Na Federação das Indústrias de MS, ministro da Transparência promete “passar Brasil a limpo”

ZeroUmInforma/Economia – Em palestra realizada nesta quarta-feira (29), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Lorena Jardim, afirmou que “o Brasil está sendo passado a limpo” em razão das operações anticorrupção e intolerância da sociedade à atos ilícitos. Traçando um paralelo sobre o cenário do País com o tema da palestra, realizada em parceria com a Fiems, Famasul, Fecomércio-MS e Sebrae/MS para apresentar aos empresários de Mato Grosso do Sul programa Empresa Pró-Ética, o ministro falou da importância e vantagens para os empresários que aderem ao programa.

“Estamos passando o Brasil a limpo, fazendo uma visita às entranhas do País, ao que há de melhor e pior. Como dizia Tom Jobim, o Brasil não é um país para amadores. Mas hoje, no exterior, por exemplo, o Brasil já é conhecido como um País que combate a corrupção, as grandes organizações internacionais, como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) já reconhecem isso”, falou Torquato Jardim sobre a adoção de medidas contra corrupção.

Segundo o ministro, o programa Empresa Pró-ética trata justamente da adoção de boas práticas no ambiente corporativo. “As empresas que recebem o selo Pró-ética serão divulgadas como as que se destacam nas melhores práticas de integridade o que, com toda certeza, traz prestígio”, explicou, exemplificando que uma empresa de software brasileira fechou um grande contrato com os Estados Unidos depois de receber o selo.

Repercussão

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ancoradas em credibilidade, as empresas consolidam sua marca perante a sociedade e ampliam o leque de negócios.  “As empresas hoje passam por uma necessidade de evoluir na transparência. O ministro está levando esse programa para o Brasil inteiro e, hoje, os empresários de Mato Grosso do Sul têm a oportunidade de conhece-lo, e agora poderão estar ancorados em credibilidade, com um selo da CGU (Controladoria Geral da União), que é muito respeitada e isso atrai muito negócios e oportunidades”, avaliou.

Já o presidente da Famasul, Maurício Saito, lembrou da operação Carne Fraca, que devido à repercussão na mídia colocou em xeque a qualidade da proteína produzida no Brasil. “Nossa carne é de qualidade irretocável, o que está muito claro na própria investigação da Polícia Federal, que investigou setores muito específicos do setor público e privado, eram poucas empresas e poucos funcionários públicos envolvidos. Mas isso foi o suficiente para macular a imagem da nossa carne, e de experiências como estas é que tiramos a lição de que a nossa produção deve caminhar para ainda mais transparência”, disse.

O presidente da Fecomércio, Edison Araújo, analisou que a transparência deve ser prática recorrente dos empresários. “O que a sociedade precisa é se conscientizar de que a transparência é uma obrigação de todos, seja em casa, seja no trabalho, na educação dos filhos. E cabe a nós, empresários, acima de tudo, dar esse exemplo”, afirmou sobre a importância da adesão ao Pró-ética.

Superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça falou da publicidade positiva trazida pelo selo que identifica uma empresa pelo compromisso com o combate à corrupção. “A dedicação de um empresário à ética é a maior postura que ele pode ter para ser um bom administrador, de que o produto que ele coloca à disposição do consumidor é de qualidade”, lembrou.

O programa

Durante a palestra, Torquato Jardimdestacou, ainda, que além do Pró-ética, para as empresas, desde abril de 2016 o governo federal conta com o Profip (Programa de Fomento à Integridade Pública), este voltado para incentivar e capacitar os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal a implementarem programas de integridade.

Segundo o chefe da CGU em Mato Grosso do Sul, João Paulo Barbieri, o Pró-Ética é importante por atuar na área de prevenção, detecção, com isso, interromper atos de fraude e corrupção no ambiente corporativo. “O Pró-Ética segue esses parâmetros e avalia a existência dessas medidas. Os relatórios produzidos, é importante ressaltar, passam pelas mãos de diversos auditores e são submetidos à aprovação de um comitê do programa, que vai atestar se as empresas podem, ou não, receber o selo”, afirmou a respeito dos critérios estritamente técnicos para inclusão no programa.

O Pró-Ética existe desde 2010 e consiste em um incentivo para empresas adotarem, voluntariamente, medidas de integridade, por meio do reconhecimento público daquelas que, independente do porte e do ramo de atuação, mostram-se verdadeiramente comprometidas com a prevenção e o combate à corrupção e outros tipos de fraudes.

Antes de serem admitidas, essas empresas passarão por uma análise de perfil, feita pela CGU (Controladoria-Geral da União), e devem cumprir requisitos estar em dia com impostos, entre outros, para serem aprovadas.

Empresas interessadas no Pró-Ética podem acessar o Formulário de inscrição pelo site da CGU: www.cgu.gov.br/assuntos/etica-e-integridade/empresa-pro-etica.

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) promoveu o primeiro evento de divulgação do Empresa Pró-Ética na cidade de Manaus (AM), enquanto o segundo foi em Belo Horizonte (MG), o terceiro em Goiânia (GO), o quarto em Campo Grande (MS) e, até o fim de abril, mais cinco cidades receberão o evento – Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

Fonte: Fiems

Destaques