O potencial econômico da região Centro-Oeste foi tema de um painel realizado ontem (10), durante a programação do Centro-Oeste Export – Fórum Regional de Logística e Infraestrutura Portuária. Com representantes do Governo do Estado e setor produtivo dos três estados, o debate foi transmitido ao vivo.
Gerente de inteligência de mercado do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), Cleiton Gauer falou sobre o potencial de expansão da produção agropecuária do Centro-Oeste para os próximos 10 anos. Segundo ele deve haver incremento de 66% na safra de soja, de 91% em milho, 39% de bovinos e 66% na de suínos em relação a safra 2019/2020.
Representando Mato Grosso do Sul, o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) destacou o trabalho do Ministério da Agricultura e Pecuária para abrir novos mercados e o potencial para atender às demandas que os estados do Centro-Oeste têm.
Atualmente, 50% de toda produção do MS tem como destino o mercado chinês. Segundo o secretário, o Estado busca agregar valor às suas commodities e deve trabalhar nisso junto com os estados vizinhos. “Eu não acredito que no mundo haja uma região com potencial de crescimento como há no Centro-Oeste e nós precisamos pensar mais conjuntamente essa estruturação da região”, afirma.
O painel contou com apresentação de Bartolomeu Braz, presidente da Aprosoja Brasil moderação de Denimarcio Borges, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Prefeitura de Rio Verde/GO. Ambos são conselheiro do Centro-Oeste Export.
“Esse crescimento dessas agriculturas devem ocorrer sem derrubar nenhuma árvore”, afirma Gauer. Isso será possível, segundo o especialista, pela expansão da área e migração do sistema produtivo para região a norte e nordeste do Estado. Gauer também trouxe um detalhamento dos dados da produção do Centro-Oeste.
Entre os expositores, Walter Valverde, secretário-adjunto da SEDEC – Governo de Mato Grosso (Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso) e Adonídio Neto Vieira Júnior Secretário de Indústria e Comércio de Goiás.
Vieira Junior falou do potencial do Estado no agro e também apresentou dados divulgados há pouco pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que indicam alta de 2,5% na produção industrial de Goiás no acumulado do ano, a maior do País até agora.
