Após pandemia, idosos querem consumir dos setores de alimentação e saúde, mostra pesquisa da Fecomércio-MS

Passada a pandemia, os idosos já sabem de quais segmentos querem voltar a consumir, além de apresentar particularidades em relação a outras faixas etárias. É o que revela estudo inédito feito para mapear o comportamento e as tendências de consumo do grupo no Estado, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF/MS) e Sebrae/MS.

 

Conforme a pesquisa, um novo recorte extraído da segunda edição do levantamento “Impactos do Coronavírus no Comércio de Bens e Serviços de MS”, após a pandemia, os idosos querem voltar a consumir prioritariamente dos segmentos de alimentação e bebidas (51%) e saúde (51%). Neste último setor, eles são destaque em comparação às demais faixas etárias, onde uma parcela menor tem interesse (28%).

 

O primeiro local que as pessoas com mais de 60 anos pretendem visitar no pós-pandemia é a igreja (72%), seguido pelo comércio geral (45%), parques (23%), restaurantes (16%), shoppings (3%) e salões de beleza (1%). Porém, para elas, a necessidade de ir até o comércio está mais relacionada ao passeio do que a comprar algo.

 

No quesito compras, os idosos são um desafio para os empresários. Segundo o estudo, eles não são tão influenciados por atrativos tradicionais para pessoas de outras faixas etárias: apenas 8% citou atendimento como diferencial – importante para 49% na média das idades –; e 6% se interessou pelo pagamento à vista com descontos, destaque para 30% na média das idades.

 

“Estes diferenciais têm um impacto pequeno na tomada de decisão de compras dos idosos, quando nos outros são uma grande influência. Isso reflete o perfil desta geração, os ‘baby boomers’. Eles têm um comportamento atípico em relação a gerações mais novas, que são mais abertas a tendências e influenciadas por propagandas. Os ‘baby boomers’ são mais conservadores”, explica a analista do Sebrae/MS, Vanessa Schmidt.

 

Mais um desafio é que, diferentemente do comportamento de outras faixas etárias, o grau de receio em relação ao novo coronavírus cresceu nos últimos meses entre os idosos, hoje a categoria mais receosa. Para se ter uma ideia, em março, eles eram o grupo com menor medo. Já no caso das pessoas com menos de 60 anos, o estudo aponta que houve uma redução gradual neste índice.

 

“Apesar do grau de medo, muitos estão saindo para realizar atividades consideradas essenciais, como ir ao mercado e a médicos. Também temos um percentual significativo dos que estão saindo normalmente, porque acreditam que não vão adquirir o vírus, ou porque acreditam que já estão no final de suas vidas e então tudo bem, o que nos causa preocupação”, comenta a economista do IPF/MS, Daniela Dias.

 

Oportunidades

 

Apesar dos desafios, os idosos têm maiores propensões a gastos que as demais faixas etárias, o que significa uma oportunidade para os empreendedores. Segundo a analista do Sebrae/MS, Vanessa Schmidt, os empresários devem se atentar às particularidades das pessoas com mais de 60 anos, investindo por exemplo em passar confiança no produto ou serviço.

 

“Na hora das compras, características que se destacam para eles são confiança, ou seja, comprar de uma marca que já conhece ou indicada por conhecidos. Eles também vão mais pela experiência pessoal, são menos engajados a tendências de compra, mesmo que paguem mais caro por isso. Preferem ser fiéis à determinada empresa. É mais importante criar um status positivo da marca do que fazer campanha promocional ou redução de preço para os idosos”, afirma.

 

Assim como outros públicos, os idosos também vão priorizar consumir de empresas que se preocuparam com seu papel social na pandemia. Esta é uma preocupação para 84% dos entrevistados, índice levemente maior do que o visto em outras faixas etárias (82%).

 

A pesquisa considera idosos pessoas a partir de 60 anos. O estudo feito em convênio pelo Sebrae/MS e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS (IPF/MS) aplicou 1.689 questionários de 04 a 18 de maio de 2020, por telefone, com 95% de nível de confiança e 3% de margem de erro.

 

Confira a pesquisa na íntegra:

COVID – IDOSOS

 

Foto/Arquivo:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Governo do Estado incentiva setor vestuário a adaptar produção, manter empregos e competitividade

Decreto publicado ontem (29) pelo Governo do Estado no Diário Oficial do Estado, atende a demanda das indústrias de vestuário sul-mato-grossense, incentiva o setor a manter a atividade econômica com a adaptação da produção em decorrência da pandemia da covid-19, a preservar empregos, dá mais competitividade aos seus produtos e favorece o consumo local.

