Fundação do Trabalho em Campo Grande suspende atendimento presencial

A Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) a partir desta sexta-feira (11.06) fecha a agência na Capital e informa que, segue as orientações do Comitê Gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE-MS) de ontem (10.06) a nova classificação do mapa de risco para infecções por Covid-19 nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

 

Para cumprir o decreto mais rígido de 11 a 24 de junho, os serviços da oferecidos por meio da Funtrab serão efetuados na modalidade home office, por meio dos aplicativos e telefones:

  • MS Contrata+ para Trabalhadores para agendar atendimento a partir do dia 24.06;
  • SINE Fácil (p/candidatos já cadastrados e que estejam dentro do perfil da vaga);

Aplicativo MS Contrata+: (67)3320-1372(Whatsapp)  (segunda a sexta, das 7h30 às 17h30)

Seguro-Desemprego: (67)3320-1408/ 3320-1316 (segunda a sexta, das 8 às 11h/das 13 às 17h)

Empregadores:(67)3320-1414/3320-1341  (segunda a sexta, das 8 às 11h/das 13 às 17h)

 

A deliberação do Prosseguir divulgada hoje ainda traz a nova classificação das atividades e dos serviços, por faixa de risco, considerados essenciais, não essenciais de baixo risco, não essenciais de médio risco, não essenciais de alto risco e não recomendados. Veja aqui o decreto na íntegra.

Riedel destaca a união para competitividade energética na regulamentação do gás

O secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, Eduardo Riedel, participa do grupo de trabalho, composto por instituições representativas nas decisões relacionadas à regulação do gás natural em Mato Grosso do Sul.

 

Para Riedel, a regulação do gás garante competitividade e segurança. “É um exemplo do trabalho em prol do desenvolvimento comum, unindo todos os agentes envolvidos, como o setor produtivo representado pela Fiems, pelo Governo do Estado, a agência de regulação, a Companhia de Gás, a Assembleia Legislativa”.

 

Riedel concluiu: “desta maneira é que nós vamos construir e convergir os interesses de buscar para o Estado uma energia barata, o gás disponível para as nossas empresas, dentro das premissas que o grupo colocou à mesa. Para proteger o nosso Estado e o setor produtivo. Dessa maneira construímos algo concreto. Assim vamos encaminhar um projeto de lei moderno, inovador e que traz competitividade”.

 

 

Durante o encontro, a economista, Especialista em Política e Indústria na Gerência de Infraestrutura da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Rennaly Patricio Sousa, fez uma apresentação sobre o tema, explicando a lei do Gás. “A CNI trabalhou fortemente em relação ao marco regulatório do gás. Recentemente foi publicado o decreto regulador, de uma lei que tem sido discutida há mais de 10 anos”.

 

A especialista defende uma legislação detalhada.”A nova lei traz regras claras, segurança jurídica aos investidores, proibição de novo monopólio e integração de mercados”. Ela explicou como funciona a cadeia produtiva do gás, do escoamento e processamento ao mercado.

 

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que preside o grupo, a reunião oportuniza a defesa pelos interesses de todos. “O início do processo foi o Governo Federal, junto do Congresso Federal, permitir que os estados pudessem avançar no uso e na compra do gás natural, no mercado livre. Este grupo vai buscar com seus parceiros termos condições claras de que o gás é ferramenta de desenvolvimento, permitindo que as empresas possam comprar gás natural a preços competitivos, com uma legislação moderna para atrair investidores”.

 

O titular da Semagro (Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, durante o encontro enfatizou que é preciso um olhar estratégico. “A visão do impacto da política de desenvolvimento, até porque o tributo é do importador. A relevância do gasoduto, diante de tudo isso, é excepcional e vale lembrar disso na nova política do gás em Mato Grosso do Sul”.

 

O diretor-presidente da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul, Carlos Alberto de Assis, salientou a necessidade dessa energia. “O papel da Agepan é buscar o equilíbrio de quem produz e quem consome. Mato Grosso do Sul pode sair na frente. Estamos à disposição e nós queremos ajuda”.

