Mato Grosso do Sul produziu 48,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/21 e apesar do crescimento de apenas 2,7% em relação a safra anterior, o setor se consolida como forte produtor de açúcar, etanol, bioenergia e por gerar mais de 30 mil empregos. Os dados são da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).
O Estado é atualmente o 4º maior produtor de cana-de-açúcar e na safra 2020/21 se consolidou como o 5º maior produtor de açúcar. Mato Grosso do Sul produziu 1,8 milhão de toneladas de açúcar. O montante além de ser 152% maior que o volume da safra anterior, representa um recorde histórico para o Estado.
Titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck explica que a produção de açúcar varia conforme a demanda de mercado, mas os números consolidam o setor como uma cadeia extremamente importante para a economia estadual.
“Mato Grosso do Sul tem 18 mil usinas em operação que além de produzir etanol, açúcar e energia limpa a partir da biomassa, gera mais de 30 mil empregos diretos, principalmente na região sul do Estado. O setor representa a segunda maior massa salarial do Estado e atualmente ocupa 800 mil hectares”, afirma o secretário Jaime Verruck.
Como consequência da produção histórica de açúcar, o volume do produto exportado por Mato Grosso do Sul cresceu cinco vezes em 2020, chegando a 1.133 milhão de toneladas e com faturamento de US$ 303 milhões de dólares, conforme dados da balança comercial.
Com o aumento da produção de açúcar, a de etanol teve queda de 14,12% em relação a safra anterior, chegando a 2,8 milhões de m³ na safra 2020/21. “Hora que se produz mais açúcar, etanol cai um pouco. Comparado ao consumo do Estado a gente produziu bastante. Somos o quarto maior estado em moagem de cana. E, se moi mais cana, a produção e energia aumenta”, destacou o presidente da Biosul, Roberto Hollanda.
Mato Grosso do Sul atingiu o 3° lugar na produção nacional de bioenergia a partir da biomassa de cana-de-açúcar. Foram 2.200 gw/h de bioeletricidade exportada, ou seja, vendida para a rede.
