Mato Grosso do Sul bateu média recorde com 21 novas empresas abertas por dia em 2020

De janeiro a dezembro de 2020 foram abertas 7903 empresas em Mato Grosso do Sul, uma média de 21 novos estabelecimentos por dia e o maior resultado em 21 anos de série histórica da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul). O balanço do exercício de 2020 foi divulgado na segunda-feira (25) pela Jucems, órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

O resultado de 7903 empresas abertas em todo o ano de 2020 foi 11,51% superior aos 7.087 novos estabelecimentos constituídos em igual período de 2019. A média mensal de aberturas de empresas no ano passado foi de 659. Somente em dezembro foram abertas 587 novos estabelecimentos em Mato Grosso do Sul, recorde para o mês nos últimos 21 anos da série histórica da Junta, que é registrada desde o ano de 2.000.

 

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro, esse desempenho só foi possível graças às medidas tomadas pelo Governo do Estado, em meio à pandemia do novo coronavírus, para que se mantivessem os níveis de atividade econômica de Mato Grosso do Sul, bem como a modernização da Jucems com a implantação da Junta Online, da ampliação da adesão à RedeSim e aos aprimoramentos em nível federal e estadual advindos com a Lei de Liberdade Econômica.

 

“Hoje, com as mudanças tecnológicas e de inovação que implantamos na Junta Comercial, ela funciona praticamente 24h por dia. Dependendo da natureza da empresa, ela pode ser aberta totalmente on line, em questão de alguns minutos. Por isso, mesmo com as medidas restritivas impostas pela pandemia, a Jucems não teve seus atendimentos suspensos. Esse fator, aliado ao conjunto de medidas adotadas pelo Governo do Estado para estimular a economia sul-mato-grossense e manter os níveis de produção e de emprego, favoreceram esse resultado de 7903 abertas em 2020, que nos dá uma média de quase 1 empresa por hora”, comemora o secretário Jaime Verruck.

 

Os 10 municípios com maior número de empresas abertas Campo Grande (3.402); Dourados (879); Três Lagoas (348); Ponta Porã (289); Naviraí (225); Maracaju (162); Corumbá (152); Nova Andradina (143); Chapadão do Sul (134); Sidrolândia (108).

 

Das 7903 empresas abertas no Estado de janeiro a dezembro de 2020, 5026 são do setor de Serviços, representando 63,6% do total; 2540 são do Comércio (32,14%) e 337 são Indústrias (4,26%). O presidente da Jucems, Augusto de Castro, lembra que “os dados divulgados pela Junta não incluem os MEI’s (Microempreendedores Individuais), que são constituídos de forma virtual em portal próprio do Governo Federal – www.portaldoempreendedor.gov.br”.

 

Tambem no exercício de 2020, a Junta registrou o fechamento de 3.961 empresas, o maior número da série histórica da Junta (em 2018 foram 3.245 encerramentos). De acordo com Augusto de Castro, “Para cada empresa fechada, praticamente duas novas foram abertas. Esse maior número de fechamentos de empresas foi alavancado por dois fatores: o impacto da pandemia, que foi maior em algumas atividades empresariais do que em outras, e principalmente, a extinção da cobrança da taxa pelas juntas comerciais brasileiras para fechamento de empresas, que foi determinada pela Lei da Liberdade Econômica – Lei 13.874 de 20/09/2019”.

Frentistas de Mato Grosso do Sul discutem domingo reajuste salarial e outros benefícios

Frentistas de Campo Grande, do interior de Mato Grosso do Sul e demais trabalhadores em postos de combustíveis do Estado se reúnem dia 31 de janeiro em Assembleia Geral de seu sindicato, o SINPOSPETRO/MS para discutir reajuste salarial e outros benefícios para as categorias e que farão parte da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT-2021/2022.