 

Compõem o grupo: representantes da FIEMS, ALMS, Seinfra, Semagro, Agepan, CNI, MS Gás e Receita Estadual. “Com a eventual abertura de mercado vamos dar competitividade ao gás natural, impulsionar a indústria e gerar receitas que vão financiar políticas públicas estaduais”, afirmou o deputado estadual, presidente da ALMS, Paulo Corrêa.

 

A primeira reunião foi realizada, nesta terça-feira (08), na sede da Fiems (Federação das Indústrias de MS).

Demanda por crédito do FCO se mantém aquecida com destaque para o setor rural

Em cinco meses de 2021, Mato Grosso do Sul contratou R$ 443 milhões na área rural e R$ 112 milhões na área empresarial em recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). As cartas-consultas aprovadas na reunião do CEIF-FCO (Conselho de Investimentos Financiáveis pelo FCO) de quarta-feira (10), mostram que a demanda por crédito continua bastante aquecida no Estado.

 

Presidente do CEIF e titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck explica que setores como irrigação, suinocultura, maquinas e equipamentos, seguem com demanda aquecida por crédito.

 

“Continuamos sentindo que a demanda tem crescido principalmente na área rural, na questão de máquina e equipamentos que continuam com os financiamentos. Também estamos recebendo muitos projetos de irrigação o que mostra que nossa estratégia do Plano Estadual de Irrigação, tem dado certo e avançado. Obviamente, temos sempre o cuidado com a questão da outorga de água e do fornecimento de energia elétrica”, explica.

 

Na reunião desta semana, foram analisadas seis cartas-consulta de pivô central, que totalizam R$ 15 milhões de investimentos. Na suinocultura, foram aprovados mais de R$ 10 milhões de financiamento, o que mostra que o empresário continua fazendo seus investimentos de longo prazo.

 

No setor empresarial foi aprovado o financiamento de uma indústria instalada no município de Itaquiraí, que recebeu doação de área por parte do município e incentivos fiscais concedidos através do termo de acordo do Governo Estadual. Com a aprovação da carta consulta, serão investidos mais R$ 11 milhões no município, gerando 85 empregos na área de artigos de festas e presentes.

 

Prorrogação das parcelas do FCO

 

Em 29 de abril o CMN (Conselho Monetário Nacional) publicou a a Resolução CMN n° 4.908, que autoriza a prorrogação, até 31 de dezembro de 2021, de parcelas dos financiamentos realizados com recursos do FCO.

 

“No setor rural, o banco já está recepcionando aquelas atividades que foram impactadas pela questão da Covid. A análise é caso a caso e na questão específica do Empresarial, até o final do mês de julho, o banco nos comunica que terá o sistema rodando.  Importante lembrar que a prorrogação é retroativa ao mês de janeiro”, explica.

BRF anuncia em videoconferência R$ 121 mi de investimentos em Mato Grosso do Sul

A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, anunciou ontem (8) investimentos de R$ 121 milhões em sua operação na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul. O montante será utilizado na modernização e ampliação de sua planta local, que tem cerca de dois mil funcionários e 100 produtores integrados.

 

O anúncio do investimento foi feito pelo CEO da BRF, Lorival Luz, e pela vice-presidente global de Relações Institucionais e Sustentabilidade da companhia, Grazielle Parenti, em videoconferência com o governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

 

“Com este aporte conseguiremos ampliar e modernizar uma unidade que atende tanto o mercado nacional quanto importantes países para os quais exportamos, entre eles a China, com o qual temos uma ótima relação”, afirmou Lorival Luz.

 

Para o secretário Jaime Verruck, a política de atração de investimentos do Governo de Mato Grosso do Sul tem posicionado o Estado como uma potência agroambiental e agroindustrial. “O investimento da BRF fortalece essa linha. Vamos continuar agregando valor às nossas matérias primas, como farelo de soja e milho, transformando-as em proteína vegetal para exportação e novos mercados”, destacou.

