Com Plano de Compras Governamentais, Mato Grosso do Sul se antecipa à nova lei de licitações que tramita no Senado

Com experiência na elaboração do Plano de Compras Governamentais, instrumento utilizado pelo estado para planejar os processos de aquisição de bens e serviços, Mato Grosso do Sul está um passo à frente da nova lei de licitações, que tramita no Senado Federal.

 

Em articulação para integrar a pauta de votação no parlamento, o projeto de lei deve trazer a obrigatoriedade deste planejamento, que está alinhado à boa aplicação dos recursos públicos, transparência, celeridade e eficiência.

 

Pauta de uma reunião em formato virtual que aconteceu esta semana na SAD, o Plano de Compras 2021 foi abordado pela secretária de Administração e Desburocratização, Ana Nardes e pelo superintendente de Gestão de Compras e Materiais, Leonardo Dias Marcello com os servidores que fazem parte das equipes técnicas de compras de todo o estado.

 

Nos antecipamos ao atuar de forma articulada, diz Leonardo

“A modernização de lei de licitações trará esse Plano de Compras como uma obrigação. Como somos sabedores da importância de um bom planejamento para a Gestão Pública, nos antecipamos, ao atuar de forma articulada com as unidades gestoras, incutindo assim essa nova cultura de compras no estado”, pontua Leonardo, superintendente da Sucomp.

 

De acordo com a Assessoria de Gestão Estratégica da SAD, responsável pela implantação do Plano de Compras em formato piloto, o trabalho é realizado desde 2015 em MS. “Inicialmente, o plano de compras era manual, avançando em 2017 para um sistema virtual. Atualmente trabalhamos no aprimoramento deste sistema e também no redesenho deste processo, pois acreditamos que reduzir o retrabalho, melhorar a organização, irá contribuir para um planejamento eficaz”, pontua a assessora de Gestão Estratégica da SAD, Hosilene Lubacheski, ao fazer referência ao Sistema Gestor de Compras de MS, o SGC.

 

A reunião desta semana reuniu 51 servidores que atuam nas equipes técnicas de compras do estado e que também são responsáveis pelo planejamento, elaborado através de um sistema que lista os itens a serem adquiridos com quantitativo, bem como a justificativa da aquisição e a média histórica de consumo do órgão.

Parques industriais estruturados pelo Governo do Estado aceleram geração de empregos e renda à população

Locais para instalação de indústrias nas cidades, os parques industriais de Mato Grosso do Sul vêm recebendo do Governo do Estado importantes investimentos em infraestrutura que possibilitam a atração de novos empreendimentos e a geração de emprego e renda à população.

 

Uma das políticas de desenvolvimento adotadas pela gestão Reinaldo Azambuja, o programa de estruturação de núcleos industriais contabiliza melhorias em diversas cidades nos últimos seis anos. A iniciativa, aliada a política de incentivos fiscais, já registra bons números na economia.

 

São 127.499 trabalhadores em MS no setor industrial, conforme dados da Federação das Indústrias (Fiems). O segmento tem participação fundamental no desenvolvimento no Estado. Em 2017 foram gerados R$ 19,1 bilhões de PIB – 22,1% de toda a riqueza produzida por aqui.

 

Recuperação da malha acontece desde 2017 no Polo do Indubrasil (Foto: Edemir Rodrigues)

 

A evolução do emprego formal na indústria de Mato Grosso do Sul cresceu 5% nos últimos três anos e meio. Comparando 2017, quando o ano encerrou com 120.320 trabalhadores, com 2020, até o mês de junho, o saldo de novos empregos gerados pelo setor é de 7.179 novas vagas.

 

Dentro da estratégia de desenvolvimento industrial de MS, uma das grandes discussões é a estruturação, explica o secretário Jaime Verruck (Desenvolvimento Econômico). Em muitos locais existem os núcleos, mas falta a infraestrutura adequada para o funcionamento das empresas.

 

“Definimos dentro do Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado) a utilização de recursos para dar estrutura adequada aos polos industriais já existentes ou até aquisição de áreas para aqueles municípios que não têm”, destacou.

 

Além de dar mais competitividade às empresas já instaladas nos núcleos, as obras de asfalto, drenagem e iluminação facilitam a atração de novos empreendimentos e beneficiam a vida da população que depende das regiões industriais, seja para morar ou trabalhar.