 

O decreto nº 15.464, de 25 de junho de 2020 altera legislação anterior, que incentiva a produção de vestuário no Estado com base tributária menor e passa a incluir, nesse mesmo benefício, produtos oriundos da reconversão industrial promovida pelo setor para se adaptar ao momento de pandemia, como máscaras faciais de uso único, de tecidos, máscaras de proteção ou cirúrgicas, toucas de proteção, capas descartáveis, material hospitalar descartável e protetores de pés (propé), de falso tecido, dentre outros itens.

 

A alteração é assinada pelo governador Reinaldo Azambuja, pelo secretário de Fazenda, Felipe Mattos e o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

“Nas reuniões com o setor, acompanhamos que algumas empresas, para manter o nível de atividade econômica e preservar o seu quadro de funcionários, além de adotarem medidas de biossegurança, também fizeram uma reconversão industrial e caminharam para produzir máscaras, jalecos e outros equipamentos de proteção individual, feitos de tecido. Esses produtos são essenciais no combate à pandemia e ter uma oferta mais regular desses itens permite um preço mais baixo para atender às demandas da saúde e também na manutenção dos empregos dessas empresas”, comenta o secretário Jaime Verruck.

 

De acordo com o titular da Semagro, as alterações promovidas pelo decreto também se vinculam às medidas de biossegurança implantada pelo setor. “É um dispositivo que permite fôlego às empresas que preservaram seu quadro de trabalhadores e apostaram na adaptação de sua linha de produção para manter a atividade industrial e incentiva outras a seguir em caminho semelhante. Além disso, estamos estimulando a produção e consumo locais, movimentando a economia do nosso Estado”, finaliza Jaime Verruck.

Pesquisa realizada pelo Procon Estadual demonstra que diferença de preços de fraldas descartáveis chega a 145,73%

Consideradas artigos essenciais por se tratar de algo imprescindível às mães com  crianças pequenas ou para uso geriátrico, as fraldas descartáveis apresentam diferença de até 145,73% como maior variação para vendas enquanto o menor índice percentual foi de  1,92%, conforme detectado em pesquisa  realizada no período compreendido entre os dias oito e 19 de junho em curso, pela Superintendência para Orientação  e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast.

 

A pesquisa em questão verificou preços de 336 produtos em 22 locais entre farmácias, drogarias, supermercados e estabelecimentos atacadistas, como consta no rodapé da planilha em anexo. Do total, são divulgados 124 produtos. A diferença entre a quantidade pesquisada e a divulgada se dá pelo fato de que somente os itens encontrados em três ou mais estabelecimentos são levados em consideração.

 

A maior diferença está no pacote de fralda descartável Pampers ajuste total P pacote com 26 unidades,  encontrada por R$ 19,90 no supermercado Duarte na avenida Manoel da Costa Lima 1610 ( Vila Piratininga), enquanto no Fort Atacadista da rua da Divisão 1208 (Jardim Parati) o preço de venda é de R$ 48,90. Ressalta-se que, em apenas um produto, a fralda descartável Mamypoko XXG, o pacote é vendido por R$ 61,90 em todos os estabelecimentos onde se encontra exposta, ou seja sem qualquer índice de diferença.

 

Em se tratando de menor diferença a fralda Huggies Turma da Mônica supreme care roupinha XXG, pacote com 14 unidades está a venda nas farmácias Raia (avenida Mato Grosso 1944, jardim dos Estados)  e Drogasil ( 14 de Julho 1933 – Vila Cidade) por R$ 25,99 enquanto no Extra ( rua Maracaju 1427 – centro), o mesmo produto é vendido por R$ 26,49, ou seja, diferença de 1,92%.

 

O setor de pesquisas do Procon Estadual estabeleceu termos comparativos entre o levantamento atual e  o anterior, realizado no ano passado. Foram comparados 70 itens, levando em conta o critério de apresentarem características iguais. Como resultado observou-se que, do total, apenas nove sofreram acréscimo que chegaram a 32,07%, constatado na fralda descartável Huggies Turma da Mônica tripla proteção XXG, cujo pacote com 22 unidades era vendido, no ano passado por R$ 28,69 e este ano por 37,89.

