Governo, Banco do Brasil e setor produtivo definem medidas para fomentar FCO no Estado

O Governo do Estado, Banco do Brasil e entidades do setor produtivo reuniram-se por videoconferência na noite de segunda-feira (15) para definir medidas que garantam aos micro e pequenos empresários em Mato Grosso do Sul mais informações e amplo acesso ao FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste).

 

A principal delas foi o compromisso assumido pelo banco de que as cartas-consulta apresentadas ao Fundo, que forem chanceladas pelo Sebrae-MS ou pelas Associações Comerciais terão uma “esteira de tramitação” diferenciada na instituição financeira. A medida visa garantir que o montante destinado ao FCO Empresarial seja totalmente aplicado para o segmento, ampliando o número de empreendimentos beneficiados e gerando mais emprego e renda no Estado.

 

A reunião foi conduzida pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae-MS, e contou com a presença do superintendente Regional do Banco do Brasil, Sandro Grando; do superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça e de presidente da Faems (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul), Alfredo Zamlutti e foi assistida por 100 pessoas, dentre titulares das Associações Comerciais, consultores, empresários e representantes de classe.

 

O titular da Semagro, que também preside o CEIF (Conselho de Investimentos Financiáveis pelo FCO), abriu a reunião lembrando que o Fundo é um recurso fundamental para a política de desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul, com linhas específicas de financiamento que contemplam empreendimentos do setor Rural e do setor Empresarial.

 

“Em termos de recursos, temos um divisão de 50% do montante anual para cada segmento. No Rural, temos uma dinâmica que esgota com facilidade os valores disponíveis. Já no Empresarial, temos desafios como o de realizar, no mínimo, uma operação do FCO em todos os 79 municípios sul-mato-grossense e aplicar 100% do recurso disponível para o setor. Outra meta, é a de fazer com que 80% das contratações junto ao FCO Empresarial seja de micro e pequenas empresas”, afirmou.

 

No que diz respeito às análises das cartas-consulta que são submetidas ao CEIF, o secretário reforçou que as entidades que integram o Conselho têm “trabalhado com celeridade nas apreciações de enquadramento operacional e de regramento. Observamos, no entanto, que se fazia necessário agir de alguma forma para aumentar o número de projetos viáveis no FCO Empresarial”.

 

O superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça, reforçou que a entidade oferece um serviço de consultoria antes, durante e depois do crédito. “Temos o atendimento necessário para que o empresário apresente seu projeto ao FCO. Fazemos uma avaliação da capacidade de endividamento e oferecemos condições para que o empresário melhore sua apresentação junto ao banco”, afirmou.

 

Sandro Grando, superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, reforçou as prioridades do Fundo e o compromisso do banco em fazer com que 80% das operações do FCO Empresarial atenda demandas de crédito feitas por micro e pequena empresas sul-mato-grossenses.

 

“Em 2020, o banco aplicou 100% do recurso do FCO Empresarial com apoio da Semagro, do Sebrae-MS e das federações em todos os municípios do Estado. Superamos a meta, e 89% dos recursos foram para micro e pequena empresa. Neste ano, para este mês de março, temos uma disponibilidade de R$ 20 milhões em todas agências do BB, somente no FCO Empresarial”, informou Sandro Grando.

 

Ele destacou as linhas de atuação do Fundo, como a de Desenvolvimento Industrial, Turismo Rural, Infraestrutura Econômica, Ciência e Tecnologia, Comércio e Serviços, “além do Capital de Giro Dissociado, que auxiliou a manter empregos em 2020. Todos os interessados, clientes ou não do banco, podem procurar as agências para orientação. Temos um compromisso de atender todos os projetos viáveis e aqueles que forem chancelados pela consultoria do Sebrae-MS e tiverem encaminhamento das Associações Comerciais. Nesses casos, a análise será conduzida em uma ‘esteira diferenciada’”, informou.

 

Cartas-Consulta solicitando financiamento do FCO, de até R$ 500 mil, podem ser apresentadas diretamente nas agências do Banco do Brasil para análise de crédito e viabilidade. As demandas acima desse valor são submetidas ao CEIF antes de seguirem os trâmites no banco. Os prazos de pagamento e as taxas de juros são diferenciadas, de acordo com o porte da empresa.

 

“Para quem já é cliente e tem relacionamento com o banco, o pedido pode ser liberado em uma semana. No caso de Capital de Giro, a demanda pode ser atendida entre 3 a 4 dias, se houver limite vigente. Não clientes têm o período de análise de crédito e outros trâmites. Por isso, essa parceria com o Sebrae-MS e Associações comerciais é importante e nos permite assumir um compromisse de 30 a 40 dias para liberação”, diz o superintendente do Banco do Brasil no Estado.

 

O presidente da Faems, Alfedo Zamlutti, reiterou a importância da reunião para “desmistificar o FCO para o empresariado. Temos um recurso importante disponível, mas ainda há muita desinformação por isso realizamos esse encontro, para a chamar a atenção do empresariado, tirar dúvidas e informar. Agora, com a orientação da Faems e do Sebrae-MS, esperamos que um maior número de empresários apresente solicitações ao FCO e consiga o crédito que precisa para o seu empreendimento”, finalizou.

 

Clique aqui e confiras as informações sobre o FCO disponibilizadas pelo Banco do Brasil.

Neste outro link, veja como o Sebrae-MS pode auxiliar o empresário na apresentação de uma carta-consulta ao FCO.

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