 

“Em Campo Grande fizemos no Indubrasil toda estruturação viária e, consequentemente, recebemos mais de US$ 250 milhões de investimentos. Em Três Lagoas e São Gabriel o asfalto novo melhorou a vida milhares de trabalhadores que vivem da indústria”, falou.

 

Estruturação dos parques

 

Em Três Lagoas, asfalto todo recuperado (Foto: Arquivo Subcom)

 

As três maiores cidades do Estado receberam investimentos nos núcleos industriais. Campo Grande teve R$ 8,5 milhões para obras de asfalto, drenagem e revitalização no Núcleo Indubrasil e no Polo Industrial Miguel Leterielo, na região norte, o primeiro 100% asfaltado de MS.

 

“Melhorar a infraestrutura dos parques industriais torna o Estado mais competitivo. Tem atração de novos empreendimentos e geração de novas oportunidades de emprego, além de deixar um ambiente mais seguro para moradores e trabalhadores”, pontuou Reinaldo Azambuja.

 

Em Dourados, as melhorias resultaram em asfalto novo com sistemas de drenagem e iluminação pública. O local, que antes era de chão batido, recebeu R$ 11 milhões de investimentos. Já em Três Lagoas, a pavimentação ligou o parque industrial ao aeroporto por R$ 3 milhões.

 

Recentemente o Estado firmou convênio com Jaraguari para a instalação de um polo industrial na cidade. Com R$ 2,5 milhões, uma área de 100 hectares foi adquirida para a instalação da área para instalação de novos empreendimentos, que vão promover o desenvolvimento local.

 

Ainda no interior do Estado, conforme dados da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) e do Fadefe, da Semagro, melhorias estruturais foram feitas nos núcleos industriais das cidades de Fátima do Sul, Maracaju, Miranda, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia.

FCO 2021: Conselho publica prioridades que incluem negócios impactados pela covid-19, incluindo pequenos negócios

O grupo técnico do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco) definiu as diretrizes e prioridades do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) em 2021. Os pequenos negócios e os setores mais impactados pela Covid-19 estão entre os destaques para o próximo ano.

 

O secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) integrou o grupo técnico, que é composto por secretários estaduais, Banco do Brasil, Sudeco e ministérios. Após amplas consultas as prioridades para 2021 foram publicadas no Diário Oficial da União ontem (21).

 

A resolução 99 de 18 de agosto de 2020 é baseada no PRDCO (Programa Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste). As diretrizes incluem direcionar recursos para os municípios de baixa e média renda, tratamento diferenciado e favorecido para projetos de micro e pequenas empresas, rurais ou empresariais e diversificação na aplicação de recursos, para ampliar os beneficiados.

 

Entre as novidades para 2021 foi acrescentado o foco na recuperação e preservação das atividades ligadas a saúde pública e impactadas pela Covid-19 e projetos focados na preservação e geração de empregos. O secretário Jaime Verruck, que preside o Ceif/MS (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis) detalha as novidades para o próximo ano.

 

“A questão da Covid e seus impactos influenciou nas diretrizes que vamos adotar em 2021. Conseguimos fazer uma leitura adequada do momento que passa a economia e resgatamos o papel do FCO de utilizá-lo como instrumento de política de desenvolvimento. Em 2021 os Ceifs terão um papel fundamental de cumprir as diretrizes para obtermos bons resultados”, explica Verruck.

 

Entre as prioridades setoriais pode ser citado o FCO verde, que engloba projetos de energia renovável e sustentabilidade, o setor de turismo, que foi fortemente impactado em 2020 e projetos industriais e comerciais. Neste item entram ainda atividades comprovadamente impactadas pelo distanciamento social, como bares, hotéis, restaurantes.

 

A pedido do Governo Federal foram incluídos projetos de infraestrutura, como tratamento de esgoto e mobilidade urbana e geração de energias alternativas.

 

Nas prioridades espaciais estão municípios de região de fronteira e micro e pequenos empreendimentos.

Governo do Estado e União iniciam tratativas para ampliar laços comerciais com o Chile com utilização da Rota Bioceânica

Em reunião realizada na quarta-feira (19), o Governo Federal e o Governo de Mato Grosso do Sul deram início ao debate comercial com as autoridades chilenas para análise das potencialidades dos portos do Chile para a exportação de produtos brasileiros (em especial sul-mato-grossenses) e para a importação de mercadorias dos países asiáticos e da costa oeste dos EUA.

