Em apoio aos contribuintes, Governo do Estado prorroga mais uma vez os prazos relativos ao lançamento tributário

Com objetivo de auxiliar os contribuintes durante o período de isolamento social devido à covid-19 (novo coronavírus), o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), prorrogou mais uma vez os prazos relativos ao lançamento tributário. A informação está publicada no Diário Oficial de ontem (30.7), por meio do Decreto Nº 15.487, de 29 de julho de 2020.

 

No início da pandemia, o Governo elaborou um conjunto de medidas para gerenciar o planejamento tributário, vislumbrando alternativas para reduzir o impacto gerado pela entrega dos documentos fiscais e a execução das atividades das empresas. Assim, considerando a situação de emergência declarada pelo Decreto nº 15.396, de 19 de março de 2020, estão prorrogados os prazos relativos ao lançamento tributário, aos regimes especiais e às autorizações específicas, bem como à realização de suspensão ou de cancelamento de inscrições estaduais.

 

Dentre as medidas adotadas, estão adiados os prazos de regimes especiais e de autorizações específicas, vencidos ou vencíveis até 31 de agosto de 2020, para 1º de setembro de 2020, não se exigindo complementação de garantia ou renovação. O documento informa ainda que não serão realizadas, no prazo de até 31 de agosto de 2020, a suspensão ou o cancelamento de inscrição estadual, salvo nos casos de fraude, dolo ou simulação.

 

O Secretário Estadual de Fazenda, Felipe Mattos, destaca que as medidas de suporte são fundamentais para os setor produtivo em processo de retomada da economia, principalmente na manutenção de postos de trabalho. “Sabemos que o empresário foi impactado – pequeno, médio e grande porte, o autônomo, e o Governo é sensível a isso. Entendemos que o Governo tem que estender a mão, auxiliar”, ponderou.

Contas públicas fecham junho com déficit recorde de R$ 194,7 bilhões; fato se deve aos reflexos da pandemia na economia

As contas públicas fecharam o mês de junho com saldo negativo de R$ 194,7 bilhões, informou ontem (30), em Brasília, o Tesouro Nacional. O recorde no déficit primário, despesas maiores que as receitas, sem considerar no cálculo os gastos com juros, do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é explicado pelos efeitos da pandemia de covid-19 na economia. Em junho de 2019, o déficit primário ficou em R$ 11,8 bilhões.

 

“Assim como no mês anterior, o déficit de junho é explicado, principalmente, pela redução significativa na arrecadação, combinada com o aumento nas despesas do Poder Executivo decorrentes de medidas de combate à crise da covid-19, bem como da antecipação do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdência Social e pagamento acumulado dos precatórios”, diz o relatório do Tesouro Nacional.

 

No mês passado, em termos reais (descontada a inflação), a receita líquida apresentou queda de R$ 29,3 bilhões (-31%), enquanto a despesa total aumentou R$ 153,4 bilhões (+144%), quando comparados a junho de 2019.

 

O adiamento no pagamento de impostos contribuiu para reduzir as receitas em R$ 20,4 bilhões. Também contribui para reduzir as receitas a retração na atividade econômica.

 

No caso das despesas, o resultado foi influenciado principalmente pelas medidas de combate à crise gerada pela pandemia de covid-19 que somaram R$ 96,8 bilhões no mês de junho. “Destaque para o auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade social (R$ 44,7 bilhões), as despesas adicionais do Ministério da Saúde e demais ministérios (R$ 19,9 bilhões), o auxílio emergencial aos estados, municípios e DF (R$ 19,7 bilhões) e o Benefício Especial de Manutenção do Emprego e Renda (R$ 7,1 bilhões)”, diz o relatório.

 

Além disso, acrescenta o Tesouro, houve “elevação pronunciada” no pagamento de benefícios previdenciários, que cresceu 57,8% em termos reais (R$ 28,2 bilhões) devido à antecipação do pagamento de décimo terceiro de aposentadorias e pensões e no pagamento de sentenças judiciais e precatórios.

 

Resultado acumulado

 

No primeiro semestre, o déficit primário chegou a R$ R$ 417,2 bilhões, contra R$ 29,3 bilhões em igual período de 2019. Nesse período, a receita líquida apresentou queda de R$ 116,5 bilhões (-18,1 %) e a despesa total cresceu R$ 271,1 bilhões (+40,3%), quando comparados ao mesmo período de 2019.

