Petrobras anuncia venda da UFN 3 e Governo destaca importância da fábrica para a economia

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (11) que vai vender a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, junto com a fábrica de Araucária, no Paraná. Na visão do Governo do Estado a notícia é positiva para Mato Grosso do Sul e acende a luz da retomada do desenvolvimento econômico no segmento.

 

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explica que esse é o primeiro passo para a venda que ainda deve seguir um cronograma, mas a retomada das obras em Três Lagoas pode ocorrer no ano que vem.

 

“Governo do Estado entende que é uma noticia extremamente positiva, principalmente por que começa a dar sinais da possibilidade do término dessa obra que é fundamental do Estado”, destaca o secretário, ao esclarecer que a Petrobras deixa claro no fato relevante que o comprador terá que concluir as obras paradas em 81%.

 

No documento, a estatal também esclarece que as fábricas de Três Lagoas e Araucária serão vendidas juntas e o comprador também terá que se responsabilizar pela compra de gás natural para abastecer a UFN 3, que consome 2,2 milhões³ por dia. O novo dono poderá adquirir o combustível da Petrobras ou da própria Bolívia.

 

“Nos interessa que esse gás natural seja comprado direto da Bolívia e que obviamente se utilize o gasbol, mas ficou bem claro que esse ponto ficara a cargo do comprador que vai decidir sobre o que fazer”, explica Jaime Verruck.

 

As obras da fábrica em Três Lagoas começaram em 2011 e foram paralisadas em dezembro de 2014, com 81% concluídas, quando a estatal rescindiu contrato com o consórcio responsável pela construção alegando não cumprimento do contrato. Assim que concluída, a unidade terá capacidade para produzir 3.600 toneladas/dia de ureia, 2.200 toneladas/dia de amônia e 290 toneladas/dia de gás carbônico.

 

De acordo com o titular da Semagro, a Petrobras já procurou o Governo do Estado pedindo que o novo comprador continue com os incentivos fiscais recebidos pela atual planta. “Já fizemos uma primeira reunião e assim que um novo comprador existir faremos o pedido para transferir os incentivos, garantindo que o projeto continue competitivo”.

 

Apesar de a Bolívia colocar em operação ainda este mês uma fábrica de nitrogenados que será concorrente direta da UFN 3, o secretário Jaime Verruck afirma que o Brasil é um grande importador do produto, e mesmo com as duas fábricas em operação ainda haverá necessidade do produto.

 

“Temos mercado e esse projeto é importante para o país, com impacto significativo para a balança comercial do país e vamos conseguir retomar a tão comentada UFN 3”, destaca.

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