 

A Mesa Técnica Bilateral Chile-Brasil contou com a participação do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Econômico, Produção e Agricultura Familiar), do Coordenador Nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos, ministro João Carlos Parkinson, do presidente da EPL (Empresa de Pesquisa e Logística), Jorge Bastos e autoridades chilenas. Pela Semagro, ainda participaram o Assessor de Logística, Lúcio Lagemann e a Coordenadora de Cooperação Internacional e Comércio Exterior da Semagro, Thaís Fernanda Silva Guimarães.

 

 

De acordo com o titular da Semagro, a infraestrutura para a implantação efetiva da Rota Bioceânica avança com as obras de pavimentação das rodovias paraguaias, com o andamento do cronograma de construção da ponte sobre o Rio Paraguai para interligar os municípios de Porto Murtinho e Carmelo Peralta, bem como as ações do Dnit e do Governo do Estado para as obras de acesso à ponte. Da mesma forma, seguem as tratativas administrativas e burocráticas com relação ao passo fronteiriço (alfândegas).

 

“Iniciamos, efetivamente, uma discussão comercial e de negócios com o Chile, analisando a competitividade de determinados produtos que chegam aos sete portos chilenos, vindos da Ásia e da costa oeste dos EUA. Hoje, o principal destino desses produtos é o Paraguai, seguido da Argentina. O mercado brasileiro ainda representa pouco nessas operações e essa é uma grande oportunidade para a Rota Bioceânica. Agora, trabalhamos para viabilizar a questão alfandegária, que vai permitir o fluxo perene e competitivo, tanto de mercadorias saindo do Brasil em direção aos portos chilenos para serem exportadas para o mercado asiático, quanto de outros produtos chegando ao nosso país por meio dessa via de entrada”, comentou o secretário Jaime Verruck.

 

A proposta do Governo Federal e da administração estadual é a de ampliar o comércio intrarregional com a América do Sul. “Queremos conceituar e posicionar Mato Grosso do Sul de forma estratégica, com a possibilidade de que o nosso Estado se transforme em um hub logístico para a distribuição de produtos para o Brasil, bem como concentrar produtos brasileiros para serem enviados para o mercado chileno, seja para exportação ou para consumo interno daquele país”, informou Jaime Verruck.

 

Deve ser constituída, junto com o setor produtivo, uma comissão para levantamento das oportunidades de negócio por meio da Rota Bioceânica. “Vamos montar uma comissão mais comercial em relação à Rota, a fim de avaliar a competividade dos nossos produtos, inserindo o setor privado para se preparar, dado que foram demonstradas as potencialidades para desenvolver o comércio intrarregional com o Paraguai, Argentina e Chile e ampliar a exportação e importação com os países asiáticos”, acrescentou o secretário.

 

Oportunidade para a carne bovina do Estado

 

Durante a reunião da Mesa Técnica Bilateral Chile-Brasil também foi apresentado um estudo específico sobre a carne bovina. “O Chile é um grande comprador desse produto no Brasil e os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são grandes fornecedores. A ideia é potencializar esse fluxo, que hoje entra no mercado chileno por meio de outras rotas, mas as análises demonstram a viabilidade da Rota Bioceânica para ampliar esse consumo interno no mercado chileno e também para outras regiões”, informou Jaime Verruck.

 

 

De acordo com levantamento da Semagro, 73% da carne bovina exportada por Mato Grosso do Sul segue por via marítima; 23% por via terrestre e 4% via fluvial. Nesse contexto, cerca de 27% das exportações sul-mato-grossenses de carne bovina são escoadas pelo Porto de Santos (SP); 25% pelo Porto de Paranaguá (PR); 16% por São Francisco do Sul (SC); 10% seguem por São Borja (RS), que é por onde escoam para o Chile; outros 7% seguem para a Argentina, pelo porto seco de Dionisio Cerqueira (SC) e o restante por outras vias (fluvial e terrestre).

 

“A China é o destino de 31% das exportações de carne bovina, outros 68% vão para outros países da Ásia. Esses números mostram o potencial que temos na Rota Bioceânica para as exportações sul-mato-grossenses. Hoje, 64% da carne bovina consumida no Chile vem do Brasil. Desse total, 17% saem de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso”, informou o titular da Semagro.