 

Para esse período, o adiamento de pagamento de tributos estimado é de R$ 81,3 bilhões, enquanto a diminuição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos totalizou R$ 6,3 bilhões. Do lado da despesa, até junho de 2020, os gastos realizados das medidas de combate à crise totalizaram R$ 210,6 bilhões.

 

“É importante destacar que os programas de combate aos efeitos econômicos e sociais da covid-19 são temporários, com execução concentrada no exercício de 2020. Adicionalmente, como a maior parte desses programas envolve ações de transferência de renda, não se espera que a sua execução gere valores elevados de restos a pagar para o exercício seguinte, como seria esperado no caso de programas de subsídios e/ou de investimento público”, destaca o Tesouro Nacional.

 

Redesenho de políticas sociais

 

No relatório, o Tesouro disse ainda que há “um debate promissor sobre o redesenho de políticas sociais para avaliar quais programas têm bons resultados e são efetivos para o cumprimento dos seus objetivos”.

 

Para o Tesouro Nacional, aumentar a qualidade do gasto preserva o controle das contas públicas, mantém os juros baixos e não gera necessidade de elevar a carga tributária. “A título de exemplo, enquanto o programa Bolsa Família concentra suas transferências no segmento dos 20% mais pobres da população, o programa abono salarial transfere seus recursos de forma mais uniforme para todos os níveis de renda, até mesmo para os 20% mais ricos da população”, disse no relatório.

 

De forma semelhante, acrescenta o Tesouro Nacional, “o Benefício de Prestação Continuada, que apesar de concentrar seus recursos no segmento dos 20% mais pobres da população, também é transferido para pessoas nas camadas de rendas superiores”. “Esses exemplos ilustram como se pode aumentar a eficácia e efetividade do gasto social por meio da melhor focalização, sem precisar elevar o montante das despesas públicas”, acrescentou.

 

O Tesouro argumentou que “vários estudos de comparativos internacionais revelam que o Brasil já aloca montantes superiores que seus pares emergentes para despesas sociais e possui perfil semelhante a países desenvolvidos”.

 

Fonte: Agência Brasil

IBGE: 62,4% das empresas foram afetadas negativamente pela pandemia; dados se referem à segunda quinzena de junho

A pandemia de covid-19 afetou negativamente as atividades de 62,4% das 2,8 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho. Para 22,5% das empresas o efeito foi pequeno ou inexistente e para 15,1% foi positivo. Os dados constam da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas divulgada hoje (30) e fazem parte das Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O impacto foi maior em empresas de pequeno porte, com até 49 funcionários, o maior contingente da amostra, em que 62,7% perceberam efeitos negativos, ante 46,3% das de porte intermediário, com até 499 funcionários, e 50,5% entre as de grande porte, com 500 funcionários ou mais.

 

As empresas do setor de serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (65,5%), com destaque para o segmento de serviços prestados às famílias (86,7%). No comércio, 64,1% relataram efeitos negativos e na construção, 53,6%. No setor industrial, 48,7% das empresas informaram ter tido impacto negativo, enquanto para 24,3% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27% o impacto nessa quinzena foi positivo.

 

Por grandes regiões, os efeitos continuaram negativos para 72% das empresas no Nordeste, 65% no Sudeste e 63% no Centro-Oeste. As regiões Norte e Sul apresentaram os maiores percentuais de empresas que declararam que os efeitos foram inexistentes (27,4% e 30,9%, respectivamente) ou positivos (24,5% e 15,2%) ao final da quinzena.

 

De acordo com o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli, de maneira geral, permanece a percepção de dificuldade do impacto geral da pandemia sobre as empresas. “Essa percepção está concentrada nas empresas de menor porte, mas também aparece disseminada seja por atividade econômica seja pela localização no território”.

 

Segundo o IBGE, os resultados da segunda rodada da pesquisa refletem as percepções das empresas em funcionamento ao final da segunda quinzena de junho em comparação à primeira quinzena, cujos resultados foram divulgados no último dia 16.

 

Vendas ou serviços

 

A queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por metade (50,7%) das empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho. Já 27,6% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 21,4% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. A queda nas vendas foi sentida por 51% das companhias de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 32,8% das de grande porte. Nas empresas de maior porte, o IBGE destaca o percentual de 41,2% que relataram efeito pequeno ou inexistente.

