Semac divulga pesquisa do custo da cesta básica em maio na Capital

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A pesquisa do índice de oscilações dos custos da Cesta Básica Alimentar nos estabelecimentos comerciais de Campo Grande realizada pela Coordenadoria de Pesquisas, Planos, Projetos e Monitoramento da Secretaria Estadual do Planejamento (Semac) aponta em maio alta de 0,50% em relação ao apurado no mês anterior. Os 15 produtos da Cesta Básica Alimentar puderam ser adquiridos por R$ 318,47, enquanto no levantamento de abril, os mesmos produtos custavam R$ 316,90.cesta

O acumulado nos últimos 12 meses assinala 5,74%; nos últimos seis meses registraram 14,25%; e no ano, 11,57%.

São pesquisados mensalmente os preços em 26 estabelecimentos varejistas de Campo Grande distribuídos em seis regiões (Centro I, Centro II, Norte, Sul, Leste e Oeste), sendo dois supermercados, um açougue e uma panificadora em cada região. Também são pesquisadas duas peixarias isoladas.

Em  maio, dentre os 15 produtos pesquisados, sete tiveram preços elevados, com destaque para: tomate 14,53%; óleo 2,88%; arroz 1,87%; açúcar cristal 1,77%; feijão 1,61%%; carne (agulha) 0,56% e batata 0,35%. Os produtos que registraram queda de preço foram: laranja 2,84%; alface 2,64%; margarina 0,68%; macarrão 0,49% e banana (média – banana nanica e banana maçã) 0,21%. Mantiveram seus preços inalterados: pão francês, sal refinado e leite.

Análise

O preço do tomate continua em alta, o que se deve às altas temperaturas que concentraram seu ciclo de maturação, reduzindo os estoques no mercado interno.

O produto óleo apresentou altas sucessivas nos últimos três meses devido à alta cotação da soja no mercado internacional. Além disso, há pouco volume do produto no mercado interno. Nos últimos seis meses o preço do óleo de soja, importante componente da cesta básica dos brasileiros, subiu quase 16%.

A safra da laranja no final de abril, quando parte das frutas alcançaram o estágio ideal, aumentou o volume dos estoques no mercado interno diminuindo seu preço 6,91% e agora em maio ainda esse reflexo influenciou na permanência dessa queda em 2,84%.

Sobre o alface, a análise é que a queda de 2,64% verificada de acordo com a pesquisa refere-se a oferta em alguns estabelecimentos comercial, uma vez que o produto ainda se encontra em alta.

Semestre

Nos últimos seis meses os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: tomate, batata, laranja, alface, óleo e banana. Em contrapartida, no mesmo período, registrou queda nos preços: feijão, sal, leite e macarrão. Conclui-se nesse período os hortifrutigranjeiros foram os vilões da Cesta Básica em destaque para o produto tomate 57,66%.

Cesta básica familiar

A Cesta Básica Familiar consiste no conjunto de 44 produtos em quantidade considerada suficiente para suprir as necessidades de uma família de cinco pessoas pelo período de um mês.

Em maio/2014, esse custo registrou a importância de R$ 1.363,38. No mês anterior, foi de R$ 1.361,16. Portanto, houve um aumento médio de 0,16%.

A variação acumulada nos últimos seis meses (dez/13 a mai/14), no ano (jan/14 a mai/14) e  no período de 12 meses (jun/13 a mai/14) contabilizaram variações positivas, respectivamente de 7,98%, 6,89% e 6,16%.

Dentre os 44 produtos pesquisados, 26 apresentaram elevações, em destaque: tomate 14,54%; cebola 12,60%; café em pó 6,04%; cenoura 4,18%; água sanitária 3,39%; alho 3,24; cera em pasta 2,83% e óleo de soja 2,74%. Outros 13 produtos sinalizaram com decréscimos, o mais expressivo foi o mamão 3,83%, seguido pela laranja 2,86%, alface 2,64%, esponja de aço 2,11%, papel higiênico 1,79%. Doces, pão francês, pão comum doce, queijo, e leite mantiveram seus preços inalterados.

Análise

No período em análise, nota-se que os preços de alguns hortifrutigranjeiros são devido à procura maior que a oferta, em razão das complicações climáticas no período com uma tendência de inverno rigoroso e alguns produtos não serem de época, daí contribuindo para elevações expressivas. São exemplos: tomate, cebola e cenoura. Somam-se a isso alguns produtos de origem importada de outros países como a cebola (12,60%), o alho (3,24%), uma vez que a produção interna brasileira não é suficiente para atender a demanda. Os técnicos analisam que “é bem possível que pressões advindas do câmbio e das cotações internacionais possam ter implicado nessa elevação, considerando o término da safra brasileira”.

Cotações em alta no mercado internacional, aumento do consumo mundial foram fatores determinantes para a alta do produto café 6,04%.

Mamão continua em queda devido à concentração de oferta. As altas temperaturas e a baixa umidade nas principais regiões produtoras da fruta aceleraram a sua maturação diminuindo seu preço (8,21% em abril e 3,83% em maio).

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