 

“Temos aí, então, um mercado em potencial para a nossa da carne bovina. Com os caminhos já existentes, nossa primeira ação seria, entre 2020-2025, ampliar a venda de carne bovina e de aves de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso para cobrir 30% da região Norte do Chile, tendo como frete de retorno produtos como salmão e frutos do mar. Uma segunda etapa seria a de incluir outros produtos, baseado na necessidade de regular as alfândegas”, acrescentou.

 

Por fim, foi proposta pelo governo chileno uma aliança econômica intrarregional para alimentos frescos na América do Sul, intitulada Projeto Alfa. “A ideia é criar uma grande rede para distribuição de soja, carne bovina, suína e de aves, frutas, vinhos e outros produtos. Campo Grande seria o hub de distribuição dessas mercadorias, ampliando a conectividade com o Mercosul, mercados asiáticos,  costa Oeste dos EUA e aumentando o nível de serviços aos usuários”, finalizou o Jaime Verruck.

Em 7 meses, exportações industriais de Mato Grosso do Sul alcançam receita de US$ 2,16 bilhões, segundo a Fiems

Mesmo com a pandemia mundial do novo coronavírus (covid-19), as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentaram de janeiro a julho deste ano o melhor resultado para os primeiros sete meses do ano da série histórica desse indicador industrial iniciada em 2008, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.

 

De janeiro a julho deste ano, a receita com as vendas internacionais das indústrias locais alcançou US$ 2,16 bilhões, indicando aumento de 2,2% em relação ao mesmo período de 2019, quando ficou em US$ 2,11 bilhões. Conforme o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, quanto à participação relativa, no acumulado do ano, a indústria respondeu por 61% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul.

 

O economista destaca que os grupos “Celulose e Papel” e “Complexo Frigorífico” continuam sendo responsáveis por 75% da receita de exportações do setor industrial, sendo 48% para o primeiro grupo e 27% para o segundo grupo, enquanto logo em seguida vêm os grupos “Óleos Vegetais” e “Extrativo Mineral”, com 11% e 4%, respectivamente.

 

Principais grupos

 

No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado alcançou US$ 1,03 bilhão, uma queda de 15% em relação ao período de janeiro a julho de 2019, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 1,02 bilhão). Os principais compradores foram a China, com US$ 594,35 milhões, Estados Unidos, com US$ 126,22 milhões, Itália, com US$ 77,63 milhões, Coreia do Sul, com US$ 37,43 milhões, Holanda, com US$ 33,29 milhões, e Reino Unido, com US$ 28,53 milhões.

 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a julho foi de US$ 593,27 milhões, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 46% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 272,72 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 105,95 milhões, China, com US$ 95,80 milhões, Chile, com US$ 61,26 milhões, Arábia Saudita, com US$ 33,57 milhões, e Emirados Árabes Unidos, com US$ 28,50 milhões.

 

No grupo “Óleos Vegetais”, a receita conseguida de janeiro a julho foi de US$ 246,13 milhões, um aumento de 137% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 49% é oriundo dos bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, somando US$ 119,56 milhões. Os principais compradores foram Holanda, com US$ 58,95 milhões, Indonésia, com US$ 40,74 milhões, Tailândia, com US$ 40,14 milhões, Índia, com US$ 24,16 milhões, Alemanha, com US$ 16,53 milhões, e Polônia, com US$ 15,12 milhões.

 

Dados do IBGE mostram que em julho, covid-19 afetou 44% das empresas; em Mato Grosso do Sul há recuperação progressiva

Pesquisa do IBGE aponta que dos 2,8 milhões de empresas em funcionamento na primeira quinzena de julho no Brasil, 44,8% informaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades, enquanto para 28,2% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,0% o efeito foi positivo.

 

As empresas do setor de Serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (47,0%), com destaque para o segmento de Serviços prestados às famílias (55,5%). No Comércio, 44,0% relataram efeitos negativos e na Construção, 38,0%. No setor industrial, 42,9% das empresas destacaram impacto negativo, enquanto para 33,1% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 24,1% o impacto foi positivo.

