Com capacidade de se recuperar e bom desempenho da economia, Estado tem maior projeção de alta do PIB em 2021

Mato Grosso do Sul é o Estado brasileiro com a maior projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2021, com alta de 2,7% acima do nível pré-pandemia (2019). É o que aponta levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada, publicado no jornal O Estado de São Paulo em 23 de agosto. O desempenho é atribuído ao avanço da produção agropecuária e da produção industrial.

 

Enquanto 21 estados e o Distrito Federal podem fechar 2021 com queda, a reportagem destaca que Mato Grosso do Sul deve ser o Estado mais resiliente no biênio 2020-2021. Os outros estados com estimativa de crescimento são: Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás.

 

Informações da reportagem do Jornal O Estado de SP, de 23 de agosto de 2020

 

“Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado fez uma opção de fazer uma gestão adequada da economia no período da pandemia e lançou o Programa Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), por meio do qual estabelecemos protocolos de biossegurança que permitiram a manutenção do funcionamento de diversas atividades econômicas, preservando a saúde dos trabalhadores, o emprego e a arrecadação de ICMS do Estado”, lembra o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

Graças a essa estratégia do Governo do Estado, a economia sul-mato-grossense, em diversos níveis e setores, preservou o ritmo de aceleração e retomada do crescimento. De janeiro a julho de 2020, o superávit da balança comercial do Estado foi 29,37% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

 

A produção de grãos (soja e o milho) teve um incremento de 300 mil hectares na lavoura neste ano, com impacto direto nas vendas externas, tanto que as exportações de soja cresceram 55,09%. A produção de proteína também desponta no comércio exterior do Estado, com destaque para a carne de aves, que aumentou as vendas em 18,59%. Nesse segmento a carne bovina manteve praticamente estável seu nível de produção e de vendas.

 

Na produção florestal, Mato Grosso do Sul é o terceiro estado do país com o maior área de floresta plantadas e, neste ano, elevou em 7% o volume de celulose exportada. Outros produtos também têm se destacado, como o açúcar, que cresceu 178,02%; óleos e gorduras vegetais e animais, com elevação de 238,3% e as exportações de ferro-gusa e ferroligas, que aumentaram em 194,36%.

 

“A manutenção das atividades ligadas à indústria do agronegócio e ao abastecimento, juntamente com a ampliação da base exportadora, nos permitiu bater recordes de produção e exportação. E esse desempenho tem impacto direto em outras frentes, como a tomada de crédito para realização de investimentos, atração de investimentos e geração de emprego”, pontua o secretário Jaime Verruck.

 

No primeiro semestre deste ano, Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar na geração de empregos no país, segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego). Somente no mês de julho foram gerados 2.635 empregos formais, com destaque para a Indústria, com 1.438 vagas geradas; Comércio (943) e Serviços (556). “Aqui já estamos gerando empregos em todos os setores, mesmo aqueles que, em nível nacional, ainda não se recuperaram. Isso demonstra a capacidade do Estado de superar a pandemia”, comenta o titular da Semagro.

 

Outro fator que justifica a projeção de crescimento do PIB sul-mato-grossense no levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada é o volume de crédito concedido por meio do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) de janeiro a julho de 2020. Já foram contratados mais de R$ 850 milhões de reais no FCO Rural e Empresarial e estão em tramitação processos que totalizam pelo menos R$ 900 milhões.

 

“O Estado continuou atraindo investimentos mesmo no período da pandemia. Tivemos recorde na apresentação de cartas consultas para aquisição de financiamentos pelo FCO, que retratam bem essa disposição do empresariado local. A demanda continua elevada no Empresarial e no Rural, que praticamente já atingiu 100% do volume disponibilizado”, destaca o secretário.

 

Por fim, em Mato Grosso do Sul, no acumulado de janeiro a julho de 2020, já foram abertas 4.399 empresas, o melhor desempenho para o período nos últimos sete anos. Os dados não incluem os MEI’s – Micro Empreendedores Individuais, que são constituídos de forma virtual em portal próprio do Governo Federal.

