Produção Industrial apresentou crescimento ou estabilidade em 65% das empresas de MS

 

A produção industrial apresentou recuo na passagem entre os meses de maio e junho com mais empresas reportando crescimento ou estabilidade da produção em Mato Grosso do Sul, conforme a Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems. No atual levantamento, 65% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apontaram crescimento ou estabilidade da produção, sinalizando recuo de 16 pontos percentuais, quando comparado com o mês imediatamente anterior.

 

Quanto à utilização da capacidade instalada, 58% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou mês em 74%. “Em relação ao índice de confiança, o indicador alcançou a marca de 51,4 pontos, refletindo principalmente o otimismo dos respondentes quanto ao desempenho projetado para suas empresas”, explicou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Já o índice de intenção de investimento ficou em 54,8 pontos, sinalizando que o empresário industrial segue disposto a realizar investimentos nos próximos seis meses. Somado a isso, 62% dos empresários se mostraram satisfeitos em relação a margem de lucro operacional obtida no segundo trimestre do ano. Já a situação financeira geral da empresa foi avaliada como satisfatória ou boa por 78% dos respondentes.

 

“Quanto às principais dificuldades enfrentadas no 2º trimestre de 2023, a elevada carga tributária foi o principal desafio apontado pelos respondentes, seguida da falta de trabalhador qualificado, da demanda interna insuficiente, da competição desleal e das elevadas taxas de juros. Por fim, considerando os próximos seis meses, 40% dos participantes disseram que a demanda por seus produtos deve ficar estável, enquanto 34% acreditam que deva aumentar”, detalhou Ezequiel Resende.

 

Em relação à quantidade de funcionários, o quadro total deve permanecer o mesmo para 63% dos respondentes, já 16% esperam elevar o número de colaboradores no intervalo considerado. Quanto à compra de matérias-primas, 47% disseram que o volume deve ser o mesmo nos próximos seis meses, enquanto 31% pretendem aumentar as aquisições nesse período.

 

A Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems foi realizada entre os dias 3 e 11 de julho e ouviu 62 empresas, ou 3,9% da amostra nacional, sendo 32 pequenas, 23 médias e 7 grande dos seguintes segmentos: produtos alimentícios, produtos de metal, máquinas e equipamentos, produtos de material plástico, produtos têxteis, confecção de artigos do vestuário e acessórios, químicos, produtos de borracha, bebidas, couros e artefatos de couro, produtos de minerais não metálicos, metalurgia, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, extração de minerais não metálicos, atividades de apoio à extração de minerais, calçados, produtos de madeira, biocombustíveis, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, móveis e produtos diversos.

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