 

O menor aumento (0,11%) ocorreu em relação a  fralda descartável Hugges Turma da Mônica   tripla proteção G, com 22unidades. No ano passado custava R$ 46,90 e agora, R$ 46,95. Os restantes, 61 itens comparados,  registraram redução nos preços que chega a  -48,30%.

 

Pesquisa Fraldas Descartáveis – junho 2020

Comparativo Pesquisa Fraldas Descartáveis – 2019/2020

Concessões de crédito recuaram e juros caíram em maio; empresas e famílias conseguiram R$ 289 bi em empréstimos

Os juros cobrados pelos bancos recuaram em maio, enquanto as novas concessões de crédito caíram, informou o Banco Central (BC), ao divulgar as Estatísticas Monetárias e de Crédito.

 

Empresas e famílias conseguiram empréstimos de R$ 289 bilhões dos bancos em maio. Na série com ajuste sazonal, houve redução de 3,3% em relação a abril, resultado das variações de menos 6,1% para as empresas e de 1% para as famílias. No acumulado do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, as concessões totais cresceram 7,6%, refletindo a elevação em pessoas jurídicas, 17,7%, e a queda em pessoas físicas, de 0,9%.

 

Empresas

 

O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, disse que o capital de giro correspondeu a cerca de um terço do crédito livre para as empresas. Ele acrescentou que as empresas têm acessado essa linha “como uma forma de obter recursos para os desafios que serão enfrentados nos próximos meses”, em meio à crise gerada pela pandemia da covid-19.

 

Em maio, as concessões de capital de giro chegaram a R$ 33,180 bilhões, menor do que o valor registrado em abril de R$ 44,769 bilhões, mas acima dos recursos liberados pelos bancos em maio de 2029, de R$ 18,670 bilhões.

 

“O crescimento de capital de giro atende às necessidades das empresas, porque o aumento das concessões, mês a mês, mostra que elas estão acessando [essa modalidade de crédito]. Mas muito provavelmente não atende toda demanda das empresas”, disse Rocha.

 

Saldo

 

O estoque de todas as operações de crédito do sistema financeiro ficou em R$ 3,595 trilhões em maio, aumento de 0,3% em relação a abril, em decorrência da expansão de 0,7% na carteira de pessoas jurídicas, com saldo de R$ 1,566 trilhão, e da estabilidade no saldo de pessoas físicas de R$ 2,029 trilhões. No ano, o saldo do crédito cresceu 3,4% e em 12 meses, 9,3%.

 

As modalidades de empréstimos são divididas em dois tipos: o crédito livre e o direcionado. No caso do crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

 

Taxas de juro

 

A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 42,7% ao ano, queda de 1,9 ponto percentual em relação a abril. Já a taxa média das empresas ficou em 14,2% ao ano, redução de 1,5 ponto percentual na comparação com o mês anterior.

 

A taxa do crédito pessoal chegou a 80,9% ao ano, com recuo de 5,5 pontos percentuais em relação a abril. Os juros do crédito consignado caíram 0,1 ponto percentual para 20% ao ano. A taxa do cheque especial chegou a 117,1% ao ano, queda de 2,5 pontos percentuais em relação a abril. Os juros médios do rotativo do cartão de crédito chegaram a 303,4% ao ano, com queda de 10,3 pontos percentuais.

 

No caso do crédito direcionado, a taxa média tanto para as empresas quanto para pessoas físicas ficou em 7,3% ao ano, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a abril para as empresas e recuo de 0,1 ponto percentual para as pessoas físicas.

 

Inadimplência

 

A inadimplência, considerados atrasos acima de 90 dias, para empresas e famílias, ficou estável em maio. O índice ficou em 5,5% para as pessoas físicas e 2,4% para as empresas, no caso do crédito livre. No crédito direcionado, a inadimplência recuou 0,3 ponto percentual para as famílias, ficando em 2,1%. E para as empresas, manteve-se em 2,1%.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Em Campo Grande, Procon Estadual notifica empresas por prática abusiva de preços em tempos de pandemia

Praticas abusivas, quer seja em relação a elevação injustificada  de preços,  propaganda ou divulgação enganosa entre outras  irregularidades  colocando em conflito a relação de consumo, principalmente em época de pandemia, levaram a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast,  a expedir nada menos que 441 notificações a estabelecimentos dos mais diversos ramos de atividades em Campo Grande.