 

“Foram 873 novas empresas abertas somente no mês de julho de 2020, o maior número em toda série histórica da Jucems. Esse resultado recorde é um sinalizador importante de que as medidas tomadas pelo Governo do Estado neste período de pandemia, com o programa Prosseguir, têm permitido ao setor empresarial responder positivamente, com a abertura de novas empresas e também de empregos”, finalizou Jaime Verruck.

Estudo aponta que auxílio emergencial tirou 13,1 milhões da pobrez; pesquisa foi com dados da PNAD Covid, do IBGE

O número de pessoas com renda per capita abaixo de meio salário mínimo no país caiu 13,1 milhões até julho de 2020 durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19), segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

Coordenado pelo professor Marcelo Neri, o estudo Qual foi o Impacto Imediato da Pandemia do Covid sobre as Classes Econômicas Brasileiras?, aponta que esse contingente representa uma queda de 20,69% nessa faixa de renda, o que equivale a um ritmo muito superior ao observado no país nos períodos seguintes ao lançamento de planos de estabilização como o Cruzado, em 1986, e o Real, em 1994.

 

“O estudo mostra que, usando a primeira faixa de renda, que é até meio salário mínimo por pessoa, que é uma faixa importante não só para medir a pobreza, mas é o critério do cadastro único, que foi usado na concessão do auxílio emergencial, houve uma queda de 20,69% na proporção da população que está nesse segmento. Então, essas pessoas subiram. A gente observa que 13,1 milhões de pessoas saíram da pobreza”, disse o professor Marcelo Neri, em entrevista à Agência Brasil.

 

O estudo, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Covid 19 (Pnad Covid 19) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em uma comparação do ano de 2019 até julho de 2020, também mostrou que em plena pandemia as parcelas que tinham rendas per capita acima de dois salários mínimos ou renda familiar em torno de R$ 7,7 mil perderam 5,8 milhões de pessoas.

 

Beneficiários sacando o Bolsa Família na agência da Caixa Econômica, em Sobradinho. Brasília/DF 30/05/2017. Foto: Rafael Zart/ASCOM/MDSA
Cartão do Bolsa Família – Rafael Zart/ASCOM/MDSA – Rafael Lampert Zart

 

“Esse número caiu, então, tem boas notícias em quem está embaixo e más notícias para quem está em cima. Essa boa notícia de quem está embaixo está ligada ao auxílio emergencial”, destacou.

 

De acordo com a análise, à faixa até meio salário mínimo somaram-se 52,1 milhões de brasileiros em julho de 2020, cerca de 24,62% da população total. Em 2019, eram 65,2 milhões de pobres, correspondentes a 31,04% da população, o que comprova a queda identificada na taxa de pobreza na pandemia. Já a proporção das pessoas com rendas maiores ou iguais a dois salários mínimos por pessoa recuou 18,35%, passando de 15,67% em 2019 para 12,80% em 2020.

 

Para Marcelo Neri, os dois movimentos impulsionam o contingente populacional intermediário compreendido entre os dois intervalos. “O estudo mostrou que 5,8 milhões caíram da faixa de dois salários mínimos per capta ou mais. Então, o grupo do meio cresceu duplamente o miolo da distribuição de renda, porque gente subiu e gente caiu. Isso dá cerca de 21 milhões de pessoas, que é mais ou menos a população da Argentina”, disse.

 

Regiões

 

Segundo o professor, os maiores impactos foram no Nordeste, onde a queda atingiu 28,7%, e no Norte, com recuo de 25,12%. Embora menores, houve reflexos também nas outras regiões do país. No Centro-Oeste, caiu 17,01%, no Sudeste, 9,67%, e no Sul, 9,32%.

 

Conforme o estudo, as diferenças são explicadas pela maior importância da renda do Bolsa Família expressa em valores per capita mensais nas regiões mais impactadas. No Nordeste, é de R$ 16,6 e no Norte, R$ 14,7. No Sul, é de R$ 2,64 e no Sudeste, R$ 3,94.

 

“Teve esse grande ganho de redução de pobreza no Norte e no Nordeste. É um fato a ser enfatizado. A gente está falando de uma situação adversa com a chegada da pandemia”, disse.