 

Videoconferência foi realizada na Governadoria

 

Desenvolvimento sustentável

 

Na videoconferência, o governador Reinaldo Azambuja e o CEO da BRF, Lorival Luz, trataram da sustentabilidade como pauta dos estados e do setor produtivo, principalmente a agroindústria.

 

“É fundamental termos um alinhamento em pautas que são importantes para o Brasil. Estamos construindo uma pauta de sustentabilidade. Queremos ser um estado carbono zero até 2030. Temos ações no pantanal com painéis solares, entre tantas outras iniciativas incluindo a geração de energia renovável em granjas e aviários”, salientou Reinaldo Azambuja.

 

“O investimento da BRF é mais um projeto captado dentro de uma ideia do desenvolvimento sustentável, com agregação de valor, para que a gente possa continuar dentro do ritmo de exportação”, completou Jaime Verruck.

Secretaria de Educação realiza 2ª edição do Webinário das Profissões nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira (09) acontece mais uma edição do Webinário das Profissões, que será transmitido pelo canal da Secretaria de Estado de Educação (SED) no YouTube. O evento online proporcionará aos estudantes e comunidade a oportunidade de conhecer os cursos profissionalizantes, técnicos e de qualificação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que serão ofertados pela SED no segundo semestre de 2021.

 

O período de pré-matrícula será de 09 de junho a 04 de julho de 2021. As vagas estão distribuídas nos municípios de Aquidauana, Camapuã, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Dourados, Jardim, Maracaju, Naviraí, Paranaíba e Três Lagoas.

 

Com 770 vagas ofertadas, os estudantes que estão matriculados no Ensino Médio poderão se inscrever nos Cursos Técnicos, e também há vagas para estudantes e a comunidade em geral nos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), que são de curta duração.

 

Na pré-matrícula o candidato preencherá um questionário socioeconômico, de aptidão e interesse profissional, que faz parte do processo de seleção. A designação dos candidatos será na segunda quinzena de julho e a previsão que iniciem 26 turmas em agosto e cinco turmas em outubro. Mais informações,  3314-1228 – Coordenação Geral do Pronatec

 

Para participar do Webinário acesse o canal Educação MS no YouTube.

A relação de cursos, municípios e o link para pré-matrícula está disponível no site: www.educacaoprofissional.sed.ms.gov.br

Agência Estadual de Metrologia-MS apreende 1.314 pneus reformados usados em motos

A AEM-MS (Agência Estadual de Metrologia), órgão delegado do Inmetro e vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) apreendeu 1.314 pneus reformados utilizados em motocicleta. A apreensão foi realizada em 2 de junho.

 

De acordo com a Agência, não há legislação para que pneus de motocicleta possam ser reformados. Essa atividade pode ser realizada apenas em pneus contemplados na Portaria n.º 554/2015 destinado para automóveis, camionetas, caminhonetes, veículos comerciais, comerciais leves e seus rebocados. É importante salientar que a Resolução Contran nº 158, de 22 de abril de 2004, proíbe o uso de pneus reformados em ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos.

 

A empresa que insistir na reforma de pneus destinados ao uso em motocicleta ou a comercialização do mesmo, terão seus pneus apreendidos e serão autuados. Em caso de dúvidas, reclamações ou denúncias, o consumidor pode recorrer ao serviço da Ouvidoria da AEM-MS pelo telefone 0800 067 5220 de segunda a sexta, das 7h30min às 13h30min, ou enviar e-mail para: ouvidoria@aem.ms.gov.br.

10 atividades econômicas que mais abriram negócios neste ano, segundo dados do Sebrae

Ao contrário do que possa parecer, a sobrevida da pandemia da Covid-19 não tem impedido as pessoas de empreender no país. Levantamento realizado pelo Sebrae identificou as 10 atividades econômicas que mais atraíram a atenção dos empreendedores brasileiros com oportunidades de negócios.

