 

As principais altas de preços foram registradas em feijão (+9,70%), arroz (+6,39%), do óleo de soja (+2,84%), farinha de mandioca (+2,27%), açúcar refinado (+0,85%), café torrado e moído (+0,80%), leite longa vida (+0,71%), massa sêmola de espaguete (+0,12%).

 

Dentre as quedas estão farinha de trigo (-1,78%), a carne bovina – corte do dianteiro (-2,02%) e margarina cremosa (-0,94%).

 

 

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