 

O professor destacou que no Norte e no Nordeste é maior o número de beneficiários do Bolsa Família. Além disso, a informalidade é maior nessas regiões. Esses dois fatores explicam, de acordo com ele, a diferença de impacto do auxílio em relação às outras partes do Brasil.

 

“[As pessoas na informalidade] passaram a receber o auxílio que é generoso em relação à renda média do Brasil. O beneficiário do Bolsa Família, mais de 80%, ganha R$ 1,2 mil, que é mais de seis vezes o benefício médio do Bolsa Família, que era R$ 191. Foi uma injeção de recursos importante”, ressaltou.

 

Isolamento

 

De acordo com Neri, o estudo analisou também o comportamento nas diferentes classes em relação a pandemia e chamaram a atenção os resultados sobre isolamento social, em que a pessoa fica em casa ou que sai apenas para fazer atividades essenciais, com uma participação surpreendentemente mais forte entre os mais pobres, “o que não se esperava”.

 

Ipanguaçu, no semiárido nordestino,simpática cidade da região do Vale do Assú, no Rio Grande do Norte
Conforme o estudo, 27,8% da faixa abaixo de meio salário mínimo ficaram rigorosamente isolado e 48,3% ficaram em casa – Arquivo – Agência Brasil

 

Para ele, isso também pode ser um efeito do auxílio emergencial. “O auxilio fez não só com que a pobreza caísse imediatamente e enquanto durar, mas por outro lado, comportamentos de mitigação dos efeitos da pandemia como o isolamento social foram até mais fortes entre os pobres. Isso é mais um sinal dos efeitos do auxílio.”

 

Conforme o estudo, 27,8% da faixa abaixo de meio salário mínimo ficaram rigorosamente isolados e 48,3% ficaram em casa e só saíram por necessidade básica, nível superior em 4 a 5 pontos de porcentagem em relação ao total da população.

 

Proteção

 

O estudo avaliou ainda o uso de equipamentos e produtos de proteção contra o novo coronavírus (covid-19), como máscaras, álcool em gel e desinfetantes. “Nesse caso a gente vê que o pessoal mais pobre usou menos, como era de se esperar, mas todos esses itens, com exceção das luvas descartáveis, que é uma coisa mais seletiva e mais rara, mais de 92% [da população], mesmo os mais pobres, tiveram acesso. Embora eles usem menos do que as camadas mais altas.”

 

Desafio

 

O professor disse que esses resultados se referem a uma situação temporária relacionada ao período de pagamento do auxílio. Agora, segundo ele, tem que ver como o governo vai conduzir a questão e como será a substituição do benefício.

 

Neri lembrou que o assunto está em discussão na equipe econômica e um dos problemas é o custo da medida. Nos níveis atuais de concessão de R$ 600 ou até R$ 1,2 mil para mães solteiras e beneficiários do Bolsa Família, o gasto do governo é em torno de R$ 50 bilhões por mês.

 

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.
Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

“A gente não sabe como vai ser esse processo [da retirada do auxílio]. Tem a discussão do Renda Brasil, o primeiro estágio é a transição do auxílio ainda em 2020 e depois o que acontece em 2021. Essa redução da pobreza ajuda a pandemia e à própria pobreza, mas não é sustentável”, disse.

 

Na visão do coordenador do estudo, a situação fiscal brasileira não permite a manutenção de benefícios dessa magnitude. “Em um certo sentido, o auxílio emergencial também ajudou a manter a atividade econômica em um nível menos insatisfatório”, disse, acrescentando que o governo tem um desafio pela frente para definir o que será feito pós-auxílio emergencial.

 

Fonte: Agência Brasil

Reclamações: Procon Estadual notifica o Atacadão a justificar aumento nos preços, principalmente do óleo de soja

Elevação, aparentemente, injustificada  de preços para comercialização de produtos, entre os quais óleo de soja, motivaram várias reclamações de consumidores e, em razão disso, a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, notificou o Atacadão S/A a comprovar com documentos a necessidade de aumento nos preços, principalmente do óleo Concordia em embalagem pet, motivo principal das reclamações.

