Produção industrial registrou estabilidade ou crescimento em 75% das empresas de MS

 

A produção industrial apresentou melhora na passagem entre os meses de fevereiro e março com mais empresas reportando crescimento ou estabilidade em Mato Grosso do Sul, conforme Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). De acordo com o levantamento, houve aumento do otimismo dos empresários em relação ao desempenho projetado para suas empresas nos próximos seis meses, o que se refletiu no crescimento do índice de confiança.

 

“Ainda que a percepção das condições atuais da economia siga desafiadora na avaliação dos respondentes. Também houve uma melhora no índice de intenção de investimentos. Por fim, para os próximos seis meses, a expectativa da maior parte das empresas é de estabilidade na compra de matérias-primas, na demanda por seus produtos e na quantidade de funcionários, destacou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Segundo a Sondagem Industrial, 75% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apontaram crescimento ou estabilidade da produção, sinalizando aumento de 26 pontos percentuais, quando comparado com o mês imediatamente anterior.

 

Quanto à utilização da capacidade instalada, 65% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou mês em 67%.

 

Com relação ao índice de confiança, o indicador apresentou elevação de 2,5 pontos, refletindo um maior otimismo dos empresários em relação ao desempenho projetado para suas empresas.

 

A elevação de 3,1 pontos ocorrida no índice de intenção de investimento sinaliza que houve uma melhora na disposição do empresário industrial em realizar investimentos nos próximos seis meses. Somado a isso, 61% dos empresários se mostraram satisfeitos em relação a margem de lucro operacional obtida no primeiro trimestre do ano. Já a situação financeira geral da empresa foi avaliada como satisfatória ou boa por 76% dos respondentes.

 

Em relação às principais dificuldades enfrentadas no 1º trimestre de 2023, a demanda interna insuficiente foi o principal desafio apontado pelos respondentes, seguido da falta de trabalhador qualificado, elevada carga tributária e do alto custo da matéria prima.

 

Considerando os próximos seis meses, 49% dos participantes disseram que a demanda por seus produtos deve ficar estável, enquanto 39% acreditam que deva aumentar. Em relação à quantidade de funcionários, o quadro total deve permanecer o mesmo para 78% dos respondentes, já 13% esperam elevar o número de colaboradores no intervalo considerado.

 

Quanto à compra de matérias-primas, 57% disseram que o volume deve ser o mesmo nos próximos seis meses, enquanto 30% pretendem aumentar as aquisições nesse período.

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