 

A economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Daniela Dias, ressalta que, em âmbito estadual, a pesquisa de impactos da COVID, desenvolvida em parceria com o Sebrae MS, apontou que entre abril e março 85% dos empresários tiveram reduções em suas vendas; entre maio e junho, o índice passou a 79% e em julho a redução do faturamento por interferência da COVID foi apontada por 59%. “De fato, essa interferência vem se arrefecendo, inclusive no que diz respeito aos empregos. O percentual de empresas que informaram que demitiriam em março foi de 25%, em abril, de 39%, em junho 28%, em julho de 24% e as perspectivas para os próximos três meses de 8%”.

 

Neste último período os segmentos que mais sentiram reflexos de redução foram os relacionados a acessórios (para 83% das empresas), comércio em geral (58%) , moda (73%), móveis e utilidades do lar (50%)  e prestações de serviços (67%).Na Pesquisa Pulso Empresa, do IBGE, os efeitos negativos foram percebidos por 44,9% das empresas de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 39,2% das de grande porte. Por grandes regiões, os efeitos seguiram negativos para mais da metade (51%) das empresas no Centro-Oeste, 48% no Norte, 47% no Sul e 46% no Sudeste. No Nordeste, o efeito foi positivo para 38% das empresas.

 

Confira aqui os resultados

 

Pesquisa do IBGE aponta que dos 2,8 milhões de empresas em funcionamento na primeira quinzena de julho no Brasil, 44,8% informaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades, enquanto para 28,2% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,0% o efeito foi positivo.

 

As empresas do setor de Serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (47,0%), com destaque para o segmento de Serviços prestados às famílias (55,5%). No Comércio, 44,0% relataram efeitos negativos e na Construção, 38,0%. No setor industrial, 42,9% das empresas destacaram impacto negativo, enquanto para 33,1% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 24,1% o impacto foi positivo.

 

A economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Daniela Dias, ressalta que, em âmbito estadual, a pesquisa de impactos da COVID, desenvolvida em parceria com o Sebrae MS, apontou que entre abril e março 85% dos empresários tiveram reduções em suas vendas; entre maio e junho, o índice passou a 79% e em julho a redução do faturamento por interferência da COVID foi apontada por 59%. “De fato, essa interferência vem se arrefecendo, inclusive no que diz respeito aos empregos. O percentual de empresas que informaram que demitiriam em março foi de 25%, em abril, de 39%, em junho 28%, em julho de 24% e as perspectivas para os próximos três meses de 8%”.

 

Neste último período os segmentos que mais sentiram reflexos de redução foram os relacionados a acessórios (para 83% das empresas), comércio em geral (58%) , moda (73%), móveis e utilidades do lar (50%)  e prestações de serviços (67%).Na Pesquisa Pulso Empresa, do IBGE, os efeitos negativos foram percebidos por 44,9% das empresas de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 39,2% das de grande porte. Por grandes regiões, os efeitos seguiram negativos para mais da metade (51%) das empresas no Centro-Oeste, 48% no Norte, 47% no Sul e 46% no Sudeste. No Nordeste, o efeito foi positivo para 38% das empresas.

 

Confira aqui os resultados

Compras com cartões aumentam 3% no primeiro semestre; aporte foi de R$ 4 bi com maquininhas da poupança social

As compras realizadas com cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 3% no primeiro semestre do ano, somando R$ 876,4 bilhões em transações, de acordo com dados divulgados hoje (19) pela Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Ao longo do semestre os brasileiros movimentaram R$ 540,4 bilhões (+0,8%) com cartões de crédito, R$ 323,2 bilhões (+5,7%) com cartões de débito e R$ 14,7bilhões (+68,4%) com cartões pré-pagos, totalizando 10,5 bilhões de transações.

 

“No primeiro semestre já houve algum impacto no uso das maquininhas da poupança social digital, o auxílio emergencial aprovado pelo governo federal. Foi um aporte na ordem de um pouco mais de R$ 4 bilhões, que se for acrescido aos números do semestre teríamos um crescimento de 3,5% e no débito um crescimento de 6,3%. Tiramos o auxílio do volume total porque entendemos que é um valor atípico e só vai acontecer este ano e não gostaríamos de ter esse efeito nas análises seguintes”, explicou o o diretor-executivo da Abecs, Ricardo de Barros Vieira.