 

Ocorre que, conforme constatado, o produto em referência estava sendo comercializado por  R$ 3,60 ( três reais e sessenta centavos) tendo seu preço modificado, momentos depois, para R$ 5,20 (cinco reais e vinte centavos), o que  deixou muitos consumidores surpresos ao tentar  efetuar a compra e  denunciado o fato ao Procon Estadual por meio do telefone 151.

 

Com isso, a empresa  foi notificada a em um prazo de  dez  dias apresentar explicações e  esclarecimentos quanto as razões que justificaram a elevação em percentuais considerados altos para o consumidor final e apresente documentos que entendam comprobatórios para  que o órgão estadual de defesa do consumidor possa  realizar análise de forma correta.

 

Na opinião do superintendente Marcelo Salomão, “o consumidor já está passando por fase difícil tanto financeira muitas vezes motivada pela perda de emprego ou redução no seu salário que terá dificuldades de suportar aumentos elevados em produtos de primeira necessidade”.  Salomão afirma que a proteção  ao consumidor é um direito fundamental, razão pela qual o Procon Estadual não se omite a  agir nesses casos.

Demanda global de energia deve fechar 2020 com maior recuo em 70 anos; segundo estudo, consumo deve cair 6% neste ano

Ao fim deste ano, a demanda de energia deve ter registrado queda de 6% em todo o mundo, recuo sete vezes maior do que o atingido durante a crise financeira de 2009, aponta análise da empresa de contabilidade e auditoria PwC, elaborada com base em dados da Agência Internacional de Energia para 2020 (IEA). O choque no consumo é o maior já visto nos últimos 70 anos.

 

O estudo Futuro da Indústria de Óleo & Gás prevê ainda que o ano será encerrado com diminuição de 20% nos investimentos em energia. Como fator principal da redução, o documento aponta a recessão global, que, por sua vez, está relacionada às restrições decorrentes da pandemia de covid-19, como limitação de circulação de pessoas e de atividades econômicas.

 

A PwC destaca também que a crise gerada pela pandemia desestabilizou todos os níveis do setor de energia, do suprimento à produção de combustíveis. O estudo avalia que haverá consequências tanto para a segurança energética como para a adoção de fontes de energia limpa. Um dos prognósticos é de que a energia nuclear seja a menos afetada pelas medidas de quarentena.

 

O que se imagina é uma pausa na transição energética como resultado da falta de recursos para viabilizá-la. Segundo os especialistas da PwC, o processo voltará a avançar à medida que os países se recuperem economicamente e tenham condições de financiar a transição.

 

Prognósticos

 

Há probabilidade de que a estagnação econômica perdure até 2022 e de que o cenário comece a se reverter entre 2023 e 2025. Somente entre 2025 e 2030 é que os países deverão voltar a crescer, segundo o estudo.

 

Para Jaime Andrade, sócio da PwC Brasil, a tendência é de que a substituição do petróleo e do gás por fontes alternativas se complete somente após décadas. Ele destaca, porém, que, devido às particularidades de cada região, isso pode ocorrer de forma mais acelerada, mas que em muitos países a transformação será mais lenta, por conta da pandemia.

 

O relatório ressalta também que o preço do petróleo deve subir nos próximos três ou quatro anos, em virtude da escassez de oferta. Por isso, é esperado um ciclo de expansão para a indústria de petróleo e gás entre 2024 e 2030.

 

A perspectiva é de que levará cerca de quatro anos para que a demanda global volte a 100 milhões de barris por dia e que o valor do Petróleo West Texas Intermediate (WTI) – petróleo bruto do Texas cujo valor serve de referência para se fixar o preço do petróleo no mercado norte-americano – alcance US$ 53,98 em janeiro de 2024.

 

Fonte: Agência Brasil

Procon MS autua farmácia de manipulação por irregularidades nos preços da hidroxicloroquina em tempo de pandemia

Em diligência realizada por equipe de fiscalização da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, na Orgânica Farmácia de Manipulação, em atendimento a  denúncia de consumidores, ficou constatado a divergência de  valores cobrados na comercialização de medicamentos manipulados naquele local.