 

A iniciativa  do Procon Estadual se deu em atendimento a denúncias de consumidores que se  sentiram lesados ao adquirirem produtos ou serviços devido ao desrespeito à politica nacional de  relações de consumo e a hipossuficiência do consumidor nessa relação. O órgão de defesa do consumidor considerou que a elevação de preços de quaisquer produtos sem uma causa que justifique, vai além das condutas permitidas e  que essa prática é considerada abusiva  se se levar em conta o Código de Defesa  do Consumidor.

 

As denúncias encaminhadas pelos consumidores demonstram que os  fornecedores se aproveitam do estado de pandemia para, arbitrariamente,  aumentarem seus lucros com a prática de preços excessivos atentando contra a ordem pública estando, portanto, sujeitos a sanções  administrativas. Apesar do empresário desfrutar de liberdade para impor os preços que entender justos para a comercialização dos seus produtos, não há porque abusar do direito aumentando os preços principalmente de produtos essenciais.

 

A notificação às centenas de  empresas dos diversos ramos de atividades determina que os empresários se abstenham da elevação de preços sem justificativa e adote as medidas contidas no Código de Defesa do Consumidor, entre elas manter informações ostensivas, claras e  adequadas, expor os preços de  forma correta em todos os produtos e serviços oferecidos, além de atentar para os prazos de validade.

 

Entre as atividades notificadas estão postos de combustíveis,  supermercados, mercearias, conveniências e estabelecimentos atacadistas, distribuidoras de gás de cozinha, farmácias, estabelecimentos de  ensino de diversos níveis, planos de saúde. Os motivos para notificações foram diversos, sobressaindo a prática de preços abusivos com 200 casos, superfaturamento por distribuidores de gêneros alimentícios,  publicidade enganosa e elevação nos preços de combustíveis sem justa causa.

Semagro integra Comitê Gestor do programa que busca preservar economia priorizando a saúde em Mato Grosso do Sul

Com direito a uma avaliação de risco por macrorregião e por município, o governador Reinaldo Azambuja criou o Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir). Titulares e suplentes do Comitê Gestor do programa – representando secretarias, consultoria legislativa, Procuradoria-Geral e Controladoria-Geral do Estado – foram nomeados. As decisões constam no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (26.6).

 

A iniciativa tem o objetivo de preservar a saúde e a economia em Mato Grosso do Sul, oferecendo subsídios técnicos. Conforme a publicação, o programa irá elaborar uma matriz de avaliação de risco de Mato Grosso do Sul que poderá ser alto, médio, tolerável ou baixo, além de faixas percentuais. Haverá também uma definição de bandeira de risco por macrorregião e município de saúde.

 

“É um trabalho bastante intenso, técnico, que visa balizar uma série de decisões e recomendações científicas. A partir das condições de saúde nós vamos fazer os cruzamentos para definir o que vai acontecer na economia. A ideia é aproveitar a experiência da Semagro, que desde março vem desenvolvendo um trabalho junto ao empresariado, na elaboração dos protocolos, e a partir dessa modelagem a gente passa a avaliar cada ramo, cada empresa, e ver quais os protocolos necessários”, disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

 

A Semagro é uma das secretarias que integram o Comitê Gestor do Prosseguir. Segundo Verruck, o comitê poderá, ainda, convocar representantes dos setores, especialistas, para que possamos avaliar os critérios de biossegurança e tomar decisões ainda mais seguras. Além disso, o Prosseguir irá avaliar o impacto econômico por intermédio da classificação das atividades e de uma matriz de avaliação de riscos.

 

O Comitê Gestor do programa é composto por nove membros titulares e suplentes, tendo na presidência o secretário Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica). Além de Verruck da Semagro, integram o colegiado os secretários Geraldo Resende (Saúde), Felipe Mattos (Fazenda), Ana Carolina Araújo Nardes (Administração e Desburocratização) e Antonio Carlos Videira (Justiça e Segurança Pública), como titulares.

 

Também são titulares a procuradora-geral do Estado, Fabíola Marquettti, o controlador-geral Carlos Eduardo Girão de Arruda e a consultora legislativa Ana Carolina Ali Garcia. Já os suplentes são Flávio César (Segov), Christinne Maymone Gonçalves (SES), Édio Viegas (SAD), Ricardo Senna (Semagro), Ary Carlos Barbosa (Sejusp), Márcio André Batista de Arruda (PGE), Marina Hiraoka Gaidarji (CGE) e BRuna Colagiovanni Girotto Fernandes (Consultoria Legislativa).