 

Para os setores, a percepção de redução nas vendas foi sinalizada por 54,7% das empresas de serviços, 51,3% de construção, 48% do comércio e 44,7% de indústria. Por segmento, observa-se um maior percentual de empresas com redução nas vendas nos serviços prestados às famílias, comércio de veículos, peças e motocicletas (ambas com 66,2%) e outros serviços (69,8%).

 

Segundo o levantamento, na segunda quinzena de junho, 46,3% das empresas em funcionamento informaram que não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, 43,1% tiveram dificuldades e 10%, facilidades. Além disso, 50,9% não perceberam alteração significativa no acesso aos seus fornecedores e 40,9% tiveram dificuldades.

 

Mais da metade (52,9%) das empresas em funcionamento tiveram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, enquanto 40,6% consideraram que não houve alteração significativa.

 

Funcionários

 

Quanto ao pessoal ocupado, cerca de oito em cada dez empresas em funcionamento (78,6% ou 2,2 milhões) mantiveram o número de funcionários na segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior, 14,8% indicaram redução no quadro e 6,3% aumentaram o número de empregados.

 

Entre as 411 mil empresas que reduziram a quantidade de empregados, 61,8% diminuíram em até 25% seu pessoal. Independentemente do porte, atividade econômica ou localização geográfica, os maiores percentuais de redução ficaram no patamar de até 25% do pessoal.

 

Para atenuar os efeitos da pandemia, destacaram-se as ações de prevenção e manutenção de medidas extras de higiene, adotadas por cerca de 86,1% das empresas em funcionamento. Além disso, 42,5% mantiveram o trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância) e 28% anteciparam férias dos funcionários.

 

De acordo com o IBGE, 33,5% das empresas alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 13,5% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e/ou serviços na segunda quinzena de junho.

 

Estima-se, ainda, que 43,9% das empresas adiaram o pagamento de impostos e 12,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial dos funcionários.

 

Na adoção dessas medidas, cerca de 39,2% das empresas relataram sentir-se apoiada pela autoridade governamental. Entre as que adiaram o pagamento de impostos, esse percentual foi de 70,4% e entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial, 76,4%.

 

Fonte: Agência Brasil

Pesquisa do Procon: produtos de higiene pessoal e limpeza apresentam diferença de preços que vão de 3,69% a 287,60%

Pesquisa de preços de produtos de higiene pessoal e limpeza realizada trimestralmente  pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS,  órgão integrante da Secretaria  de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho –Sedhast, detectou diferenças  percentuais que vão de  3,69 % no caso de amaciante de roupas Confort  em embalagem de 5 litros a 287,60% no Aparelho de Barbear Prestobarba UltraGrip 2un (azul).

 

Nesta pesquisa foram verificados preços de 278 produtos em  19 estabelecimentos. Desse total são divulgados 211, uma vez que os  76 restantes  foram encontrados em menos de três dos locais onde houve a verificação. Dentre os estabelecimentos pesquisados, o Assai  Atacadista  localizado na rua Fábio Zahran, com 148 foi o que apresentou o maior número de produtos com menor preços enquanto o Supermercado São João, na  avenida Arquiteto Vila Nova Artigas, com 28, ofereceu o maior número de produtos com o maior preço.

 

Por ocasião da divulgação dos valores encontrados, o Procon Estadual  mostra, também, o comparativo com a última pesquisa realizada, três meses atrás, onde ficou constatado aumento em alguns produtos com  creme dental Oral B 3D White Brilhante Fresh 70 g, em  33,47% e decréscimo, no caso de  creme de barbear Nívea com 65 gramas, cujo preço foi  153,04% menor. Esse comparativo leva em consideração produtos com a mesma apresentação nos dois trimestres.