 

Um dos exemplos está nos preços apresentados, inicialmente, em dois orçamentos, apesar de funcionários alegarem erro de digitação. No primeiro deles foi apresentado o valor de  R$ 82,50 para a venda de 6 unidades de hidroxicloroquina  de 400 miligramas, ou seja, cada unidade sairia a R$ 13,75. Já, em um segundo orçamento, desta vez para 60 comprimidos, o valor apresentado foi de R$ 665,50, o que equivale a R$ 11,09 por unidade.

 

Entretanto a oscilação de preços ocorre de  cliente para cliente chegando a uma diferença de R$ 8,67 a unidade uma vez que ao solicitar as notas fiscais de venda a equipe do Procon Estadual verificou que, em alguns casos, eram cobrados R$ 2,77 por unidade e em outros R$ 11,41 no período entre abril e agosto. Porem, o que configura irregularidade não é simplesmente a variação de preços uma vez que houve aumento no custo do produto, mas há necessidade do consumidor receber essa informação de forma clara.

 

A informação objetiva se faz ainda mais necessária se levarmos em consideração que estamos passando por uma fase difícil com o enfrentamento da  pandemia da covid – 19. Os problemas não residem só nessa constatação. Ficou demonstrado, também, que  o estabelecimento comercial não emite Nota Fiscal de forma espontânea, fato que os responsáveis tentam justificar  afirmando estar ocorrendo falha no sistema de impressão. Devido às  irregularidades, foi expedido auto de infração.

 

Ação conjunta: Mapa da Liberdade Econômica monitora aplicação da lei nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul tem um mapa da Liberdade Econômica, onde é possível ver a aplicação da lei em cada município. O sistema de business intelligence foi desenvolvido em uma ação conjunta do Sebrae com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

Confira o mapa clicando aqui.

 

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que o mapa avalia a aplicação da Lei da Liberdade Econômica, da Lei Geral de apoio às Micro e Pequenas Empresas e da RedeSim. Mato Grosso do Sul tem atualmente 306 mil empresas entre o alvo de melhoria com as legislações.

 

“Nosso foco é melhorar o ambiente de negócios no Estado. Criamos o mapa da liberdade econômica para estabelecer a aplicação das leis que já existem, com controle sobre a abertura e fechamento de empresas e outros critérios que influenciam nos setorial empresarial, principalmente os pequenos negócios, que tem grande relevância para o Estado”, afirma o secretário.

 

Em fevereiro de 2020, municípios assinaram termo de compromisso com a implantação das mudanças previstas na Lei de Liberdade Econômica. Em seguida, o decreto nº 15.370 institui um Comitê para implementação da Lei de Liberdade Econômica em Mato Grosso do Sul, coordenado pela Semagro, para reunir uma rede de controle para apoiar municípios.

 

Em seguida foi elaborado um questionário para que os 79 municípios se posicionem onde eles estão em termos de aplicabilidade da lei. Do total, 70 já responderam e o objetivo é que esse trabalho seja levado aos candidatos às prefeituras que estão concorrendo a eleição. “Estamos fazendo um trabalho conjunto com todas as entidades representativas para a implementação dessa lei”, ressalta o secretário Jaime Verruck.

 

No âmbito da implantação da RedeSim, coordenado pela Junta Comercial de MS, o processo está bastante avançado em desburocratizar, dando transparência e agilidade para o ambiente de negócios estadual.

Restituição de R$ 76 milhões do Imposto de Renda é aporte importante para economia de Mato Grosso do Sul

A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira (24) a consulta ao quarto lote de restituição do IRPF/2020. O crédito bancário para 61.606 contribuintes de Mato Grosso do Sul será realizado no dia 31 de agosto, totalizando o valor de R$ 76.063.248,04. Um aporte de recursos importante para a economia do Estado, que começa a dar sinais de recuperação após a crise enfrentada pela pandemia da Covid-19.