No bolso: Contas de energia elétrica estarão mais caras 6,9% a partir do próximo dia 1º de julho em Mato Grosso do Sul

O Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (EMS) alerta que a partir de quarta-feira, 01/07, as contas de energia elétrica terão o impacto do reajuste de 6,9%, aprovado em abril pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e cujo efeito ao consumidor foi postergado, em função da pandemia. “É preciso estar atento ao consumo. Como as temperaturas estão mais baixas, com a chegada do inverno, os custos tendem a subir em função do uso do chuveiro elétrico”, exemplifica a presidente, Rosimeire Costa.

 

Ainda não há decisão da Aneel quanto ao recurso ingressado pelo Concen contra o índice de reajuste. Embora só chegue aos consumidores a partir de 01 de julho, a distribuidora não fica sem arrecadar neste período, em que vai fazer o diferimento da parcela da Conta de Desenvolvimento Energético. O montante é de R$ 42 milhões e será recomposto nos seis meses subsequentes com aplicação da taxa Selic. O efeito financeiro será sentido pelo consumidor na RTA de 2021.

 

O recurso pontua vários argumentos do Concen quanto aos componentes que chegaram aos 6,9%, mas o principal deles é quanto ao risco hidrológico, que, sozinho, representa 40% deste cálculo. Isso porque, conforme admitido pela própria Aneel, tal risco foi sobrecalculado, sem considerar as chuvas abundantes que mantiveram os reservatórios de hidrelétricas cheios neste início de ano e também a queda de demanda em função da pandemia do novo coronavíus.

 

“Solicita-se, portanto, que a Aneel atenha-se ao estabelecido no que está regulado e leve em conta dados atualizados para o cálculo de Risco Hidrológico retificando os cálculos e reduzindo o valor desse efeito nos Componentes Financeiros do processo atual de 3,03% para 0,92%, reduzindo o reajuste tarifário de 6,90% para 4,76%”, consta do recurso do Concen.

 

O Concen é composto de representantes das principais classes de consumo de MS, por meio de indicações das entidades constituídas: Fecomércio MS, poder público, Famasul, Fiems e ABCCON/MS. Hoje é presidido pela representante da Fecomércio MS.

Frigorífico de Peixe de Dois Irmãos do Buriti integra rede de desenvolvimento da piscicultura em Mato Grosso do Sul

Inaugurado ontem (26), o Frigorífico Peixe Buriti, no município de Dois Irmãos do Buriti, passa a integrar a grande rede de desenvolvimento da piscicultura de Mato Grosso do Sul, uma das prioridades do Governo do Estado por meio da Semagro (Secretario de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

A unidade inaugurada após 15 anos terá capacidade instalada para abater 18 toneladas/dia de peixes, com 20 empregos diretos e chega ao mercado em momento crucial para o setor no Estado. Nas próximas semanas o Governo lança o Pro-Peixe, Programa de Fortalecimento da Piscicultura de MS, elaborado pela equipe técnica da Semagro junto com a Câmara Setorial.

 

“Esse programa vem para estimular a piscicultura, fazer uma ativação de pelo menos 250 tanques parados e dar condições tributárias de o setor concorrer com os demais estados. E um momento importante onde teremos condições ideais de ajudar os produtores e fazer o Estado referência na piscicultura”, explica o secretário Jaime Verruck, que representou o governador Reinaldo Azambuja na inauguração do frigorífico.

 

Foto: Saul Schramm

O Peixe Buriti é uma planta frigorífica municipal que recebeu investimentos de R$ 142,6 milhões em recursos do Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado) para compra de equipamentos que faltavam para o abate começar.

 

“Recebemos muito auxílio para conseguir atuar. É um sonho realizado do setor no Estado. Agora temos o desafio de conquistar o SIF para poder comercializar os produtos para todo o país”, afirma Simão Brum, proprietário da unidade, membro do Projeto Pacu e da Câmara Setorial da Piscicultura.

 

Fomento à piscicultura em MS

 

Mato Grosso do Sul é o maior exportador de tilápia do Brasil e o título se deve à política de atração de investimentos implantada pelo Governo do Estado, por meio da Semagro. “Temos trabalhado fortemente no estímulo à produção, industrialização e a exportação de peixes e isso tem contribuído decisivamente para manutenção da liderança das exportações de tilápia no Brasil, colocando como prioridade, dentro das cadeias produtivas de proteína animal, a produção de peixes exóticos e nativos”, informa o secretário Jaime Verruck.