 

Dentre os estabelecimentos pesquisados, o Assai  Atacadista  localizado na rua Fábio Zahran, com 148 foi o que apresentou o maior número de produtos com menor preços enquanto o Supermercado São João, na  avenida Arquiteto Vila Nova Artigas, com 28, ofereceu o maior número de produtos com o maior preço. Os valores encontrados estão nas planilhas (pesquisa e comparativo) a seguir:

 

 

 

Pesquisa Higiene e Limpeza – julho 2020

Comparativo Trimestral, Pesquisa de Higiene e Limpeza

 

Caged: Mato Grosso do Sul registra 1433 novos empregos em junho, com destaque para a agropecuária e indústria

Mato Grosso do Sul registrou saldo positivo de geração de empregos no mês de junho, com 1433 novas vagas abertas, sendo que os setores que mais se destacaram foram a Agropecuária, Indústria e Comércio. Esse são os resultados apontados pelo Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) e compilados na Carta de Conjuntura do Mercado de Trabalho do mês de julho, produzida pela Coordenadoria de Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

Em nível nacional, os resultados do Caged, foram negativos para o mês de junho, com mais de 10 mil desligamentos acima das admissões. Já em Mato Grosso do Sul, os setores que mais geraram novos empregos formais foram: na Indústria (704 a mais), Agropecuária (526 a mais), Comércio (373 a mais) e Construção Civil (50 a mais). Houve queda apenas no setor de Serviços (220 a menos). No acumulado dos últimos 12 meses, Mato Grosso do Sul apresenta uma destruição de 3.017 empregos formais. No ano de 2020, de janeiro a junho, o saldo é de 175 vagas, cruzando os dados de todos os setores.

 

“O saldo positivo no mês de junho é uma boa notícia para o nosso Estado. Importante destacar que a retomada da atividade econômica e geração de empregos Indústria e demais setores, como a Agropecuária e Comércio, ocorre após a implantação dos protocolos de biossegurança, acompanhados pelo Governo do Estado. Várias empresas que haviam parado, retomaram suas atividades. O setor de Serviços ainda é o mais impactado pela Covid”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

 

O trabalho realizado pelo Governo do Estado por meio do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) também é destacado pelo titular da Semagro. “Esse resultado na geração de empregos é decorrente do Prosseguir, por meio do qual fazemos as tratativas para criar uma sinalização dos setores que devem ser retomados ou não”, lembra Jaime Verruck.

 

No âmbito dos municípios, Naviraí apresentou melhor resultado com geração de 920 novos empregos formais, seguido por Caarapó (551), Rio Brilhante (508), Nova Andradina (411), Dourados (406), Sidrolândia (320), Sonora (315), Água Clara (308), São Gabriel do Oeste (283). O pior resultado foi para Campo Grande, com destruição de 5.521 empregos formais. “Em Campo Grande temos de ressaltar a diferença no perfil da atividade econômica. Na Capital, temos uma concentração relativamente grande na indústria, comércio e serviços”, comenta o secretário.

 

“Ainda nos preocupa o aumento no desemprego por conta dos impactos da Covid. O ajuste na capacidade de geração de emprego das empresas já está ocorrendo, mas ainda vai ser lento. O principal impacto, no entanto, ocorre nas micro e pequenas empresas, onde a sinalização de retomada é muito pequena. Continuamos em um periodo preocupante em função dos impactos econômicos da Covid e vários setores ainda são extremamente afetados na sua capacidade de geração de emprego”, finalizou Jaime Verruck

Home office foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia; segundo pesquisa, 67% tiveram dificuldades

O trabalho em casa foi estratégia adotada por 46% das empresas durante a pandemia, segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19. O estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) coletou, em abril, dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil.

 

O percentual de companhias que adotou o teletrabalho durante a quarentena foi maior no ramo de serviços hospitalares (53%) e na indústria (47%). Entre as grandes empresas, o índice das que colocaram os funcionários em regime de home office ficou em 55% e em 31%, entre as pequenas. Um terço do total das empresas (33%) disse que adotou um sistema parcial de trabalho em casa, valendo apenas em alguns dias da semana.

 

De acordo com o estudo, 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%.

 

Outra estratégia que teve destaque entre as empresas foi a antecipação de férias, adotada por 46% das companhias, com maior adesão das grandes (51%) e do setor de serviços hospitalares (80%). A redução da carga de trabalho com redução de salário foi usada por 23% das empresas e 12% disseram que tiveram que demitir durante a pandemia.

 

Dificuldades

 

O estudo aponta que 67% das companhias relataram dificuldades em implantar o sistema de home office.