 

O presidente do SINPOSPETRO/MS, José Hélio da Silva pede a participação maciça de trabalhadores para essa reunião. “Quanto maior a participação e presença de todos nas nossas reuniões e manifestações, mais fortes somos e, consequentemente, maiores são as chances de avançarmos nas nossas conquistas e benefícios para todas as categorias que representamos junto à revenda de combustíveis derivados de petróleo de Mato Grosso do Sul”, afirmou.

 

O diretor do sindicato, Gilson da Silva Sá, disse que a Assembleia Geral  será a partir das 8h em Campo Grande, na sede da entidade, que fica na Avenida Noroeste 1947, Bairro Amambai. “Precisamos da presença de todos nesse momento de luta por nossos direitos e benefícios”, reforçou o diretor.

Alvará da construção sairá em 15 minutos em Campo Grande, promete a prefeitura

A Prefeitura de Campo Grande está investindo na modernização e atenderá a um anseio antigo do setor, o alvará imediato.

 

O alvará sairá em 15 minutos com o lançamento de um software que está sendo testado pela Prefeitura desde novembro. A Prefeitura já realiza o cadastramento de profissionais para o novo sistema, que deve ser lançado em fevereiro.

 

“Fizemos a alteração legislativa em 2019. Este alvará demorava quatro semanas para ficar pronto. Hoje, fazemos em até cinco dias. Agora, em fevereiro, com o lançamento do software, teremos o alvará em até quinze minutos”, explicou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Luis Eduardo Costa.

 

Meio Ambiente

 

Além das modernizações relacionadas aos softwares, a pasta continuará atuando constantemente para manter o reconhecimento de Campo Grande com o título de Cidade Árvore do Mundo “Tree City of the World”, trabalhando tanto no desenvolvimento de políticas ambientais, como também no manejo arbóreo urbano.

 

“Fazemos parte de uma seleta rede global de cidades com prestígio internacional por sua liderança em florestas urbanas e comunitárias. Um reconhecimento sancionado devido às ações voltadas à preservação da arborização. E neste ano doamos mais de 16 mil mudas”, detalha o secretário.

Na temática voltada aos resíduos, a secretaria tem atuado no fortalecimento das cadeias produtivas, organizando de forma objetiva para que os resíduos da construção civil, orgânicos e vidros sejam estruturados. Os trabalhos também serão voltados no fortalecimento da fiscalização, monitoramento e da preservação das nascentes, dos mananciais de abastecimento da cidade, tanto na região do Guariroba como do Lageado.

 

Um trabalho que passou a ser permanente é o manejo fitossanitário das figueiras localizadas nos canteiros centrais das Avenidas Mato Grosso e Afonso Pena, além das intervenções realizadas na Área de Preservação Permanente (APP) do Córrego Bandeira e na nascente do Córrego Imbirussu, no Parque dos Laranjais. A iniciativa da Semadur visa a reconstituição arbórea, a preservação da área, além da conscientização da população do entorno com relação à importância do local.

 

Neste ano de 2020, em que enfrentamos uma pandemia mundial, a Semadur teve um papel de destaque nas ações de combate ao Coronavírus, elaborando, de maneira pioneira, protocolos de biossegurança, e realizando ações fiscalizatórias em todos os períodos.

 

A Semadur também atuou diretamente na doação de mais de 1.200 máscaras à Coordenação da Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) para a distribuição entre os servidores, cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atuam na Usina de Triagem de Resíduos (UTR) e à Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

O descarte de resíduos, de forma correta, foi outro ponto significativo. Nos Ecopontos já foram descartadas mais de 10 mil toneladas de resíduos, entre entulhos da construção, restos de poda, móveis e eletroeletrônicos. A Prefeitura também está realizando o Controle de Transporte de Resíduos por meio Eletrônico (E-CTR). Antes, eram descartadas 5 mil toneladas de resíduos/mês de entulho. Hoje, chegamos a 57 mil toneladas por mês.