 

Ao todo, essas atividades já geraram mais de 1 milhão de novas empresas em 2021 – ao longo de todo o ano passado, foram registrados cerca de quatro milhões novos CNPJ registrados. No topo da lista está o comércio varejista de vestuário e acessórios com aproximadamente 56 mil novos CNPJ abertos neste ano. Nos últimos anos, a atividade tem se mantido entre as mais procuradas pelos empreendedores.

 

Uma dessas novas empresas criadas é da microempreendedora individual Rebeca Ramos, de 37 anos, moradora do Distrito Federal. Durante a pandemia e com a possibilidade de trabalhar em casa, ela alimentou o sonho de ter seu próprio negócio fazendo o que ama: biquinis. No final de 2020, começou a pesquisar o mercado para atender o público que, segundo ela, são de mulheres reais com corpos que representam os padrões brasileiros.

 

Foi assim que, em março deste ano, nasceu a Odoyá Musa do Mar (@odoyamusadomar), moda praia e fitness. “Não gosto muito dessa denominação plus size porque, na verdade, ofereço modelos que caibam em corpos reais, fora da modelagem padrão, que não representa a maioria das mulheres. Costumo dizer que não é você que tem que caber na roupa, mas sim a roupa que tem que caber em você”, defendeu.

 

Como MEI, Rebeca faz tudo sozinha, desde desenhar os modelos e comprar as malhas, até divulgar na internet. Segundo ela, ter um plano de negócios foi essencial para tirar a ideia do papel. Para ajudar a encarar os desafios, a empreendedora procurou orientação do Sebrae por meio dos cursos online e gratuitos.

 

“Fiz os básicos, sobre como empreender, e também os focados em estratégias de venda com marketing digital”, afirmou. Mesmo com poucos meses de negócio, ela já faz planos: “Quero tornar minha marca conhecida com peças versáteis e modernas para corpos livres. Já estou criando uma coleção nova e pretendo lançar um editorial em breve”.

 

Em segundo lugar na lista das 10 atividades econômicas com mais CNPJ abertos em 2021, está a promoção de vendas, com 46 mil novas empresas, seguido por cabeleireiro, manicure e pedicure, como é o caso de Gleice Duarte, que abriu recentemente um salão de beleza Cor e Cacho (@corecacho) em Águas Claras (DF) e já comemora a expansão do negócio com a oferta de cursos online especializados em coloração ruiva. Com apenas 30 anos, ela já comanda um time de 16 colaboradores na empresa de pequeno porte.

 

Com a experiência de youtuber e produtora de conteúdo sobre cabelos ruivos e cacheados, Gleice participou do Empretec, especialização em empreendedorismo realizada pelo Sebrae, em parceria com a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU). “Apesar da pandemia, nossas agendas estão bem movimentadas.

 

Só atendemos com hora marca e seguimos todos os protocolos sanitários”, contou. O negócio segue em ritmo de crescimento com a mudança para um espaço maior na mesma região e a possibilidade de abrir uma filial em São Paulo.

 

 

Confira as Top 10 atividades econômicas dos empreendedores em 2021

  1. Comércio varejista de vestuário e acessórios – 56 mil

  2. Promoção de Vendas – 46 mil

  3. Cabeleireiro, manicure e pedicure – 36,5 mil

  4. Fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar – 32,5 mil

  5. Obras de alvenaria – 32 mil

  6. Serviços de documentação e apoio administrativo – 29,5 mil

  7. Restaurantes – 28 mil

  8. Lanchonetes, casas de chá, sucos e similares – 24 mil

  9. Transporte de cargas – 22 mil

  10. Comércio Varejista de bebidas – 21 mil

 

 

Fonte: Sebrae

BNDES reorganiza diretoria do banco; efetivação da mudança será nos próximos dias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou para os próximos dias a efetivação da reorganização de sua diretoria, com o objetivo de “evoluir para atender às novas demandas de desestatizações e infraestrutura, bem como oferecer mais apoio a modelos inovadores de financiamento e ações socioambientais”. Nos dois anos da administração de Gustavo Montezano, foi criado um banco de serviços “robusto, o desinvestimento foi acelerado e o foco na sustentabilidade reforçado”, informou a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa.