 

“Juntamente com a liberação de outros recursos como o FGTS e o auxílio emergencial, esse montante ajuda a garantir um otimismo maior neste segundo semestre, em que começamos a perceber uma leve melhora das expectativas sobre a economia por parte da população e também do empresário do comércio, como vimos na última pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que mostrou um crescimento de 13,8% neste mês de agosto em relação a julho”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Econômico da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.

 

Ainda segundo a economista, os valores também devem ser investidos no pagamento de dívidas, o que é positivo, pois reduz as possibilidades de inadimplência da população, além desse valor retornar de alguma forma para o comércio, seja pelas instituições financeiras ou em estabelecimentos comerciais.

 

Para saber se teve a restituição liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet (http://idg.receita.fazenda.gov.br), ou acessar o aplicativo da Receita, em tablets e smartphones, para consulta às declarações do IRPF e situação cadastral do CPF.

 

Em todo o Brasil, será restituído o imposto para 4.479.172 contribuintes, totalizando R$ 5,7 bilhões.

Mato Grosso do Sul deve ter melhor resultado do país na economia, segundo projeção da Tendências Consultoria

Apesar do estrago causado pela covid-19, Mato Grosso do Sul deverá obter o melhor desempenho do país no crescimento da economia no próximo ano. É o que revela levantamento da Tendências Consultoria Integrada. Segundo o estudo, Mato Grosso do Sul estará entre os cinco estados brasileiros aencerrar o próximo ano com crescimento no Produto InternoBruto (PIB), em relação a 2019.

 

Enquanto 21 estados e o Distrito Federal podem fechar 2021com queda, Mato Grosso do Sul deverá exceder em 2,7% o PIB do ano passado. Os outros estados com estimativa de
crescimento são Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás. O Produto Interno Bruto é a soma de todas as riquezas geradas por um país.

 

 

 

Para o governador Reinaldo Azambuja, o papel do poder público deve continuar sendo o de permitir uma retomadasegura da economia. “Todo mundo teve prejuízos por causa da pandemia, da dona de casa aos governos, e quem respondeu melhor à pandemia foi o agronegócio, que em Mato Grosso do Sul tem um papel essencial. Mais uma vez, os produtores brasileiros mostraram que, da porteira para dentro, eles dão show. Não chegamos a paralisar nenhuma atividade, mas criamos protocolos e medidas de segurança para o trabalhador, trabalhadora e criamos o Comitê Gestor do Plano de Retomada
Pós-Crise para apoiar iniciativas que contribuam para a retomada segura das atividades econômicas. Queremos estimular o mercado, mesmo que o retorno a essa nova normalidade seja diferente. É com responsabilidade, que
vamos superar essa crise”, disse.

 

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o desempenho de Mato Grosso do Sul é explicado em parte pela agroindústria, em especial a de papel e celulose. “Com
localização privilegiada, próxima de São Paulo, a indústria de celulose do Estado deve ser favorecida pela expectativa de ampliação da demanda asiática por papel tissue, pela tendência estrutural de substituição do plástico por produtos de papel e
pelo câmbio brasileiro desvalorizado”, explica o economista da Tendências Lucas Assis.

 

Não é a toa que o Governo de Mato Grosso do Sul não tem medido esforços em promover a integração logística para facilitar o escoamento da produção. Na última semana, o governador Reinaldo Azambuja assinou um acordo com o colega Carlos Roberto Massa Ratinho Junior, do Paraná, para viabilizar a construção de um corredor ferroviário de
exportação com 1.370 quilômetros, ligando regiões produtoras
de Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá.

 

Isso, sem falar da Rota Bioceânica, projeto encabeçado por Mato Grosso do Sul que irá reduzir em 14 dias a distância e o custo do transportes dos produtos da América do Sul ao
continente asiático – que é o maior consumidor do Estado.

 

Empregos

 

O crescimento do PIB não é apenas uma projeção. Mato Grosso do Sul já tem respondido melhor à crise e obtido os melhores resultados do país em vários segmentos. Na geração de
empregos com carteira assinada, por exemplo, obteve o terceiro melhor desempenho do país no acumulado de janeiro a julho de 2020.

 

De acordo com o novo Cadastro de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia,  entre janeiro e julho o estado registrou 118.148 admissões, o que resultou em um saldo de 1.561 novos postos de trabalho, atrás apenas de Maranhão e Mato Grosso.