Com recursos do FCO, cooperativa Copasul vai duplicar indústria de fios de algodão em Naviraí

Com a contratação de quase R$ 70 milhões em recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) aprovados na primeira reunião de 2021, a cooperativa Copasul vai ampliar a indústria de fios de algodão no município de Naviraí. O investimento total no município se aproxima dos R$ 90 milhões.

 

A construção da Fiação II vai ampliar a capacidade de produção para 7,2 mil toneladas/ano de fios 100% algodão por ano entre outros produtos. A previsão é de gerar 80 empregos diretos e consolidar a unidade como uma das grandes fiações do Brasil. As obras devem terminar até o fim de 2021 e a produção comercializada com empresas de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

 

Titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) o secretário Jaime Verruck que na primeira reunião do ano do CEIF/FCO (Conselho Estado de Investimentos Financiáveis pelo FCO) a Copasul teve quase R$ 100 milhões em recursos do FCO aprovados para investimentos nos municípios de Naviraí e Batayporã.

 

“Mais uma vez vemos o FCO como linha de crédito primordial para o desenvolvimento do Estado e por meio de cooperativas, que são grandes investidoras em Mato Grosso do Sul. Neste caso a Copasul está investindo em duas áreas, grãos e algodão, gerando emprego e renda em municípios pequenos e agregando valor à produção local. Ação totalmente alinhada com o Procoop, programa do Governo de incentivo ao cooperativismo”, explica o secretário e presidente do CEIF, Jaime Verruck.

 

Ainda durante a primeira reunião do ano, o conselho aprovou R$ 330 mil para aquisição de máquinas para a unidade de Naviraí, com valor total do investimento de R$ 414 mil. Em Batayporã, a cooperativa vai construir uma unidade armazenadora de grãos com capacidade estática para 27 mil toneladas, para isso contraiu R$ 20 milhões em recursos do FCO que serão investidos na aquisição de máquinas e equipamentos, obras civis, instalações elétricas, infraestrutura e equipamentos.

 

O valor total do investimento é de R$ 30,6 milhões e deve gerar 13 empregos diretos e 30 temporários. Além de empreendimentos físicos, a Copasul segue com os projetos de novos negócios, e atua junto à fecularia para novas ações de consolidação da Tapioca Copasul no mercado, além da possibilidade de lançamento de novos produtos.

 

“Este promete ser um ano desafiador e próspero. Desafiador por causa da pandemia, mas próspero pela quantidade de projetos que temos em andamento. Ações para reforço da estratégia de atuação na agricultura, mas também os passos firmes no rumo da agroindustrialização, que é a saída para amenizar os problemas com o clima nesta ‘fábrica a céu aberto’ que é a lavoura. Apesar das incertezas estamos motivados e empenhados para que a Copasul consiga se fortalecer e prosperar junto com os cooperados e colaboradores e continuar contribuindo com a comunidade”, destacou o diretor de operações, Adroaldo Taguti.

 

Lançado no fim de outubro, o  Procoop (Programa Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento do Cooperativismo em Mato Grosso do Sul) tem como objetivo fomentar um ambiente favorável ao desenvolvimento e ao fortalecimento das cooperativas no território sul-mato-grossense. No âmbito do FCO o Governo, por meio da Semagro, atuou para que as cooperativas de crédito pudesse operar os recursos do fundo. Atualmente o Estamos o setor de cooperativas é responsável por 10% do PIB estadual e os principais investimentos.

Maracaju: Com proposta de gerar 100 vagas, Semagro articula reabertura de frigorífico

Com expectativa de gerar 100 empregos diretos no município de Maracaju, a Semagro (Secretaria de meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) está atuando para reativar o frigorífico RRX, desativado há quase três anos. Em visita ao município, o secretário Jaime Verruck esteve nas instalações da indústria.

 

A unidade foi arrendada pelo empresário Rodrigo Gonçalves Rodrigues e tem capacidade para abater 200 cabeças por dia. O frigorífico já está habilitado para abater e comercializar no município e agora aguarda o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) para poder vender para todo o país.

