IPCA: Bares e restaurantes fecham 2022 sem repassar aumento dos insumos

 

Bares e restaurantes continuam segurando os repasses dos principais insumos para os cardápios, segundo o índice de inflação divulgado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

 

De acordo com o índice, no mês de dezembro, a inflação na alimentação fora do lar ficou em 0,52%, abaixo do índice geral de 0,62% e do número relativo aos alimentos e bebidas, de 0,66%.

 

Com relação ao acumulado do ano, a inflação no setor foi de 7,47%, muito abaixo do índice de aumento dos alimentos de bebidas, que ficou em 11,64% e teve quase metade do aumento registrado na alimentação dentro de casa, que fechou em 13,23%.

 

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, pontuou que o setor ainda está represando parte dos aumentos dos insumos. “Apesar de termos registrado a volta do movimento nos bares e restaurantes, o setor ainda está represando parte dos aumentos dos insumos. Esse é um movimento histórico, se você pegar um espaço mais amplo, como nos últimos dez anos. Parte é explicada pelo ganho de produtividade no setor, movimento acelerado pela pandemia, mas outra parte se deu pela falta de condições de aumentar o cardápio num ano de retomada. O fato é que, em termos relativos, diminui a distância entre o custo de se comer em casa e o custo de se comer em bares e restaurantes”.

 

Para o presidente da Abrasel MS (foto), Juliano Wertheimer, esses dados são importantes e reforçam a atuação do setor. “Ao longo da pandemia fomos penalizados e sofremos com os impactos. Mesmo com a retomada, tivemos que segurar os preços, sem repassar para os consumidores, para que desta forma pudéssemos realmente manter as portas abertas e isso, com certeza, está sendo mostrado”.

 

Wertheimer ponderou que nos últimos meses os insumos tiveram aumentos significativos. “Os insumos no geral ficaram mais caros como por exemplo o arroz, a cebola e a batata. Mas, também tivemos alguns que sofreram deflação. Com isso, para manter a competitividade dos negócios, os empresários fizeram o malabarismo necessário para segurar os preços e manter a qualidade do que é servido”.

 

 

Foto: Rádio Hora

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