 

Segundo os dados da Abecs, as compras não presenciais, principalmente pela internet, somaram R$ 173,5 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 18,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. No fim de junho, as compras remotas responderam por 35,5%de todo o volume transacionado com cartão de crédito. “Esse movimento é reflexo da mudança de hábito do consumidor e também dos setores de comércio e serviços, que precisaram se reinventar neste período de quarentena”, disse Vieira.

 

Os pagamentos por aproximação (aqueles em que não há contato físico com a máquina de cartão) cresceram 330% no 1° semestre, chegando aos R$ 8,3bilhões. O uso da função débito nessa modalidade foi o que mais cresceu, com alta de 792%. Além disso, subiu para 18% o número de pessoas que realizam pagamentos com essa tecnologia, três vezes mais do que em junho de 2019. A experiência foi considerada positiva para 84% dos usuários, que destacaram entre outras coisas o benefício da prevenção ao contágio do novo coronavírus.

 

A pesquisa da Abecs indicou que o maior impacto do uso dos cartões foi no segundo trimestre do ano, com o volume transacionado caindo -7,7% e somando R$ 400,7 bilhões. Esse resultado foi responsável pela primeira queda de redução das transações com cartões em um trimestre. A maior redução foi no uso do cartão de crédito (-11,9%). O cartão de débito caiu 2,3% e o pré-pago cresceu 59,6%. “Se os valores do auxílio emergencial fossem incorporados aqui ao invés de uma queda nos teríamos queda de 6,8% e o débito teríamos até um aumento do volume de 0,3%”.

 

Os gastos de brasileiros no exterior caíram 40% e as compras realizadas por estrangeiros no Brasil tiveram redução de 30,1%. “O impacto da pandemia no setor de viagens é visível com esses números. É uma redução extremamente significativa”, afirmou.

 

Fonte: Agência Brasil

Programa de ajuda a micro e pequenas empresas é prorrogado por 3 meses; portaria que estende o prazo foi publicada no DOU

O prazo para formalização de operações crédito no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi prorrogado por três meses. Portaria estabelecendo a nova data de encerramento foi publicada ontem (19) no Diário Oficial da União (DOU).

 

O prazo se encerraria também ontem (19), mas o governo reconhece que “ainda há demanda de crédito por parte das microempresas e empresas de pequeno porte para manutenção de suas atividades econômicas”.

 

A portaria considera ainda a autorização concedida pelo Congresso Nacional, por meio da aprovação do Projeto de Lei de Conversão nº 28 de 2020, em fase de sanção, para que a União efetive aporte adicional de R$ 12 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO) destinados à concessão de garantias no âmbito do Pronampe.

 

Sancionada em maio, a Lei nº 13.999/2020 que criou o Pronampe abriu inicialmente crédito especial no valor de R$ 15,9 bilhões. O objetivo do programa é garantir recursos para os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus no país.

 

Pelo texto, aprovado no fim de abril pelo Congresso, micro e pequenos empresários poderão pedir empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019.

 

Caso a empresa tenha menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo será de até 50% do seu capital social ou até 30% da média de faturamento mensal apurado desde o início das atividades, o que for mais vantajoso.

 

Fonte: Agência |Brasil

 

Vendas do Dia dos Pais se mantiveram estáveis, afirma Associação Comercial e Industrial de Campo Grande

As vendas do comércio para o Dia dos Pais se mantiveram estáveis em 2020 quando comparadas a 2019 para a maioria das empresas da Capital, segundo a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).

 

Levantamento realizado pela entidade, na última semana, revelou que, para 62,38% dos entrevistados, as vendas permaneceram iguais ao ano passado; e para 21,78% houve aumento nas transações. Desse grupo, a maioria teve acréscimo de 11% a 20%. Queda nas vendas foi registrada em 15,84% das empresas que responderam à pesquisa.

 

Com relação ao ticket médio dos presentes, 45,54% das empresas venderam de R$ 101,00 a R$ 200,00; e para 43,56% o valor gasto foi de R$ 51,00 a R$ 100,00. Para 5,94% dos estabelecimentos comerciais, o ticket médio de gasto foi de R$ 200,00.

 

Responderam à pesquisa de desempenho empresarial sobre o Dia dos Pais, estabelecimentos dos ramos de vestuário, perfumaria, eletrônicos, calçados, entre outros.