 

O secretário Jaime Verruck, titular da Semagro esteve no frigorifico junto com o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS), Daniel Ingold na sexta-feira (22), para avaliar a estrutura da unidade e alinhar quais ações são necessárias, dentro da atuação estadual, para reativação da unidade.

 

“Esse frigorifico está fechado desde 2018, mas tem uma estrutura excelente para começar a abater hoje mesmo. Vemos empresários focados em se adequar aos padrões vigentes, contratar mão de obra local e investir em qualidade. Estamos certos de que muito em breve essa unidade estará reativada e trazendo muitos benefícios para Maracaju”, explica o secretário Jaime Verruck.

 

Ainda durante visita ao município, a equipe da Semagro esteve nos polos industriais de Maracaju, a fim de avaliar as necessidades de investimentos em infraestrutura para receber novos empreendimentos.

Garantias: Procons Estadual e Municipal realizarão ações conjuntas com o Creci/MS

A Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de  Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, Subsecretaria de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon/CG e  Conselho Regional de Corretores de Imóveis – Creci/MS deverão desenvolver ação conjunta como forma de garantir os direitos do cidadão no que  diz respeito a transações imobiliárias.

 

Reunião para discutir de que maneira será possível planejar esse trabalho foi realizada na quarta-feira (20.01) na  sede  da entidade associativa dos corretores de imóveis, oportunidade  em que participaram o superintendente  do Procon Estadual  Marcelo Salomão, o  subsecretario de Proteção e Defesa do Consumidor  – Procon Campo Grande Vinicius Alves Corrêa, o presidente do Creci/MS Eli Rodrigues e o coordenador de fiscalização da entidade Carlos Eduardo Scarelli.

 

Durante  as  discussões sobre o assunto, Eli Rodrigues ponderou que vêm ocorrendo algumas irregularidades nas transações imobiliárias que, com certeza, são prejudiciais  aos cidadãos, acreditando que, com participação ativa dos órgãos de defesa do consumidor será possível coibir tais problemas. Na  ocasião foi sugerido que, detectadas necessidades, poderá, inclusive haver  participação da Delegacia de Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo – Decon/MS, tornando ainda mais efetivas as ações de pessoas inescrupulosas.

Em 2021, mercado Imobiliário se mantém aquecido favorecendo geração de empregos

Com setor aquecido, 2021 traz boas perspectivas para a construção civil como alavancadora da economia e geradora de empregos. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em novembro, a construção civil atingiu 63% de utilização da capacidade operacional, o maior nível desde dezembro de 2014.

 

E para este ano, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) aponta uma continuidade no crescimento do setor imobiliário – já que as taxas e juros permanecem menores e os financiamentos estão cada vez mais facilitados pelos bancos. Isso gera impactos positivos na economia e representa geração de empregos em diversos setores envolvidos.

 

Com o mercado em alta, as construtoras ganham confiança e abrem novas vagas. Em Mato Grosso do Sul, uma das empresas que já está oferecendo novos postos de trabalho é a incorporadora SBS Empreendimentos que deve gerar 200 vagas diretas e indiretas, para o ano de 2021 com o início das obras do VISTA , seu novo empreendimento em Campo Grande, uma torre residencial com unidades de 1 e 2 dormitórios.

 

As contratações irão acontecer de acordo com as fases da obra. Neste primeiro momento foram admitidos novos empregados da área administrativa, mestre de obras, almoxarife, técnico de segurança, estagiário de engenharia, porteiro e serviços gerais. Para o início da obra serão os terceirizados os responsáveis que executarão o desmonte de rocha e escavação, em seguida o pessoal da fundação que serão carpinteiros, armadores, ajudantes, encarregados e entre outros cargos.