 

 

O Frigorífico Peixe Buriti integra uma rede de industrial voltadas ao setor, que conta com a Tilabrás em Selvíria, a Geneseas de Aparecida do Taboado, que consolidou sua ampliação produzindo 75 toneladas por dia. Em Itaporã, a mudança no comando do frigorífico de peixes Mar e Terra (vendido ao grupo Paturi Piscicultura Agroindustrial) resultou em adequações na estrutura para se trabalhar a tilápia e outra empresa deve começar a produzir tilápia em conserva.

 

Em Angélica foi entregue o certificado de adesão ao SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) para a Samak pescados, que já está em operação. Em cada uma dessas ações o Governo do Estado está presente, atuando firme e oferecendo condições para expansão das atividades de cada uma dessas empresas em Mato Grosso do Sul.

 

 

Frigorífico Peixe Buriti

 

O novo empreendimento será administrado pelo grupo Projeto Pacu, pioneiro no setor em Mato Grosso do Sul, vencedor da concorrência aberta pela prefeitura. O proprietário Simão Brum realçou os investimentos públicos para aquisição do maquinário necessário para abate e filetagem de peixe, estimando que em 2021, dependendo da demanda do mercado, o frigorífio deverá estar produzindo com capacidade máxima – 18 toneladas/dia.

 

“Nossa meta é conquistar o mercado nacional com peixe nativo, para isso vamos operar com inspeção federal”, disse Simão. Segundo ele, hoje a produção de peixe nativo se concentra em Dois Irmãos do Buriti, Terenos e Sidrolândia, mas a tendência, com o apoio técnico do Estado, é expandir par outras regiões. O frigorífico iniciou a operação com produção de seis toneladas/dia, devendo ampliar em mais um turno (12 toneladas) no início de 2021.

 

Pedidos de seguro-desemprego sobem 35% na primeira quinzena de junho; levantamento é da Secretaria de Trabalho

Os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada subiram 35% na primeira quinzena de junho em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi divulgado ontem (25) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e considera os atendimentos presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do Trabalho – e os requerimentos virtuais.

 

Na primeira metade do mês, 351.315 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 260.228 pedidos registrados no mesmo período do ano passado. Ao todo, 71,4% dos benefícios foram pedidos pela internet no mês passado, contra apenas 0,7% no mesmo período de 2019.

 

Número acumulado

 

Apesar da alta em junho, os pedidos de seguro-desemprego cresceram em ritmo menor no acumulado do ano, tendo somado 3.648.762 de 2 janeiro a 15 de junho de 2020. O total representa aumento de 14,2% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, 3.194.122.

 

No acumulado do ano, 52,2% dos requerimentos de seguro-desemprego (1.903.921) foram pedidos pela internet, pelo portal gov.br e pelo aplicativo da carteira de trabalho digital; 47,8% dos benefícios (1.744.841) foram pedidos presencialmente. No mesmo período do ano passado, 98,5% dos requerimentos (3.147.751) tinham sido pedidos nos postos do Sine e nas superintendências regionais e apenas 1,5% (46.371) tinha sido solicitado pela internet.

 

Embora os requerimentos possam ser feitos de forma 100% digital e sem espera para a concessão do benefício, o Ministério da Economia informou que os dados indicam que muitos trabalhadores continuam aguardando a reabertura dos postos do Sine, administrados pelos estados e pelos municípios, para darem entrada nos pedidos. O empregado demitido ou que pediu demissão tem até 120 dias depois da baixa na carteira de trabalho para dar entrada no seguro-desemprego.

Perfil

 

Em relação ao perfil dos requerentes do seguro-desemprego na primeira quinzena de junho, a maioria é masculina (60,2%). A faixa etária com maior número de solicitantes está entre 30 e 39 anos (32%) e, quanto à escolaridade, 60,4% têm ensino médio completo. Em relação aos setores econômicos, serviços representou 41,7% dos requerimentos, seguido por comércio (25,3%), indústria (19,3%) e construção (9,8%).

 

Os estados com o maior número de pedidos foram São Paulo (109.278), Minas Gerais (37.130) e Rio de Janeiro (28.507) e os que tiveram maior proporção de requerimentos via web foram Acre (98,1%), Amapá (95,2%) e Alagoas (92,2%).

 

Fonte: Agência Brasil