 

A familiaridade com as ferramentas de comunicação foi apontada como obstáculo por 34% das empresas, assim como o comportamento dos funcionários ao acessarem os ambientes virtuais (34%). A atuação das áreas de tecnologia da informação foi um ponto levantado como dificuldade por 28% das empresas.

 

Poucas empresas ofereceram suporte material aos funcionários para implantação do teletrabalho: 9% ajudaram nos custos de internet e 7%, nos custos com telefone.

 

Após a pandemia

 

Apesar das dificuldades, 50% das empresas disseram que a experiência com o teletrabalho superou as expectativas e 44% afirmam que o resultado ficou dentro do esperado. No entanto, pouco mais de um terço (36%) disse que não pretende manter o trabalho a distância após o fim da pandemia. Um percentual semelhante (34%) tem a intenção de continuar com o teletrabalho para até 25% do quadro. O restante (29%) quer manter o home office para pelo menos 50% do quadro ou até todos os funcionários.

 

Fonte: Agência Brasil

Procon Estadual cria “ferramenta” para divulgar boas práticas na relação de consumo; bons fornecedores receberão elogios

Da mesma forma que tem procurado denunciar, por meio de divulgação, os maus fornecedores, a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado  de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, vai passar a  divulgar, também, os fornecedores que merecem elogios vindos  das pessoas que  passaram por atendimentos.

 

Nesse sentido, está sendo criada uma ferramenta cujo funcionamento seja de fácil acesso e assimilação que, como as que estão à disposição para reclamações,  seja utilizada pelas pessoas  que  desejarem privilegiar empresas ou prestadores de serviços que, pela maneira de se relacionar com o cliente, as tenha deixado satisfeitas. “Nosso trabalho não se resume a punições. Queremos, também, mostrar os fornecedores que façam questão de manter  boa relação de consumo”, comenta o superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão.

 

Essa ferramenta está em fase de elaboração e assim que concluída  será  disposta no site procon.ms.gov.br e, todo o consumidor que desejar tecer  elogios, poderá  dela fazer uso. Da mesma forma que alguns programas como é o caso de Procon Legal, Comércio Legal cujo objetivo é levar orientações ao fornecedor de pequeno e médio porte, a intenção é que esta plataforma sirva de incentivo para empresas e prestadores de serviços aprimorem as formas de atendimento às pessoas.

 

Na medida em que chegarem as manifestações de satisfação dos consumidores será elaborada uma lista de bons fornecedores que poderá servir de parâmetro para escolha, para as pessoas que necessitarem de dos seus produtos ou serviços. Com isso, além de estimular a prática do bom relacionamento o Procon Estadual deverá, também, promover o aumento da procura desses estabelecimentos.

Fiems: Apesar da pandemia da covid-19, exportações industriais de Mato Grosso do Sul fecham 1º semestre em alta

Apesar da pandemia mundial do novo coronavírus (covid-19), as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul fecharam o 1º semestre de 2020 com aumento de 3,2% na comparação com o mesmo período de 2019, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De janeiro a junho deste ano, a receita com as vendas internacionais das indústrias locais somou US$ 1,83 bilhão contra US$ 1,77 bilhão nos primeiros seis meses do ano passado.

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse foi o melhor resultado para o acumulado de janeiro a junho da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul. “Na avaliação apenas do mês de junho de 2020 com junho de 2019, o aumento foi de 6,4%, saltando de US$ 319,49 milhões para US$ 339,87”, completou.

 

O economista destaca que, quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 62% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, sendo também a mesma participação no acumulado do ano até aqui. Ele reforça que os grupos “Celulose e Papel” e “Complexo Frigorífico” continuam sendo responsáveis por 77% da receita de exportações do setor industrial, sendo 510 para o primeiro grupo e 27% para o segundo grupo, enquanto logo em seguida vem o grupo “Óleos Vegetais” e “Extrativo Mineral”, com 11% e 4%, respectivamente.

 

Principais grupos

 

No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado alcançou US$ 911,44 milhões, uma queda de 12% em relação ao período de janeiro a junho de 2019, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 899,30 milhões). Os principais compradores foram a China, com US$ 515,22 milhões, Estados Unidos, com US$ 110,83 milhões, a Itália, com US$ 69,97 milhões, a Coreia do Sul, com US$ 35,43 milhões, a Holanda, com US$ 25,36 milhões, o Reino Unido, com US$ 24,20 milhões, a Turquia, com US$ 18,33 milhões, a França, com US$ 16,32 milhões, e os Emirados Árabes Unidos, com US$ 14,77 milhões.