 

“A construção civil é fundamental para a retomada da economia do Brasil. Na SBS Empreendimentos, desenvolvimento e sustentabilidade caminham juntos lado a lado, focados em crescer transformando vidas”, ressalta a executiva, Phaena Spengler.

 

O candidato que tiver interesse poderá deixar seu currículo no endereço Franklin Roosevelt esquina com a rua 15 de novembro, em horário comercial.

 

A SBS Empreendimentos nasceu em Campo Grande (MS), em 1996. É uma empresa familiar comandada pelo engenheiro civil, Celso Spengler. Tem forte atuação também na região Norte do Brasil, com um portfólio de mais de 100 mil metros quadrados em área construída, forte investimento em tecnologia construtiva, sustentabilidade e qualidade com certificação nível A do PBQPH.

 

Fonte: Contexto Mídia

Senai de Corumbá está com vagas abertas para cinco cursos técnicos presenciais e EAD

O Senai de Corumbá está com matrículas abertas para vagas em cinco cursos técnicos na modalidade presencial e EAD (Educação a Distância). Na modalidade presencial, os cursos são de técnico em eletrotécnica, técnico em qualidade, técnico em automação industrial, técnico em mecânica, técnico em administração e técnico em edificações.

 

Já na modalidade EAD, os cursos oferecidos são de técnico em administração e técnico em eletromecânica. Segundo a gerente do Senai de Corumbá, Silvana Araújo de Barros, as formações ofertadas vem ao encontro das demandas das indústrias da região. “Estamos com boas expectativas com relação a 2021 e acreditamos que será um ano de retomada, com mais geração de emprego e começar o ano estudando no Senai é uma oportunidade de se preparar para esse mercado de trabalho”, afirmou.

 

Matrículas

 

A educação profissional técnica de nível médio é destinada a alunos matriculados ou egressos do Ensino Médio, que devem comprovar a escolaridade ou vínculo com instituição de ensino, e as matrículas podem ser feitas até o dia 5 de fevereiro de 2021 por meio do site www.meufuturoagora.com.br ou na secretaria da unidade, localizada na Alameda São José, 10, Bairro Maria Leite.

 

As aulas dos cursos presenciais terão início em 22 de fevereiro de 2021 e dos cursos EAD em 27 de fevereiro de 2021. Os documentos necessários na hora da matrícula são: foto 3×4 recente, carteira de identidade ou CNH (original e cópia), CPF ou declaração da Receita Federal (original e cópia), histórico escolar do Ensino Médio ou documento comprovando que o interessado está cursando a etapa de ensino tida como requisito (original e cópia) e comprovante de residência atualizado.

 

Somente terá a matrícula confirmada o candidato que tiver concluído ou comprovar estar regularmente matriculado no Ensino Médio e realizar o pagamento da primeira parcela do curso no período de três dias úteis posterior a data de matrícula. O pagamento da mensalidade poderá ser efetuado no setor financeiro das unidades operacionais do Senai por meio de cartão de crédito ou débito ou em instituição bancária por meio de boleto bancário.

Brasil pode se transformar na “roça do mundo” se abrir mão da indústria manufatureira

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, externou na quarta-feira (20) a grande insatisfação da entidade com as menções depreciativas que o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Carlos Von Doellinger, fez à indústria manufatureira nacional, em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico.

 

Falando também em nome do Fórum Nacional da Indústria (FNI), que congrega cerca de 70 associações setoriais, Robson Andrade contesta a afirmação de Doellinger de que “nosso caminho não é indústria manufatureira, a não ser aquela ligada ao beneficiamento de produtos naturais, minérios”.

 

“Essa posição do presidente do Ipea, de que o Brasil deveria focar apenas na agricultura e na mineração, abrindo mão da indústria de manufatura, demonstra que ele, lamentavelmente, não tem a mínima noção da importância deste segmento industrial para a produtividade e o desenvolvimento dos demais setores da economia, e como dinamizador da economia nacional”, afirma o presidente da CNI.