 

Desde julho de 2019, quando ocorreu a posse de Montezano na presidência do BNDES, foram registrados avanços nas cinco metas que o então presidente propôs: a consolidação da transparência perante a sociedade; aceleração da venda de participações acionárias especulativas do banco; devolução de aportes extraordinários do Tesouro Nacional; Plano Trienal com metas claras e de impacto para sociedade e transformação do BNDES em uma Fábrica de Projetos para governos.

 

O BNDES tem hoje em curso 120 projetos, que resultarão em mais de R$ 240 bilhões em recursos para o país. O BNDES salientou a realização de leilões significativos, entre os quais o da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), que permitirá que o saneamento básico beneficie grande parte do Estado.

 

Visando a retomada econômica sustentável pós-pandemia, o BNDES promoveu a integração da gestão da Fábrica de Projetos, reunindo as diretorias de Privatizações e de Infraestrutura, PPPs e Concessões, na nova diretoria de Concessões e Privatizações, sob o comando de Fabio Abrahão. A reorganização ocorreu simultaneamente ao pedido de saída do então diretor de Privatizações, Leonardo Cabral, que decidiu se afastar do serviço público, no qual havia ingressado em 2016.

 

Crédito e garantias

 

Se por um lado, o avanço das concessões e privatizações no Brasil leva a gestão da Fábrica de Projetos a um formato integrado, a necessidade de financiamento para esses projetos fez o BNDES redimensionar sua atuação com créditos e garantias. Desse modo, a atual diretoria de Crédito e Garantias será substituída por duas novas, cada uma com atuações específicas.

 

A Diretoria de Crédito a Infraestrutura, sob gestão de Petrônio Cançado, terá como missão atender à demanda crescente por financiamentos de longo prazo dos projetos de infraestrutura, em decorrência do avanço das concessões federais e estaduais nos últimos meses. Caberá a Cançado e sua equipe estruturar esse mercado de crédito de forma mais inovadora, com sindicalização e títulos negociáveis, por exemplo. Também será necessário ampliar as garantias com maior assunção de risco tanto do setor público quanto do privado, visando incentivar grandes projetos nas áreas de energia, saneamento, transporte e mobilidade urbana.

 

A Diretoria de Crédito Produtivo e Socioambiental será chefiada por Bruno Aranha, funcionário de carreira do banco que ocupava o cargo de chefe de gabinete da presidência desde o início da gestão de Montezano. Ele será responsável pelos financiamentos a indústrias, comércio e serviços, bem como o apoio ao comércio exterior, além de liderar a área de gestão pública e socioambiental.

 

Em seu lugar, na chefia de gabinete, assume Alice Lopes, funcionária de carreira do banco há mais de 15 anos, que já atuava como assessora no gabinete da presidência. “Como uma empresa sadia e adaptável ao tempo, o BNDES está sempre se reciclando e readaptando para atender às necessidades da população brasileira, como o banco de desenvolvimento do país”, disse o presidente Gustavo Montezano.

 

Fonte: Agência Brasil

China ampliou liderança na origem de importações brasileiras em 2020. segundo a CNI

Principal origem das importações brasileiras desde 2019, a China continuou avançando sobre o comércio externo brasileiro em 2020. Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país asiático foi responsável por 21,9% das compras externas brasileiras no ano passado, com avanços em produtos de tecnologia.

 

Nos últimos 15 anos, a China apresentou uma evolução considerável no comércio exterior. Em 2006, o país detinha 8,6% das importações brasileiras. Tradicionalmente o principal fornecedor de produtos para o Brasil, a União Europeia viu a participação cair de 20,3% em 2006 para 19,1% no ano passado.

