Mapeamento constata que boa produtividade da soja garantiu sustentabilidade

ZeroUmInforma/Economia – A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja) apresentou, nesta quinta-feira (25/5), os resultados de uma radiografia realizada nas principais regiões produtoras de soja e milho do Estado sobre os custos de produção e rentabilidade. O levantamento faz parte do projeto Mapeamento da Economia Agrícola (MEA). O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB), participou do evento, que aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul).

“Vivemos momentos de dificuldade e, por isso, as pessoas de bem devem se unir e contribuir para a travessia do Brasil que temos para o que queremos. O país precisa de cidadãos comprometidos com essa mudança para sairmos rapidamente desta atual crise. Obter o diagnóstico preciso das atividades econômicas é importante, pois guiará as estratégias corretas. O mapeamento agrícola dará aos nossos produtores condições de aumento de plantio, redução de gastos, competitividade e lucratividade. A Assembleia Legislativa é parceira dos projetos das federações dos produtores rurais e está à disposição da classe produtora do nosso Estado”, disse o presidente Mochi.

Segundo o analista de economia Luiz Eliezer, o mapeamento foi feito em 14 municípios, sendo 11 tradicionais na produção de soja e milho e três em áreas de expansão. Embora tenha ocorrido um aumento no custo de produção, a safra da soja foi rentável para o produtor. “Os insumos foram comprados com o dólar num patamar alto, fazendo que a margem de lucro fosse estreita. A produção garantiu a sustentabilidade. O produtor conseguiu pagar os impostos, a depreciação das máquinas e a remuneração dos fatores”, disse.

Já com o milho, o cenário foi ruim em decorrência dos investimentos nas sementes melhoradas. “Em média, os produtores pagaram R$ 650 por hectare com o custo de semente de milho. Considerando a produtividade de 100 sacas por hectare, o produtor está precisando usar um quarto para custear somente a semente. Diante disso, o produtor de milho não vai conseguir nem o desembolso com os investimentos feitos”, explicou o analista.

As informações obtidas com o mapeamento estarão disponíveis em um aplicativo gratuito para smartphones. Os dados servirão como base de dados para apoiar o produtor rural na tomada de decisões e investimentos.

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