 

Para ele, a opinião de Doellinger contém um equívoco gravíssimo e revela a ignorância daquele que é responsável pelo principal órgão público de estudos e análises econômicas, o qual deveria fazer análises técnicas, aprofundadas e isentas.

 


“É lamentável que ele não tenha a mínima noção da importância estratégica da indústria para o desenvolvimento do país”

 


“Não estou subestimando a importância dos setores agrícola e mineral para a economia nacional, mas o fato é que o Brasil se transformaria em uma roça, a fazenda do mundo, exportando apenas commodities e matérias-primas, assim como empregos de qualidade, para as economias mais desenvolvidas”, afirma Robson Andrade.

 

Ele compara a afirmação do presidente do Ipea à feita pelo Visconde de Itaboraí, no longínquo século 19, de que ao Brasil bastava exportar café, na tentativa de impedir o Barão de Mauá de levar adiante o esforço pioneiro de industrialização do Brasil.

 

Importância da indústria manufatureira

 

“Embora o presidente do IPEA demonstre não saber, a indústria nacional viabiliza o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, como pesquisa científica, design, logística, equipamentos e maquinários, entre vários outros”, afirma o presidente da CNI.

 

“Isso significa que tanto a agricultura brasileira, que está entre as mais competitivas do mundo, quanto o ágil e cada vez mais sofisticado setor de comércio e serviços, dependem de uma indústria forte e moderna operando no país, sobretudo a de manufatura”, acrescenta.

 

Robson Andrade destaca que, apesar de representar cerca de 21% do PIB nacional, o setor industrial é responsável pelo recolhimento de 33% dos impostos federais e por 31% da arrecadação previdenciária patronal.

 

Além disso, segundo ele, o segmento responde também por 70% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 69% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, insumo indispensável para a competitividade dos demais segmentos econômicos, inclusive do agronegócio.

 

De acordo com levantamento da CNI, apenas a indústria de transformação nacional é responsável por 25% pela arrecadação de tributos federais e por 23% da arrecadação previdenciária patronal. Responde também por 50,6% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 65% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

 

Em função de sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria de transformação gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 nos segmentos de comércio e serviços.

 

“A indústria nacional também paga salários muito superiores aos demais segmentos. Os trabalhadores industriais com ensino superior completo, por exemplo, ganham 31,7% a mais do que a média do país, contribuindo de forma expressiva para o aumento da renda per capita dos brasileiros”, pontua Robson Andrade.

 

Ele ressalta, que, atualmente, a indústria de transformação emprega, sozinha, cerca de 6,8 milhões de trabalhadores no país – o equivalente a 70% dos 9,7 milhões de postos de trabalhos gerados pela indústria como um todo.

 

País forte = indústria forte

 

Robson Andrade observa, ainda, que, enquanto o Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, a Austrália, citada como referência por Carlos Von Doellinger, ocupa apenas o 13º lugar neste ranking. “Nosso objetivo deve ser o de ficar entre as cinco maiores economias globais. Se o país optar por seguir o modelo australiano, como defende o presidente do Ipea, iremos, inevitavelmente, andar para trás”, afirma o presidente da CNI.

 

Andrade defende que o país não deveria perder energia nem tempo discutindo teorias ultrapassadas. Segundo ele, a discussão necessária e urgente, que agrega e impede o fechamento de fábricas e o desemprego em massa, deve ser a aprovação de uma reforma tributária ampla, bem como de marcos regulatórios que tragam segurança jurídica e possibilitem a atração de investimentos ao país.

 

“Ao invés de desprezar a indústria, como fez o presidente do Ipea, o que o Brasil precisa é fortalecer o setor industrial, para que ele seja cada vez mais dinâmico e inovador, com vistas a superar a mais grave crise sanitária, econômica e social já vivenciada pelo país”, afirma Andrade.

 

“Não existe país forte sem indústria forte”, conclui Robson Andrade.

 

Fonte: CN