Na Fiems, Exército apresenta oportunidade de negócios a empresários de Mato Grosso do Sul

ZeroUmInforma/Economia – Por intermédio da Fiems, empresários de Mato Grosso do Sul receberam do comandante de logística do Exército, general de Exército Guilherme Cals Theophilo de Oliveira, orientações sobre como fornecer produtos às tropas que atuam em missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no exterior. Durante mais de duas horas de reunião realizada nesta quarta-feira (03/05), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o militar explicou que, atualmente, 1.303 militares atuam nas operações fora do País, o que demanda a compra de todo de suprimento, especialmente gêneros alimentícios e têxteis.

“Trata-se de uma grande oportunidade para, além de fomentar a economia local, o empresário fechar negócio com uma instituição de credibilidade como o Exército”, avaliou o presidente da Fiems, Sérgio Longen. “Entendemos que o empresário de Mato Grosso do Sul tem, sim, condições de avançar neste nicho de forma a atender a essa demanda do Exército brasileiro. A ideia da Fiems é construir um grupo de apoio aos empresários que demonstrem interesse nesta oportunidade, dando todo o suporte e orientação necessária”, emendou Longen.

O comandante de logística do Exército afirmou que está percorrendo diversos Estados apresentando a empresários essa demanda por suprimentos. “Acreditamos que grande parte dos empresários desconhece que o Exército é um comprador em potencial de produtos e serviços. Precisamos de gêneros alimentícios secos e frigorificados, ração animal e produtos veterinários, fardamento, equipamento individual, que vai de barracas a colchões a capacetes e coletes”, exemplificou o general Theophilo durante a apresentação para os empresários. “A mesma empresa, de Santa Catarina, por mais de dez anos fornece as fardas, não é possível que não haja outra que fabrique roupas”, emendou.

Segundo o comandante, está em curso a logística para retirada das tropas brasileiras do Haiti, prevista para outubro, e, para maio de 2018, uma nova missão deve ser enviada para o Líbano ou à República Central Africana. “Só aí serão mais de 1.300 homens, que consomem todo tipo de produto”, destacou. “Hoje, só 17, das 8.777 empresas habilitadas para vender para a ONU são brasileiras”, exemplificou, ainda.

Representando o Governo do Estado na reunião, o titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familia), Jaime Verruck, considerou que apresentar possibilidades de novos negócios para o empresário sul-mato-grossense é fundamental no momento de crise. “O empresário está de olho na economia local, mas, se não há mercado interno, os olhares se voltam para o externo. O Governo se coloca à disposição para capacitar e orientar o empresariado no que for preciso”, declarou.

Empresários

O gerente da Fazenda Dom Rodrigo, Osmar Marques, esteve na reunião interessado em fornecer hortifrútis para o Exército. “Trabalhamos com todo tipo de folhas e legumes, tanto orgânicos, quanto hidropônicos, e distribuímos para mercados locais, mas estamos atentos a esta possibilidade de expandir e vender para o Exército”, comemorou o funcionário da fazenda que fica em Campo Grande.

Da Congrelaje, o engenheiro de produção Fábio Henrique de Souza avaliou que a reunião abriu portas para uma série de negócios. “Temos expertise nas áreas de obras, então, viemos conhecer as demandas do Exército para analisar a viabilidade de qualquer operação, além de estreitar os laços e abrir portas com o Exército”, disse.

Diretor da Jandaia Reflorestamento e Agropecuária, Adiel Panassiol destacou a credibilidade do Exército enquanto instituição. “Nossa empresa atua com projetos de reflorestamento e fabricação de madeira nobre, então mantemos contato constante com novas oportunidades de negócios, principalmente quando se trata do Exército, uma das poucas instituições que ainda têm credibilidade”, finalizou.

Fonte: Fiems

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