Pandemia: Governo federal investe mais de R$ 3,2 bilhões em insumos e serviços para dar combate ao novo coronavírus

O Ministério da Economia (ME) divulgou, na sexta-feira (21/8), a nova versão do Painel de Compras e Contratos COVID-19. Até o momento, a ferramenta, que é atualizada diariamente, registra que o governo federal e os demais usuários do Sistema de Compras do Governo Federal (Comprasnet) já investiram mais de R$ 3,2 bilhões em 8.010 aquisições de bens e serviços para serem utilizados durante a pandemia. Entre eles estão Equipamentos de Proteção Individual (EPI), reagentes, termômetros, máscaras, álcool em gel, material de limpeza e produtos médicos.

 

“Nós aprimoramos o portal para deixá-lo mais intuitivo e simples, justamente para ampliar a transparência e o controle social das informações sobre as compras realizadas durante a pandemia. Também, já incorporamos itens previstos na Lei nº 14.035/2020 e seguimos as orientações da Transparência Internacional, zelando pelo diálogo e melhoria contínua do produto”, explica o secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital (SEDGG) do ME, Cristiano Heckert.

 

Além de registrar as compras do governo federal, o Comprasnet é utilizado por mais de 2.000 municípios, dos quais boa parte passou a utilizar o sistema após a vigência do Decreto 10.024/2019, aumentando o grau de controle e a consolidação de informações de compras no sistema.

 

Entre as novidades está o detalhamento de dados por compras, itens e contratos, de forma integrada e simplificada. Ao navegar no painel, é possível filtrar por período, unidade da Federação, objeto da compra, descrição do item e esfera administrativa. Além disso, é possível fazer pesquisas por CNPJ e também por razão social. “Caso seja do interesse do usuário, é possível verificar o detalhamento dos contratos e exportar os dados em formato aberto, o que permite diferentes cruzamentos e análises, bem como das notas de empenho, disponíveis no Portal da Transparência”, complementa Heckert. Segundo o painel, foram adquiridos 31.102 itens de 5.620 fornecedores até o momento.

 

A nova versão do painel tem também uma nova seção que traz mais informações úteis. Nela, é possível se informar, por exemplo, sobre os procedimentos necessários para a doação de produtos para o governo federal. Na mesma área, existe a possibilidade de encaminhar informações para a Ouvidoria e também para o e-Sic. “O objetivo é consolidar em um só lugar as diferentes necessidades dos cidadãos, alcançando desde aqueles interessados que desconhecem a temática, até aqueles que querem aprofundar na interpretação dos dados e informações das compras públicas”, afirma Heckert.

 

Comparação de preços

 

Para o acompanhamento das compras emergenciais, o ministério desenvolveu também o Painel de Análise Comparativa de Preços COVID-19. Nele qualquer cidadão pode acompanhar as variações de preços dos principais itens comprados pelo Comprasnet antes e durante a pandemia.

 

“Iniciamos um processo de análise contínua dos preços praticados, incorporando-os em novas ferramentas de transparência e uso pelos próprios compradores públicos, auxiliando-os ao longo dos processos de contratação. Todos estamos cientes das dificuldades enfrentadas diante do abastecimento do mercado e da dinâmica de oferta e demanda que estamos enfrentando como sociedade”, ressalta o diretor de Normas e Sistemas de Logística, Wesley Lira.

 

Na ferramenta, é possível visualizar dados estatísticos de pregões e cotações eletrônicas como, por exemplo, a mediana, o desvio padrão e a diferença média de preços de itens como álcool gel, máscaras descartáveis e N95, água sanitária, avental hospitalar, luvas, entre outros. O recorte da variação de preços pode ser realizado por esfera de governo, por estado e modalidade de compra (pregão ou cotação eletrônica). Para efetuar a comparação, o período analisado para o desenvolvimento do painel é de 1º de janeiro de 2019 a 17 de agosto de 2020, considerando o dia 1º de março como sendo o início do período da pandemia.

 

 

Fonte: Ministério da Economia