 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a junho foi de US$ 498,23 milhões, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 45% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 224,70 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 90,14 milhões, a China, com US$ 77,10 milhões, o Chile, com US$ 54,33 milhões, a Arábia Saudita, com US$ 30,42 milhões, os Emirados Árabes Unidos, com US$ 24,88 milhões, o Japão, com US$ 22,87 milhões, o Egito, com US$ 19,47 milhões, o Uruguai, com US$ 17,11 milhões, e Cingapura, com US$ 16,46 milhões.

 

No grupo “Óleos Vegetais”, a receita conseguida de janeiro a junho foi de US$ 208,47 milhões, um aumento de 124% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 49% é oriundo dos bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, somando US$ 101,49 milhões. Os principais compradores foram a Holanda, com US$ 48,02 milhões, a Indonésia, com US$ 36,30 milhões, a Tailândia, com US$ 34,36 milhões, a Índia, com US$ 20,18 milhões, a Alemanha, com US$ 15,63 milhões, a Dinamarca, com US$ 11,26 milhões, a Polônia, com US$ 11,06 milhões, e a China, com US$ 10,84 milhões.

Lockdown: 18 mil varejistas fecham as portas de vez durante a pandemia em Campo Grande, diz levantamento da CDL CG

Levantamento da CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, junto ao banco de dados do SPC Brasil, aponta que, em apenas três meses, Campo Grande perdeu cerca de 18 mil empresas prestadoras de serviço e comércio, de 46.683 para 28.404, o que significa diminuição de postos de trabalho, renda e impostos.

 

Desde o início da pandemia, a CDL CG tem alertado para a necessidade de aplicar as regras de biossegurança, permitindo que o comércio se mantenha ativo para gerar empregos e renda, aquecendo a economia, que já vinha de crises e obras públicas, que sufocaram os lojistas da Rua 14 de julho, por exemplo.

 

O grande número de baixas nos CNPJs tem preocupado. As empresas não estão sobrevivendo às ações das gestões públicas e os recursos anunciados pelo governo federal também não chegam na velocidade necessária a quem realmente necessita desse apoio. No ritmo em que estão fechando, dificilmente haverá uma recuperação econômica a curto prazo, colocando ainda mais em risco a saúde da população.

 

O presidente da CDL CG, Adelaido Vila, lamentou que tantos empresários não tenham conseguido sobreviver a esse período. “A pandemia expôs a fragilidade das administrações públicas, que não foram capazes de dar soluções eficazes, nem para a saúde das pessoas, nem para a economia. É lamentável que tantas pessoas tenham perdido sua capacidade de sobrevivência e ainda corram tantos riscos a sua saúde”.

 

O presidente ainda lembrou que o varejo adotou todas as medidas de biossegurança, ficou fechado por mais de quinze dias, tem várias regras a cumprir e é sempre o primeiro a sofrer com as restrições, e ainda assim, o número de casos só aumenta na cidade. “O resultado de tudo isso é que hoje Campo Grande sofre com a morte de pessoas e de empresas, que não sobrevivem à falta de planejamento. Campo Grande está de luto, apesar de tanta luta dos comerciantes para sobreviverem a mais esta batalha”, lastimou.

 

CNPJs em Campo Grande

 

Em março de 2020, Campo Grande possuía 122.838 CNPJs, sendo que 63.423 eram microempreendedores individuais, 22.139 prestadores de serviço, 24.544 comércios e, 12.732 atividades não relacionadas com o varejo. Do total de prestadores de serviços e comércio (46.683), 43.923 eram micros, 2.171 pequenos, 243 médios e 346 grandes empresas.

 

Em junho de 2020, Campo Grande o número de CNPJs baixou para 98.088, sendo que 62.719 são microempreendedores individuais, os prestadores de serviço caíram para 14.658 e o comércio para 13.746. Do total de prestadores de serviço e comércio (28.404), as micro empresas diminuíram para 25.965, as pequena para 1.964 e as 209 médias. Mesmo as grandes empresas não sobreviveram à pandemia, das 346 existente em março, apenas 266 ainda estão abertas.