 

No mesmo período, os Estados Unidos mantiveram uma participação relativamente estável nas importações brasileiras, com leve alta de 15,7% para 17,6%, mantendo a terceira posição. O principal perdedor na origem das importações brasileiras foi a América do Sul. De segundo lugar em 2006, responsável por 17,6% das compras externas do Brasil, o continente caiu para o quarto lugar, com 11,4% em 2020.

 

Indústria

 

Além de aumentar as exportações para o Brasil, a China também passou a vender produtos cada vez mais sofisticados, distanciando-se da imagem de exportador de bens industrializados de baixa complexidade. Ao analisar 15 setores da indústria, o levantamento constatou que as importações da China cresceram em 11, mantiveram-se em três e caíram apenas em um setor.

 

Entre os setores com maior avanço da China de 2006 a 2020, estão máquinas e equipamentos (de 10% para 23%); produtos químicos (de 10% para 29%) e materiais elétricos (de 24% para 50%). Até segmentos nos quais o país asiático tinha pouca tradição conquistaram fatias significativas de mercado: veículos e automóveis (de 2% para 11%) e química fina (de 1% para 14%).

 

No mesmo tempo, a indústria brasileira passou a comprar cada vez menos das outras regiões e dos demais países. Dos 15 setores pesquisados, 11 passaram a importar menos da União Europeia e do Japão e 13 passaram a comprar menos da América do Sul e dos Estados Unidos.

 

Propostas

 

Para o gerente de Políticas de Integração Nacional da CNI, Fabrizio Sardelli Panzini, o crescimento do comércio com a China tem criado uma dependência prejudicial para os setores mais desenvolvidos da economia brasileira. Com 75% das exportações ao país asiático concentradas em soja, minério de ferro e petróleo e importando bens cada vez mais complexos, o Brasil tem experimentado piora na qualidade do comércio exterior.

 

“Há vários anos esperamos a diversificação do comércio com a China, mas ela não vem. O máximo de espaço para ampliar o comércio com a China está na agroindústria, com mais exportações de carne e algum ganho de mercado”, diz.

 

O gerente da CNI defende a rápida aprovação e implementação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia para que a indústria brasileira recupere espaço nas exportações. Diferentemente da China, o Brasil tem um comércio mais equilibrado com os países europeus, exportando tanto produtos básicos como industrializados. O acordo tem potencial de ganhos porque prevê a queda mais rápida de tarifas e barreiras comerciais para os produtos do Mercosul no mercado europeu do que o dos produtos europeus aqui.

 

“A União Europeia é um parceiro tradicionalmente importante para o Brasil, com um comércio complementar e elevada participação da indústria dos dois lados. Quando a União Europeia perde mercado, o Brasil perde qualidade do comércio. Existem muitas empresas europeias que investem aqui e geram exportação para a Europa. Com a China, não existe a contrapartida do crescimento das exportações de bens industrializados brasileiros”, explica Panzini.

 

América Latina

 

Na avaliação de Panzini, a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia também é importante para restabelecer o comércio na América Latina. Ele ressalta que o Brasil tem acordos comerciais profundos com vários países da América Latina, mas as trocas dentro do continente estão diminuindo com o avanço do comércio com a China.

 

“Cada vez mais, os países latino-americanos vendem commodities (bens primários) a país asiático e menos entre si. O continente tem se reprimarizado na economia, daí a importância de viabilizar investimentos europeus aqui, com melhoria no ambiente de negócios, para o Brasil poder exportar para a América Latina”, diz.

 

O gerente da CNI recomenda ainda melhorias internas brasileiras, com a aprovação de reformas econômicas, principalmente a tributária, que reduza o custo Brasil e harmonize os impostos com os dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Se o Brasil fizer o dever de casa, vai melhorar a competitividade e aproveitar ainda mais os ganhos do acordo com a União Europeia”, acrescenta.

 

Fonte: Agência Brasil